A Chance.

6.1K 630 464
                                    

PARK JIMIN.

Aquele evento estaria totalmente sem graça se a Olívia não estivesse ali. Por mais que o salão estivesse iluminado, o brilho da loira estava sobressaindo às luzes e todas as pessoas. Ela estava linda em um vestido cheio de pedrinhas brilhantes e com o cabelo preso. Eu não conseguia desviar o olhar, era simplesmente mais forte do que eu. Do outro lado, estava sua tia Amália que me fuzilava com os olhos e do lado dela estava George William, um grande empresário. Os olhos verdes que tanto gostava de olhar não se desgrudavam de mim, em nenhum momento sequer. Em contrapartida, eu também fazia o mesmo. Encarava a linda mulher, que naquele momento, não estava tão longe.

Meus dias estavam sendo infernais. Perdi alguns patrocínios e também muito dinheiro, já que desfiz minha sociedade com o Jeon. Não éramos mais sócios e os investidores, a grande maioria, preferiram ficar do lado dele. Eu estava trabalhando como há dez anos atrás; como um louco, para suprir a falta da Jones. Seria engraçado se eu não estivesse sofrendo como um bobo apaixonado. Olívia Jones tinha me conquistado. Conquistado cada pedacinho de mim e tornado dela, me tirando a paz e também o sossêgo. Quantas vezes me peguei encarando o seu prédio do lado de fora, escondido como um stalker. Eu estava cuidando dela secretamente, zelando por sua segurança.

Paola tinha passado dos limites, dizendo que a Olívia era apenas uma garotinha. Coloquei a loira em seu devido lugar, pois o que tivemos há alguns meses atrás fora apenas sexo e nada mais. Foi prazer carnal, nenhum sentimento. Ela tinha que saber o seu lugar e eu sabia que ela e o Jeongguk estavam tendo um caso, por isso Paola sabia tanto. Tudo nela me irritava. Na verdade, todas as pessoas ultimamente estavam me tirando do sério. Era sufocante saber que passei a depender do perdão da Jones e que a todo momento, fiquei esperando por uma ligação ou uma mensagem sua. Contudo, os dias foram passando e passando e nem os convites do Daesung serviram de nada.

Eu a entendia. Nunca deixei de entender. Naquele noite, no pub, falei que a esperaria e estava fazendo isso. Voltei várias vezes em meu prédio praticamente abandonado, onde passamos vários dias juntos. No fundo, quando pedi para Katriny colocar a loirinha com um dos meus prédios, sabia que seria um caminho sem volta. Olívia Jones era encantadora e tampouco sabia disso. Estava sempre se diminuindo, dizendo que não era bonita e se contentando com o pouco que tinha. Bem no início, quando a conheci, o Dae me contou toda a história dela. Olívia tinha sofrido demais com a mãe doente e me senti tocado, porque além de não ter um pai presente, a Jones não tinha boas condições financeiras.

A loira de sorriso doce estava sempre em meus pensamentos, me atormentando com a sua beleza e com a voz dócil. Eu me sentia perdido. Quando a toquei a primeira vez, pensei que estivesse tocando um anjo. A pele macia e cheirosa, as curvas perfeitamente cabíveis em minhas mãos, os fios loiros e os olhos verdes, tão brilhantes como à lua. Eu estava rendido. Rendido pela melhor amiga do meu filho. No momento em que ela me abraçou, fora do salão, foi simplesmente mágico tê-la em meus braços depois de tantos dias. Foi como se todas as minhas energias tivessem sido recarregadas. Olívia me apertou e me permitiu sentir o seu perfume, o qual eu nunca esqueci. Foi mágico. Ela me fazia sentir sensações e desejos surreais.

— Olívia... — Sorri, olhando em seus olhos.

A mais nova segurou o meu rosto com delicadeza e plantou um beijo em minha bochecha direita, me deixando inteiramente imóvel. A vi entrar no táxi sem conseguir reagir, estava parado do mesmo jeito em que ela me deixou. Olívia me tinha em suas mãos como ninguém nunca teve, nem mesmo a mãe do meu filho. O táxi cruzou a esquina e misturou-se aos outros automóveis, me fazendo ofegar. Passei a mão direita no topete, respirando fortemente. Eu precisava de explicações. A Jones havia me perdoado? A única coisa que eu sabia naquele momento, era que estava morto de saudades. Atravessei a rua depois de alguns minutos, encontrando o Kane.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora