Capítulo 15

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- Ei, Rosé, me ajude aqui. - Lisa pediu enquanto cortava tomates para fazer o almoço. Chaeyoung, que estava deitada no sofá, se levantou indo em direção a cozinha. Jisoo e Jennie, por sua vez, limpavam a bagunça que a casa estava. Murmuravam coisas aleatórias, como se já estivessem cansadas do que estavam fazendo.

- Eu acho muito injusto! - Jennie comentou. - Por que as senhoritas Manoban e Park fazem a parte mais fácil? - Lisa respirou fundo e encarou a amiga.

- Porque você nos disse para fazer a comida.

- Mas Chaeyoung estava deitada até agora! - reclamou.

- Não me metam nisso! - exclamou a loira. - E Jennie, você já está acabando, deixa de reclamar.

A morena bufou alto, cruzando os braços. A loira estava certa, logo ela acabaria, isso se ficasse quieta. Alguns minuto depois, a campainha soou dentro do cômodo, fazendo-as se olharem confusas. Se perguntavam se por algum acaso alguém havia pedido algum delivery. Jennie, que estava mais próxima a porta, foi abri-la.

Uma figura loira se fez presente, com os braços para trás e um sorriso leve no rosto. "Quem é essa?", a morena perguntava para si mesma. E antes mesmo de falar algo, a garota já havia começado a falar.

- Licença, mas, Park Chaeyoung está aqui? - perguntou já olhando para dentro da casa, o que fez Jennie estranhar.

- Chae, é pra você. - disse ainda com os olhos fixo na garota. Ela era realmente muito bonita, e lembrava a Park, o que fez com que Jennie estranhasse ainda mais. Roseanne olhou para Jisoo e para Lisa, como se quisesse uma resposta, mas apenas andou até o lado de Jennie e se assustou com tudo aquilo. Passou rapidamente para o lado de fora, puxando a garota para longe.

- O que você está fazendo aqui? - perguntou preocupada.

- Como assim "o que estou fazendo aqui"? Vim ver minha irmãzinha! - disse sorrindo, o que fez com que a Park ficasse levemente sem paciência.

- Estou falando sério! Se por algum acaso a mãe descobrir, você está morta.

- Isso é irônico, eu não morro Chaezinha. - riu como se o que tivesse acabado de dizer fosse engraçado, mas somente ela havia achado graça. - O que? Não tem mais senso de humor?

- Não é isso. Você só não deveria estar aqui. - cruzou os braços.

- Humm.. - murmurou - Que tal um jogo de sinuca?

- Não fuja do assunto. - respondeu séria.

- Não estou fugindo. Só não quero perder os bons costumes. - ouviu algo como "não há bares com sinuca por aqui." - Oh, claro que tem, sempre tem. - deu as costas e passou a andar, esperando Chaeyoung já na rua. Antes mesmo de ir junto a sua irmã, a porta foi aberta, e Jisoo se fez presente no local.

- Chae, está tudo bem? Você não vem? - perguntou alterando o olhar entre as duas.

- Eu vou dar uma volta, Jisoo. - disse já andando. - Logo estarei aqui.

Jisoo apenas afirmou com a cabeça, as deixando ir. Entrou para dentro da casa, com o olhar das outras duas queimando sob si, elas estavam claramente curiosas, e não escondiam.

- Ela apenas disse que iria dar uma volta com aquela garota loira. - disse sentando-se. - Que por sinal, elas se parecem um pouco. Será que são irmãs? - Jisoo chutou, e Jennie balançou a cabeça negando. Embora a morena achasse que conhecia Chaeyoung somente porque ela e a loiram se conectavam pelo o que eram, ela não sabia nem da metade sobre Roseanne.

- Namoradas, talvez? - Lisa comentou, concentrada em terminar o almoço. Chaeyoung já havia facilitado muita parte dele, o que fez com que estivesse terminando mais rápido. - Talvez se fossem irmãs ela a traria para dentro, certo?

- Oh não, Chaeyoung não gosta muito de apresentar a família. Pelo menos foi o que ela me disse. - a Kim mais velha disse, despertando curiosidade em Lalisa, que rapidamente perguntou o do porquê. - Isso você terá que falar com ela, Lisa. Ela não se abriu muito bem comigo sobre isso. - respondeu escondendo o máximo que podia. Deduziu que Lisa não sabia o que a Park era, e isso estava óbvio.

- E o que te faz pensar que ela irá me contar?- perguntou encarando Jisoo.

- Eu não sei se ela irá de fato. Mas é o que eu sinto. - apenas calou-se, e se levantou terminando de arrumar ali, deixando claramente uma Manoban confusa.

É claro que ela se sentia mais segura quando a loira estava por perto, sentia que podia contar tudo para ela, mesmo que não contasse nada, e não sabia explicar do porque. Mas pensava que talvez não houvesse reciprocidade nisso.

..................

Ambas andavam lado a lado caladas, até acharem um bar. Entraram e perguntaram se havia uma mesa de sinuca ali, o que foi confirmado rapidamente. Pagaram o preço para entrar e jogar, então, pegaram os tacos e passaram a jogar.

- Lembro-me quando subíamos somente para jogar. - a loira comentou após atingir a bola branca, desfazendo o triângulo. - E teve uma vez que mamãe lhe pegou, e disse que a partir daquele dia você seria como o pai. - riu sarcasticamente. - Quem diria.

- Eu me lembro disso. - Chaeyoung respondeu, atingindo a primeira bola listrada, acertando-a no buraco. - Foi a partir daí em que eu deixei de ser como vocês, e passei a ser muito mais que isso. - atingiu outra.

- O que te faz pensar que você é maior que um demônio? - se apoiou no taco, vendo Chaeyoung acertar mais outras duas bolas. - Você é boa.

- Eu não penso, eu sei que sou. Você é limitada por Charlotte, diferentemente de mim. - sorriu travessa. - Passei a ser livre como o pai, então, você é restrita a muitas coisas, e eu não. Quem diria que eu iria gostar de me parecer com nosso pai. - errou uma das tacadas, o que fez sua irmã rir.

- Isso não faz o menor sentido.

- Talvez para você não, mas para mim...

Sabia que isso provocava sua irmã, por isso Chaeyoung havia dito. E havia dado certo, ela estava com uma expressão de raiva, o que aumentou quando Roseanne ganhou o jogo. Ambas saíram do estabelecimento e caminharam de volta para a casa de Jennie.

- Sabe, eu ainda tenho um enorme raiva de você. - a Park começou a falar. - Você poderia ter impedido de me levarem, mas os deixou.

- Isso aconteceu há 8 meses, é passado. - respondeu, tentando desviar do assunto.

- As vezes o passado para você, é o que ainda me atormenta no presente. - parou no meio do caminho. - Você não sabe o quão escroto foi para mim ficar lá. Eu, apesar de tudo, ainda tenho sentimentos. - voltou a andar. - E te juro que ainda vou te fazer passar pelo o que passei.

Após dizer isso, deixou a loira para trás e seguiu de volta para onde estava antes de tudo isso acontecer.

Meu Anjo da Guarda - CHAELISADonde viven las historias. Descúbrelo ahora