A Verdade.

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Dia Seguinte.
Domingo. Três de Maio.

Estava sentada em frente ao notebook novo, procurando por algum emprego disponível. Depois do fatídico episódio, há oito dias atrás, acabei pedindo para sair do Tequila Bar. Fiquei extremamente traumatizada com o que ocorreu. Foi a primeira vez que aquilo aconteceu comigo e a pressão foi enorme, tanto que nem pensei em minhas condições financeiras ao deixar o emprego como garçonete. No entanto, ainda tinha quase a metade do dinheiro que ganhei com as fotos e era o suficiente para mais um mês, fora o dinheiro que o Marcelo me deu. 

Respirei fundo e fechei a milésima página naquela tarde, por não ter encontrado nenhum trabalho à noite, já que eu estudava durante o dia. Optei por descansar a mente um pouco, pois estava há um bom tempo ali sentada. Abaixei a tela do notebook e estiquei os braços, me espreguiçando. Chequei a hora em meu celular e me levantei, indo em direção à cozinha. Bebi um pouco de água gelada e olhei ao redor, notando o silêncio em que o apartamento estava. Minha tia Amália tinha saído com o seu “suposto namorado”, me deixando sozinha. 

No entanto, eu iria sair à noite. Lizzie havia me convidado há dias atrás para o aniversário do seu pai, que aconteceria em sua casa. A festa iria começar às oito e já era quase cinco e meia. Eu não estava com muito ânimo para ir, mas a Evans insistiu muito, alegando que queria a minha presença em sua casa e que a festa não seria a mesma sem mim. Lizz me emprestou um dos seus milhares vestidos caros, este que era longo, branco e com aberturas nas laterais. Era simplesmente lindo e tinha ficado ainda mais bonito em meu corpo.

Optei por usar uma sandália prata e para combinar com o vestido, uma carteira cheia de brilho que herdei da minha mãe. As duas horas seguintes passaram tão rápido e contei com a ajuda da minha melhor amiga para me maquiar. Lizz havia me enviado uma mensagem, pedindo para arrumar em minha casa e eu aceitei, assim poderia explorar os seus poderes para maquiagens. Diferente de mim, a Evans usava um conjunto de calça e blusa verde e um salto preto. Eu estava nervosa, pois Jimin com certeza estaria na festa e encontrá-lo tão cedo não estava em meus planos.

— Ignore-o, Liv. Simples assim! — Lizzie comentou, enquanto entrávamos em seu carro.

— Eu sei, Lizz. — Suspirei e passei o cinto de segurança ao redor do meu corpo. — Mas é que...

— Você vai sentar comigo e com as minhas primas, não se preocupe. — Me encarou, sorrindo. 

— E o Dae? — Questionei.

— Com o pai dele. — Deu de ombros, fingindo indiferença. 

— Lizzie... — A chamei.

— Hm?

— Quando vai conversar abertamente com o Daesung? — Semicerrei os olhos, a fitando de soslaio.

— Conversar o quê? — Perguntou com os olhos fixos nas ruas de Nova York.

— Deixa pra lá. — Revirei os olhos. — Você é muito durona, sabia?

A mais velha riu.

— Não sou durona, Liv. — Deu de ombros.

— Ah, não? — Ri com deboche. — Você é a garota mais “fria” que conheço, Lizzie Evans. — Acusei, cruzando os braços.

— E você é o contrário de mim, bobona. — Me encarou de forma rápida. 

— Na realidade, o sentimento entre você e o Dae é totalmente recíproco. — Sorri fraco. 

Um sorriso beirando a tristeza. 

— Olívia... — Respirou fundo, umedecendo os lábios em seguida. — Vou te apresentar ao Stefan, quem sabe não rola algo entre vocês hoje. — Sorriu.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora