O Começo.

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Nova York, Estados Unidos.
Sexta. Três de Abril.

Park Daesung, meu melhor amigo, havia me enviado mensagem mais cedo pedindo para que eu fosse até a sua casa, para fazermos uma sessão de filmes. Naquela sexta nós não teríamos aula, então facilitou muito e também não tinha absolutamente nada para fazer à tarde, a não ser ir para a mansão que ele morava. O conheci na faculdade há dois anos atrás, pois nós fazíamos o mesmo curso: Arquitetura e Urbanismo. Desde então, nos tornamos amigos inseparáveis. No entanto, não éramos uma dupla e sim um trio. Lizzie, nossa melhor amiga, era a terceira pessoa do nosso trio.

A morena era a mais velha de nós, com os seus vinte e três anos completos. Eu havia feito vinte recentemente e o Dae iria completar os seus vinte anos também, logo no dia seguinte. Nós estávamos planejando sua festa desde o início do ano e estávamos muito animados com isso. Como não tinha tirado minha carteira, eu sempre ia para os lugares de táxi ou às vezes a Lizz passava para me buscar. No entanto, ela não iria participar da nossa junção àquela noite, pois estava como babá do seu sobrinho mais novo. Eu me despedi da minha tia e entrei no táxi, informando o endereço para o senhor.

— A senhorita conhece o Sr. Park? — O homem indagou, ao passo em que me encarava pelo retrovisor.

Park Jimin. O que eu poderia dizer à aquele homem? O Sr. Park era o homem mais bonito que já coloquei meus olhos. O cabelo loiro e brilhoso, os lábios carnudos, o corpo malhado e perfeitamente alinhado nos ternos mais caros já vistos e os olhos... Ah, os olhos do Park pareciam duas chamas que me queimavam quando eram direcionados a mim. É, eu realmente tinha uma queda pelo Sr. Park, vulgo pai do meu melhor amigo. Entretanto, eu não me sentia culpada por achá-lo incrivelmente atraente. Ele era uma figura pública praticamente, dono de uma grande rede de roupas e sapatos. Todos sabiam do charme que ele possuía.

— Sim. — Respondi, engolindo a saliva com certa força. — O Sr. Park é pai do meu melhor amigo.

— Oh... — Abriu a boca, surpreso. — Me desculpe por perguntar.

— Não, tudo bem. — Acenei com a cabeça, sorrindo para o mais velho.

O caminho até a mansão foi agradável e rápido. Eu olhava para as ruas atenta, olhando para os prédios belos e altos. Nova York era uma cidade incrível, uma das mais bonitas do mundo. Assim que cheguei na mansão, paguei a corrida ao motorista e saí do táxi. Avistei uma das várias funcionárias da casa, a senhora Else. Eu adorava conversar com ela, sempre tínhamos muitos assuntos e a mais velha parecia como uma avó para mim. Esperei mais alguns minutos ali fora, até que o mordomo permitiu minha entrada. Caminhei entre o enorme jardim, entrando no casarão.

— Ainda bem que você chegou, Liv. Já estava ficando preocupado! — Daesung veio ao meu encontro, me sufocando com um abraço apertado.

— Eu atrasei um pouco porque estava ajudando minha tia a guardar algumas compras. — Expliquei e nós nos afastamos.

— Entendi. — Balbuciou. — Vamos para a outra sala, a televisão de lá é maior. — Sorriu e segurou minha mão, puxando-me para que fôssemos para o cômodo citado.

Nunca me cansava de olhar para àquela mansão. Cada cômodo perfeitamente arrumado, com móveis brancos e quadros que deveriam custar mais do que um carro. Eu vinha de uma família muito humilde. Fui criada pela minha mãe e minha tia Amália, a única irmã de minha mãe. Eu não conhecia o meu pai, a única coisa que eu sabia era que o seu nome era Carlos. Ele e minha mãe namoraram no colegial e pouco tempo depois, antes dela terminar o último ano, mamãe descobriu que estava grávida de mim. Carlos não quis saber de mim, até pediu para que minha mãe abortasse nos primeiros meses, mas ela não o fez.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Where stories live. Discover now