• trinta e cinco •

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CAPÍTULO TRINTA E CINCO
wormtail is a bitch

Morgana estava enlouquecendo, nunca tivera tantas preocupações, agora com o fim das aulas cada vez mais próximo, precisava estudar para os N.I.E.M's, ajudar sua mãe na organização de um casamento no qual ela estava planejando fugir e pensar no que faria sobre Peter. Até mesmo Dora, que não entrava facilmente em desespero, estava jogada na cama, enquanto choramingava sobre não ser inteligente o bastante.

— Dora, mas você ao menos decidiu qual profissão vai tentar? — perguntou Morgana, enquanto organizava pergaminhos.

— Você vai ficar em choque. — ela brincou.

— Ah, tá. — revirou os olhos, debochando da amiga. — Vai tentar os testes de algum time de quadribol, já sei. Você fala disso desde que chegou na escola.

— Você acertou. Mas eu não vou fazer só os testes do quadribol. — sorriu. — Vou fazer a prova para ser professora.

Morgana arregalou os olhos.

— Viu só? Ficou em choque.

— Pandora, você nunca me contou que quer ser professora. Eu teria impedido muitas detenções suas. — a Bouveair sorriu.

— Eu só descobri há pouco tempo, sabe que eu sonhei que estava dando aula de Poções aqui em Hogwarts? — contou. — Mas eu poderia trabalhar na Castelobruxo também, todos meus irmãos mais velhos estudaram lá e disseram que eu iria me adaptar.

— Você sempre se adapta, Dora. — Morgana sorri.

As duas saíram de seus dormitórios carregando alguns livros, procurando chegar o mais rápido possível na primeira aula do dia. Mas Morgana parou abruptamente quando viu Peter Pettigrew aparecer sozinho nos corredores e soube que aquele era o momento certo de confontá-lo, Pandora a seguiu com o olhar, depois que a amiga lhe entregou os seus livros e caminhou na direção do garoto.

A garota arrastou Peter para um armário de vassouras e Dora foi atrás, mesmo carregando todo o peso. Logo o antebraço de Morgana estava contra o pescoço dele e sua outra mão segurava a varinha, a qual ela estava morrendo de vontade de usar, talvez atravessá-la em sua cabeça e nem precisar de magia para isso. Pettigrew, com medo em seu olhar, se manteve parado com medo da ameaça, porque sabia que Morgana era uma bruxa talentosa.

— Sua ratazana covarde. — a garota sussurrou. — Tramando ao lado de Voldemort, enquanto seus melhores amigos pensam que você é fiel.

— Você é a corajosa aqui, afinal, chamando o Lord das Trevas pelo nome. — ele ri com petulância e Morgana aperta ainda mais seu pescoço.

— Eu ouvi a reuniãozinha de vocês aquele dia, Pettigrew. — contou. — Estavam falando de mim. Não deveriam discutir outros assuntos? Talvez insultar nascidos-trouxas do primeiro ano.

Morgana se sentia ameaçadora e poderosa naquela situação, talvez não lhe fosse comum agir dessa forma, mas não era uma sensação ruim. Pandora a olhava com curiosidade, enquanto observava a cena.

— Snape estava tentando defender sua honra, Morgana. — falou ele. — Ao menos você não ouviu o resto...

— O que quer dizer com isso? Sobre o que estavam falando?

— Descubra sozinha, eu não preciso lhe contar nada. — Peter a encarou. — Mas aposto que você vai adorar.

— Eu estou com uma varinha apontada para você, deveria estar com medo. — rosnou Morgana.

— Não quando eu sei que não fará nada, Morgana Bouv... Morgana. — ele sorri. — Você não pode. Vai contra a sua natureza boazinha.

— Eu vou contar à eles, vou contar que você é um mentiroso e um traidor nojento.

— Ah... — suspira. — Então eu vou ter que contar o mesmo para sua mãe, devo contar que mentiu sobre seu namorozinho e que vai traí-la quando não se tornar uma Comensal. Acho que ela adoraria ouvir isso, imagino que você estaria sobre o efeito da maldição Imperius em menos de dez minutos.

A garota abaixa a varinha e enfraquece o aperto no pescoço de Peter. Agora era ela quem se sentia ameaçada.

— Ele ainda vai chamar você, sabe que seus pais adorariam ver você com uma marquinha no braço. — zombou. — A não ser, é claro... que você não conte aos meus amigos o que descobriu.

— Você aprendeu rápido a ser como eles... — falou Morgana.

— Seja uma boa garota e me solte logo, fique quieta e não fale nada. — mandou. — Você estará à salvo se ficar quieta. E seu namoradinho também.

Covarde. — ela sussurrou.

Peter riu debochadamente enquanto saía do armário de vassouras como se nada tivesse acontecido. Pandora estava petrificada, surpresa demais para reunir palavras que formassem uma frase com sentido e soltou os livros no chão. Aquela fora a prova então de que tudo desmoronaria com apenas uma palavra dita ao ar, com apenas uma palavra de Peter, que agora parecia mais do que ameaçador por guardar o segredo de Morgana.

Morgana e Pandora juntaram os livros em silêncio e saíram em disparada para a aula, mas esta já havia começado e as duas perderiam pontos se fossem pegas atrasadas. Decidiram então seguir para perto da sala de Poções, onde se sentaram no chão do corredor vazio e pegaram os livros por mera distração, não conseguindo assimilar o que estavam lendo.

— O que você acha que eles estavam falando sobre mim? — Morgana pergunta, quebrando o silêncio. — Como Pettigrew espera que eu descubra?

— Deve ser algo sério, Morgie. — Pandora falou. — Algo que envolva seus pais, você ouviu o que eles disseram.

— Muitas coisas sérias envolvem meus pais, Dora. Eu só não consigo imaginar nada. — completou Morgana.

Logo as duas partiram para a próxima aula, onde encontraram os Marotos sentados próximos e a Morgana percebeu que em cima da mesa a qual ela costumava utilizar nas aulas, havia um pequeno pacote, que a garota identificou como uma torta de frango enrolada em papel e achou junto daquilo um pequeno bilhete.

"O café da manhã é a principal refeição do dia, Morgie e eu não aceito que você fique sem ela. Coma.

Seu,
Pontas."

Morgana o encarou de volta, o garoto agora parecia estar se divertindo com a situação, enquanto tentava disfarçar. Ela escondeu o pacote e o deixou ali enquanto prestava atenção na aula, que era mais uma das chatas aulas de História da Magia e só comeu sua tortinha depois, quando fugiu junto de James para uma das torres, a qual nenhum dos alunos visitava durante do dia.

Sentaram-se um ao lado do outro e Morgana pôde devorar seu lanche. James encarava a garota, esperando que ela comesse tudo, porque sabia que Morgana tinha problemas com dietas malucas para obedecer a mãe. Já ela, ria consigo mesma, pensando no cheiro do perfume de James, que muito lhe parecia o bolo Floresta Negra de sempre.

— Do que está rindo? — ele perguntou.

— Sabia que o seu perfume tem um cheiro muito específico de bolo Floresta Negra? — ela perguntou. — Você não sabe quantos dias eu passei pensando nessa droga de perfume, porque eu não conseguia esquecer ele.

— O que é um bolo Floresta Negra? — James ficou confuso.

Morgana o encarou, como se fosse uma incógnita.

— Como assim você não conhece? Todo mundo conhece, é muito comum... — a garota riu.

— Não é não, Morgie... — falou. — Nunca vi nenhum bruxo que já comeu esse tal bolo.

Encarou-o, pensando que talvez um dos dois estivesse louco. Ela sabia que aquele bolo existia, porque se lembrava dele.

— Mas... eu lembro, de sentar em uma mesa pequena, com meus pais e comer uma fatia desse bolo. — contou. — Eu era muito pequena, mas eu lembro exatamente do cheiro que ele tinha. Isso é esquisito.

— Seus pais faziam muito esse doce? — questionou.

— Na verdade nunca vi eles fazendo... — suspirou. — Só naquela lembrança.

Aquilo sim era estranho.

INSOLENCE • james potterWhere stories live. Discover now