A Tensão.

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Park Daesung e Park Jimin eram pai e filho, certo? Entretanto, geralmente os filhos tendem a puxar algo de seus pais, não é? Só que na prática, pelos menos naquela família, era totalmente diferente e eu podia provar. O meu melhor amigo era gentil, educado e não media esforços para me ajudar, ao contrário do Sr. Park que era o oposto do filho. Minha cabeça ainda doía pelo ocorrido mais cedo, contudo, eu não poderia me abalar daquela forma. Tudo que fiz foi respirar fundo e decidi que iria ter que conversar com o Dae sobre o projeto. Talvez ele pudesse me ajudar, correto?

Eu estava tão exausta ultimamente. Era como se o meu corpo não estivesse com energia o suficiente para funcionar corretamente. Muitas coisas estranhas estavam acontecendo e rezei para que àquilo passasse o mais depressa possível. Assim que cheguei no prédio mal tive tempo de comer alguma coisa, já que estava na hora de ir para o bar. Peguei duas bananas dentro da geladeira e as coloquei em um saco plástico para comer quando tivesse uma folga no trabalho. Peguei minhas coisas e despedi de minha tia Amália, correndo para o ponto de ônibus.

Pensei na conversa que tive com o pai do meu melhor amigo durante todo o trajeto até o bar, nada fazia com que eu esquecesse o modo frio em que ele me tratou ou como mencionou o nome do Jungkook aleatoriamente, no meio da conversa. Afinal, o que o Jeon tinha em comum com o que conversávamos? Nada! A verdade era que eu sempre tive muita admiração pelo Sr. Park, não por ser um homem rico e bonito e sim por ter criado o Daesung praticamente sozinho. Dae me contou que o seu progenitor descobriu que seria pai antes dos quinze anos de idade e isso revoltou toda a Família Park.

A sua mãe também era jovem quando tudo veio à tona. Apesar de tudo, a Família Park apoiou o nascimento de Daesung e sua avó materna quem ajudou a cuidar do menino. Hanna, mãe do Dae, não era uma mãe presente. Ela adorava viajar pelo mundo e deixava o garotinho aos cuidados da babá. Ter um filho aos catorze anos jamais estivera em seus planos, por isso a morena gritava ao mundo que aquela não era, nem de longe, a vida que ela queria seguir. Daesung não odiava Hanna, mas não gostava de mencionar o nome dela em momento algum.

— Hoje iremos fechar o Tequila Bar mais cedo. — Marcelo, meu chefe, explicou a Denize e eu.

— Mais cedo? Por quê? — A ruiva questionou confusa.

— Tenho alguns assuntos para resolver. — Argumentou. — Meia noite fecharemos, ok?

— Ok. — Dissemos juntas e saímos da cozinha, prontas para mais uma noite.

— Loirinha! — A voz que tanto me causava nojo e repulsa soou pelo estabelecimento, o que me fez fechar os olhos por alguns instantes. — Ei, estou falando com você!

— Já estou indo! — Respondi seca, buscando acalmar o meu interior. — O que deseja, Joe? — Perguntei ao me aproximar da mesa em que ele estava.

— Você sabe, loirinha. — Piscou, sorrindo malicioso.

— Não estou afim, Joe. — Sorri falsamente para o homem barbudo. 

— Mas deveria. — Me encarou com mais intensidade. 

— Peça, tenho mais mesas para atender. — Segurei a caneta com mais força, irritada com o indivíduo que não parava de me medir.

— Está atrevidinha hoje! — Riu, coçando a barba. 

— Deixe a garota em paz, Joe. — Lucas, um dos nossos melhores clientes, intrometeu-se na conversa. — Pode me trazer aquela Heineken gelada, Olívia? — Sorriu.

— Claro! — Assenti para o rapaz e me distanciei dali, escutando Joe resmungar. Peguei o pedido de Lucas e mais duas cervejas em lata, distribuindo para quem fez o pedido. — Obrigada. — Sussurrei para o castanho.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Where stories live. Discover now