O Ultrassom.

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Quatro Meses Depois.
Sexta. Onze de Dezembro.

Adiei por vários dias a ultrassonografia para saber o sexo do meu bebê, pois não estava me sentindo bem o bastante para sair da mansão. Eu estava morando com o Jimin há três meses e ainda não tinha me acostumado com tantas pessoas ao meu redor, fazendo tudo para mim e por mim. Os funcionários que eu tanto gostava e conhecia, me tratavam como uma verdadeira princesa de contos de fadas. No começo, pensei que eles fossem estranhar a minha relação com o Park, entretanto, me enganei totalmente. Ninguém me olhava torto e eu era tratada muito bem, por todos eles.

Os enjoos eram frequentes, como na maioria das gravidezes. Felizmente eu tinha pessoas incríveis ao meu lado e que me amavam muito, como meus amigos, minha tia Amália e Park Jimin, meu noivo. O meu rosto estava estampado em vários jornais e em revistas famosas, já que eu estava noiva de um dos maiores empresários e mais respeitados de Nova York. Tornou-se frequente fotos nossas em sites de fofoca e optei, há dois meses atrás, me manter afastada das minhas redes sociais. Meus perfis estavam lotados de comentários maldosos, por todos os lados haviam críticas em relação à nossa diferença de idade.

Muitos deixavam claro que, simplesmente, dei o “golpe da barriga” no milionário Park. Todos aqueles comentários me deixavam completamente abalada, então tive que dar um tempo. A mídia estava caindo em cima do nosso relacionamento, pois Jimin nunca era fotografado com nenhuma mulher e logo aparecemos juntos, de mãos dadas e com alianças de noivado em nossas respectivas mãos. Eu repudiava todo o desespero dos jornalistas em saberem notícias da minha gravidez, tanto que vários jornalistas ficavam acampados na porta da mansão. Era horripilante, totalmente nojento ao meu ver.

— Bom dia, flor do dia! — Lizzie cantarolou, empurrando a porta do quarto e adentrando o cômodo com um sorriso gigantesco no rosto.

— Bom dia, Lizz. — Devolvi o sorriso.

— Vem cá. Deixa eu ver essa barriguinha saliente! — Exclamou risonha e sentou-se no colchão, passando as duas mãos em meu ventre. — Céus! Está tão fofinha, Liv. — Fez um bico com os lábios, erguendo o olhar e me encarando emocionada.

— Sim... — Sussurrei compartilhando do mesmo sentimento, fungando levemente. Eu estava sensível, até demais. — Quando chegou na mansão? — Indaguei, curiosa.

Ela riu baixinho, encolhendo um pouco os ombros em relação à minha pergunta. Suspeito.

— Eu dormi aqui. — Respondeu depois de alguns segundos, entortando os lábios.

— Ainda não entendo o porquê da senhorita tentar se manter neutra, em relação ao seu relacionamento com o Dae. — Revirei os olhos, soltando uma risada ao final da frase.

— É que eu nunca me senti assim por mais ninguém, Liv. — Confessou.

— Eu sei. — Sorri. — Você o ama e esse é o sentimento mais sincero que existe.

A morena assentiu lentamente, absorvendo minhas palavras.

— Vamos tomar café? Daqui a pouco é hora de irmos ao médico. — Sugeriu, se levantando.

— Não estou com fome agora, Lizzie. — Murmurei.

— Como não? Já são nove horas da manhã. — Franziu o cenho e logo continuou, semicerrando os olhos em minha direção. — O seu noivo pediu para prepararem um banquete e tem tudo que você mais gosta! — Sorriu sem mostrar os dentes.

— Hm... — Pigarreei e ela me ajudou a levantar. — Você o viu?

— Vi sim. — Acenou com a cabeça. — Ele saiu bem cedo e disse que voltaria logo. — Explicou.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Where stories live. Discover now