O Beijo.

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Eu paralisei e não tive nenhuma reação com o que estava acontecendo. O Sr. Park, pai do meu melhor amigo, estava segurando o meu rosto com as duas mãos e sua boca cobria à minha em um beijo lento, onde somente os seus lábios que se movimentavam. Meu coraçãozinho batia desesperadamente, já as minhas pernas estavam moles e minha cabeça, para completar, estava rodando. Eu continuava de olhos abertos, atônita ao que acontecia. Reparei em como seus lábios eram macios, extremamente deliciosos e tinham um gosto doce, que me fazia tremer pelo contato físico. Jogando para o alto todas as definições e conceitos que eu havia criado sobre Park Jimin, me deixei levar pelo o momento. 

Quando fechei os olhos e acompanhei o beijo, suas mãos tomaram total liberdade e deslizaram do meu rosto até os braços, seguindo o caminho direto para a minha cintura. O Sr. Park estava tão bonito àquela noite, fora o quanto estávamos nos tornando próximos e o tanto que suas “indiretas” me atingiam. Tudo contribuía perfeitamente para que eu correspondesse ao seu beijo, mesmo sabendo o quão errado era estar beijando-o. No entanto, ali estava o homem que eu desejava e que naquele momento, beijava-me com carinho. Embora ainda estivesse tímida, segurei em seus ombros com as duas mãos e ele me conduziu para mais perto, apertando o meu quadril. Eu jamais acreditei que um dia estaria naquela posição. 

Foram diversas às vezes em que fantasiei um beijo seu. O homem me segurava fortemente contra si e eu podia sentir seus dedos pressionarem minha cintura, sentindo minhas curvas por dentro do moletom que vestia. Não parecia errado no momento em que sua língua entrelaçou-se à minha, o que tornou o ósculo mais rápido e intenso. O Sr. Park acariciou minhas costas com cuidado, como se eu fosse feita de porcelana e ele estivesse com medo de me quebrar em algum momento. Infelizmente o ar tornou-se necessário e o mais velho nos afastou lentamente, finalizando o beijo com um selar em minha testa. Continuei de olhos fechados, com a respiração desregulada e com o corpo trêmulo.

— Abra os olhos, Olívia. — O loiro pediu, ainda com o rosto bem próximo ao meu. Eu podia sentir, em abundância, o seu perfume e também o seu hálito quente, o qual tinha um sabor de menta. Neguei, balançando a cabeça e ouvi a sua risada. — Eu quero ver você, Liv. — Juro que quis me enterrar em um buraco, apenas por ouví-lo falar o meu apelido. Era demais para mim. Muitas emoções em uma só noite. — Suas bochechas estão vermelhas. — Constatou e novamente pude ouvir a sua risada.

— Eu... — Me perdi na fala, abrindo os olhos vergonhosamente e o fitando. Estávamos tão próximos que o meu cérebro parou de funcionar por alguns segundos. Eu não era tão tímida, mas o que realmente mexia comigo era a forma em que o homem de trinta e três anos me olhava. — Por que me beijou? — Questionei em um fio de voz, alternando o olhar entre suas íris escuras.

O Sr. Park ainda me segurava em seus braços e se me soltasse, com certeza eu iria ao chão.

— Por que você correspondeu? — Retrucou divertido, levando sua destra até o meu rosto e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Isso não vale. — Resmunguei, mordendo o lábio inferior. 

— Vale sim. — Fez menção em me beijar outra vez, porém eu virei o rosto depressa. — O que foi? — Me olhou nitidamente confuso, com uma das sobrancelhas arqueadas.

— É estranho pra mim. — Respondi em um sussurro e dei um passo para trás, soltando-me do seu aperto e me equilibrando sobre as pernas para não cair.

— Por que estranho? — Indagou, sério.

— Senhor Park... — Engoli em seco, evitando olhá-lo.

— Olívia Jones... — Proferiu no mesmo tom que o meu, empurrando o cabelo para trás. 

Respirei fundo.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt