• dois •

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CAPÍTULO DOIS
sonserina e grifinória

Quando Morgana acordou naquele dia, olhou ao redor e quis matar a melhor amiga. Todas as camas do dormitório feminino da sonserina estavam vazias, ou seja, a garota estava atrasada e Pandora não havia nem pensando em acordá-la. Levantou-se num pulo e murmurou alguns feitiços de arrumação, correu até o banheiro e em poucos minutos estava pronta.

Quando estava completamente vestida, cabelo arrumado, com o broche de monitora em seu peito e o anel com brasão de cobra, que todos da Sonserina usavam, a princesa da sonserina saiu correndo das masmorras, torcendo para que ninguém a visse fora da sala de aula.

O que pensariam se encontrassem uma monitora descumprindo seu horário de aulas? Que vexame! Ouviu a voz de sua mãe falando dentro de sua cabeça.

— Pensariam que eu sou a irresponsável que verdadeiramente sou. — respondeu para si mesma e riu sozinha.

Ainda tinha uns poucos minutos antes da próxima aula começar, não estava nem um pouquinho animada, afinal de contas, a aula continha a maravilhosa companhia da Grifinória. Morgana correu desesperadamente por aqueles corredores silenciosos, fazendo ecoar o barulho de seus sapatos contra o chão.

De longe, observou a melhor amiga, que adentrava a sala de Poções na companhia de outros sonserinos, discutia alto alguma coisa sobre quadribol com os demais colegas quando viu de longe a amiga e a puxou para entrar.

— Morgana! Pensei que você ficaria dormindo pra sempre. Perdeu o café da manhã. — Pandora falou.

— Se dependesse de você eu ficaria. — a garota respondeu, irritada. — Por que não me acordou?

— Desculpa, eu estava com muita pressa, sabe? — Pandora comentou. — As aulas começaram há dois dias e já estou louca com o quadribol.

Morgana riu ao ver que a amiga realmente estava ansiosa para os treinos e os primeiros jogos como se não tivessem literalmente acabado de chegar na escola. Sentaram-se uma ao lado a outra, ficando perto também de Severus que sorriu ao ver as duas amigas chegarem.

— Não vi você em Transfiguração, Morgie. Dormiu demais, é? — Snape provocou. — Que péssimo exemplo de monitora.

— Sev! — Morgana fez uma cara de irritação falsa. — Eu sou a monitora mais responsável que toda Hogwarts já viu!

— Oh, meu Merlin! Perdoe-me por tamanha indiscrição. — Severus entrou na brincadeira.

— Agora é sério, você perdeu a McGonagall brigando com o Lucius. — Pandora contou. — Ele é o maior babaca.

Os três riram, mas a felicidade cessou quando os outros alunos chegaram. Morgana odiava o barulho que vinha junto deles, toda aquela animação grifinória que ela não tinha sequer mínima afinidade. E claro, com os outros grifinórios, um grupo de quatro garotos chegou com toda aquela pose de superioridade.

— Lucius compete na babaquice com aqueles ali. — Morgie sussurrou para a amiga. — Digo, todos menos Remus, não sei como alguém tão legal é amigo deles.

— Penso o mesmo, olhe só pra ele, tão bonito e inteligente.

As duas garotas o observaram.

Morgana revirou os olhos ao ver James Potter flertando com a pobre Lily Evans, a garota nunca tinha paz em Hogwarts desde o dia em que chegou, estava sempre com um chiclete em seu sapato. Ficaram alguns exagerados minutos olhando Remus Lupin de forma não tão discreta e rapidamente foram notadas, não por ele, mas por seus amigos. Do outro lado da sala Sirius comentava a cena, seu ego se igualando ao tamanho da distância que as garotas estavam deles.

— Parece que eu arranjei duas admiradoras. — Sirius Black debochou, olhando de volta.

— O que? — Lupin questionou.

— As garotas ali, não param de olhar pra mim. — Black riu. — Bela visão, não acham?

O garoto falou alto dessa vez, o suficiente para chamar a atenção das duas.

— Você? — Pandora perguntou rindo. — Acho que não. Eu estava quase pedindo que você saísse da frente da real beldade que estávamos observando.

O que?

Foram atrapalhados por Slughorn, que como sempre entrou apressado na sala contando alguma história maluca e rindo sozinho. Alguns alunos costumavam comentar que ele ficava tão animado porque o copo que carregava consigo não era cheio de suco e sim de outra coisa. Ele logo começou a aula, já fazendo com que todos abrissem os livros de Poções.

— Morgana, sua amiga é uma gênia! — Pandora falou baixinho. — Já descobri como vou ganhar o primeiro jogo de quadribol.

Quando ela mencionava alguma ideia genial geralmente ela era perigosa.

— Os treinos nem começaram ainda, pare de maluquice. — falou de volta.

Mesmo tentando evitar outra confusão sua curiosidade foi atiçada, a fazendo perguntar mais.

— O que anda planejando?

— Eu estava lendo o livro de Poções, só por diversão e uma delas me chamou atenção. — Dora comentou, visivelmente orgulhosa. — O nome dela é Amortentia.

Então chegou mais perto ainda como se contasse um segredo.

— Eu poderia dar ela a alguns dos jogadores da Grifinória e eles ficariam desestabilizados.

— FICOU MALUCA?

O grito de Morgana chamou atenção de toda sala, fazendo a garota corar.

— Desculpe.

— Tudo bem, tudo bem. — disse Slughorn. — Como eu estava dizendo...

Esperaram alguns segundos em silêncio e logo voltaram a conversar sobre a brilhante ideia de Pandora.

— Fazer com que eles se apaixonem por você? Dora, isso é trapaça! — Morgana comentou.

— Isso é vingança, minha amiga! — Pandora revirou os olhos. — Lembra quando eles azararam nossas vassouras? E quando mancharam nosso lindo uniforme verde com aquele vermelho grifinório?

— Eu sei, eu sei... — Morgana suspirou. — Mas você não precisa desestabilizar eles pra ganhar, você é a melhor batedora da escola.

— É claro que sou, Morgie. Mas eles merecem um basta nessas pegadinhas ridículas. — respondeu decidida.

Antes que pudessem terminar a conversa, o discurso do professor chamou atenção.

— Vamos, separem-se logo! — Slughorn exclamou. — Formem duplas com um colega de uma casa diferente.

INSOLENCE • james potterWhere stories live. Discover now