A Festa.

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Dois Dias Depois.
Sábado. 18 de Abril.

Em meio a tanta coisa acontecendo, Lizzie não desistiu da festa na república e eu gostei bastante dela não ter desistido, já que queria me divertir um pouco ao lado dos meus melhores amigos. Fazia um tempo que não saíamos para dançar e beber, algo que não fazíamos com muita frequência, mas gostávamos de sair em trio para curtirmos. No dia anterior, Lizz e eu fomos em uma loja no centro da cidade para comprarmos o que iríamos vestir na seguinte festa. Com o dinheiro que o Jimin me entregou das fotos, dava para comprar uma roupa bonita e adequada para o evento da noite, ainda serviria para outras ocasiões.

Por falar no loiro, não tínhamos nos visto desde à tarde em meu apartamento. Trocamos quatro mensagens durante os dois que se passaram, duas na quinta à noite e as outras duas na sexta-feira, pela manhã. Foram apenas mensagens de “bom dia” e “boa noite", mas que mexeram comigo de uma forma que eu não conseguia explicar. Quando pensava nos beijos que trocamos na cozinha do prédio, minha mente e o meu coração diziam coisas opostas. Em meus pensamentos, eu teria que me afastar o quanto antes do pai do melhor amigo, mas o meu coração dizia que o Park estava sendo sincero quando me teve em seus braços.

O que eu poderia fazer? Como Lizzie me disse, o certo a se fazer naquele momento era seguir os meus instintos e o meu coração, assim o fiz quando o beijei com toda a intensidade do mundo, quando deixei que Park Jimin me segurasse em seus braços e abraçasse o meu corpo com o seu. Nunca, em toda a minha vida, me senti tão protegida quando dois braços serpentearam minha cintura, em um abraço confortante. Eu não era experiente em relacionamentos, pois só tive apenas um namorado, mas Jimin me fazia sentir as melhores e mais intensas sensações. Cada parte dele estava mexendo comigo e por mais que eu quisesse, não conseguia controlar.

Era bem mais forte do que os pensamentos negativos que embaraçavam minha mente, me deixando confusa aos meus próprios sentimentos. No entanto, eu, Olívia Jones, estava me apaixonando por Park Jimin e era um caminho sem volta. Não tinha mais escapatória quando deixei que o mais velho me beijasse na quinta-feira. As opções ficaram escassas e a única que me restou foi a de me entregar a aquele sentimento, a aquela paixão que me incendiava o peito. O loiro não me rejeitou quando o pedi para que me beijasse mais uma vez, para que eu sentisse o sabor doce de seus lábios volumosos novamente. O Park era realmente um pecado.

O meu pecado, entre todos, o mais bonito. 

— Terra chamando Olívia Jones! — Lizzie movimentou as mãos em minha frente, chamando minha atenção.

— O que você estava dizendo mesmo, Lizz? — Entortei os lábios, sorrindo fracamente para a mais velha.

— Eu sei que você está doida pra transar com o Jimin e tudo mais... — Riu alto, me deixando constrangida. A Evans era tão indecente quando queria. — Mas temos que pensar na sua maquiagem, baby. 

— Lizz... — Suspirei. — Se estivesse no meu lugar, o que faria agora?

— Primeiro... — Apertou o meu nariz. — Você está nutrindo sentimentos por ele?

— Estou. — Falei, confiante. 

— E ele? Como o Jimin agiu nesse último dia? — Arqueou a sobrancelha esquerda, esperando por minha resposta.

— Ele está fazendo piadinhas agora e até o seu olhar está diferente... — Balbuciei, me recordando de cada momento ao lado dele. — Não sei se consigo mais disfarçar que gosto dos seus elogios e da maneira como me olha, enquanto estamos sozinhos. — Soltei, abaixando a cabeça e sorrindo. — Tenho receio do que pode acontecer nas semanas seguintes. — Confessei, voltando a olhá-la.

𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Where stories live. Discover now