• trinta e seis •

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CAPÍTULO TRINTA E SEIS
the slytherins and the veritasserum

Morgana não odiava as festas que os alunos de sua casa faziam, na verdade, elas eram bastante divertidas quando eles ainda estavam no quinto ano e queriam fazer brincadeirinhas comprometedoras, mas agora era perigoso, porque brincando com eles, estaria mexendo com fogo. Ainda assim, não perdia nem sequer uma reuniãozinha no salão comunal da Sonserina.

O motivo pelo qual Morgana não gostava de jogar qualquer tipo de jogo com os colegas de casa, era bem simples: não há um bruxo da Sonserina que entre em um jogo, se não for para ganhar. E isso significava que todos iriam até as últimas consequências, mesmo que o final não seja o esperado. E claro, qualquer pessoa — que não os grifinórios — teria medo de se meter em uma encrenca por causa de uma brincadeira de festa.

— Você vai ter que jogar dessa vez, Morgie. — brincou Charlie. — Ou eles vão achar que você amarelou.

— Amarelei mesmo. — sussurrou ela. — Você sabe muito bem os motivos.

Ah, claro. Esqueci de mencionar que as jogadas não são limpas, não quando todos jogadores tem de ingerir uma gota de Veritasserum para deixar o jogo mais interessante. Era uma péssima ideia em tantos níveis, mas todos ali eram moldados em péssimas ideias.

— Seu copo. — Pandora falou, entregando-a uma bebida. — Boa sorte.

Sorte...

— Por que nós estamos fazendo isso, em? — Morgana perguntou para Charlie, o qual estava ao seu lado. — Tantos segredos podem ser revelados e nós agora somos praticamente adultos, com segredos de verdade.

— Algo melhor para nós do que segredos? — ele riu. — Vamos, não tenha medo, eu vou filtrar as perguntas para você.

— Você vai beber também, Charlie.

— Posso fazer muitas coisas enfeitiçado. — falou e deu um sorriso malicioso. — Vamos logo.

Todos aqueles poucos alunos corajosos sentaram-se espalhados pelos sofás estofados, enquanto outros preferiam as almofadas no chão e o tapete nobre. Beberam daqueles copos enfeitiçados e rapidamente o efeito veio, começando com uma tontura e se dissipando em um sentimento de leveza, como se flutuassem em nuvens, mas aquela situação estava mais para o inferno do que para o céu.

Aquilo representava os Sonserinos mais do qualquer outra coisa, eram seres ambiciosos e que fariam de tudo para se dar bem, mas dentro daquelas paredes de Hogwarts, também poderiam ser amigos, porque ainda eram jovens e nem tudo deveria se resumir à lados numa batalha. Era esquisito pensar que salvariam suas peles em qualquer outra situação, mas ali eram adolescentes normais.

— Eu começo! — gritou Narcisa Black com animação, a qual Morgana estranharia, se a loira não estivesse levemente enfeitiçada.

Narcisa murmurou um feitiço sorteador que iluminou a cabeça de outro aluno.

— Quem aqui está apaixonado? — ele perguntou.

Era uma pergunta fraca, Morgana pensou. E logo sentiu um formigamento que a incentivou a levantar a mão, como se obedecesse um chamado. Ao seu lado, Charlie também levantou o braço e Pandora tentava lutar como uma maluca contra os efeitos da poção, algo que chamou atenção de outros jogadores. Estava claro, iriam perguntar para ela. Morgana notou que Severus Snape também estava com a mão para cima e se questionou sobre quem ele estaria apaixonado.

Logo o feitiço pairou sobre a cabeça de Lucius Malfoy.

— Madison... — falou olhando para Pandora. — Por quem você está apaixonada?

INSOLENCE • james potterWhere stories live. Discover now