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CAPÍTULO ONZE
crazy potter

Morgana estava caminhando apressada até a sala de Poções, olhava para todos os cantos, estava fugindo de James. O garoto não saira de seu pé desde o infeliz incidente com a poção do amor produzida por sua amiga, infelizmente, ainda não conseguiram produzir o antídoto.

— Morgana, querida! — o garoto berrou. — Encontrei você. Trouxe flores.

A loira observou James, os cabelos bagunçados como sempre, as vestes amarrotadas, os charmosos óculos redondos e um buquê de lírios em mãos.

— Eu não gosto de lírios, Potter! — falou Morgana. — Por que você não dá eles à Lily?

— E por quais motivos eu presentearia ela e não você? — o garoto perguntou.

— Ah! Porque você gosta dela!

— Eu gosto de...

Potter foi interrompido por Pirraça, o poltergeist, que agora cantava uma canção e soltava pequenos fogos vermelhos em formato de coração.

Potter pirado, está apaixonado! — Pirraça cantava e ria. — Morgana louquinha, está irritadinha!

A garota corou fortemente, estavam chamando atenção demais.

— Pirraça! Não... por favor. — pediu Morgana.

O poltergeist respeitou o pedido, saiu dali, mas continuou cantarolando baixinho a canção, enquanto passava por outros corredores.

Morgana aproveitou a deixa e fugiu de James, que parecia estar a perseguindo em todos os lugares. Correu então para a aula enquanto tentava não chamar atenção do garoto, já que ninguém poderia descobrir que ele estava enfeitiçado por uma poção do amor. Acabaria ali toda sua reputação.

Encontrou os dois melhores amigos na sala e agradeceu mentalmente por não precisar sentar-se com o Potter. Decidiu que dividiria a mesa com Charlie, que apareceu do nada ao lado da garota, mantendo um sorriso malicioso.

— Ouvi por aí, que o Potter Pirado está afim de você, Bouveair. — o garoto comentou, assim que se sentou.

Pandora que estava na mesa da frente ao lado de Severus se inclinou para trás com a cadeira para ouvir a conversa.

— Sempre soube que ele era apaixonado por você... — Charlie brincou. — Toda aquela implicância sem motivo.

Morgana quis rir, mas estava tão aflita e com medo de que alguém pudesse descobrir o que ela e Pandora aprontaram, que apenas soltou um grunhido estranho.

Virou-se então para o seu livro e tapou seus cabelos loiros com o capuz, tentando se camuflar no meio dos sonserinos e confundir James, tentando evitar que ele fizesse mais alguma das suas cenas. Já se assustou com a quantidade de feitiços para conjurar flores e presentinhos que ele sabia.

Agradeceu à Merlin quando percebeu que passara uma aula inteira sem a interferência maldita de James Potter. Agarrou-se à amiga pelo braço e a puxou para onde não podiam ouvi-las, mas por segurança, sussurrou um feitiço que lhe foi mostrado por Severus.

Abaffiato. — Morgana murmurou. — Achou o antídoto?

— Claro que sim. — brandiu Pandora. — O problema é pegar ele.

A Bouveair sentiu como se seu corpo estivesse sendo comprimido para dentro si mesma. Não aguentaria mais nem um minuto com o chefinho a gangue dos Marotos no seu pé.

— Qual é o problema agora?

— O Slug começou a trancar o armário, ele percebeu que faltava um pouquinho de galhos de Wiggentree. — Pandora informou, olhando para os lados.

— Não sei onde estava com a cabeça quando concordei em fazer isso. — Morgana suspirou. — O Potter não sai da minha cola.

— Pelo menos eu vou ganhar o jogo desse sábado.

Pandora grunhiu após receber um tapa no braço vindo de Morgana e as duas entraram na sala de aula. A loira virou-se para sua dupla e sorriu contente para a beldade que estava falando sobre os processos de preparação da poção

Morgana tinha certeza de que se não fosse por seus pais buscando um casamento arranjado entre famílias puro-sangue, ela casaria com Charlie e os dois teriam cinco lindos filhos loiros. Riu sozinha com seu pensamento e acabou chamando atenção daquele que estava em seus pensamentos.

— No que tanto pensa, Morganinha? — perguntou o garoto.

— Nossos futuros filhos. — brincou. — Crianças parecidas conosco e superdotadas em magia.

— Pensei que seu filho teria cabelos negros e apenas olhos parecidos com os seus. — o Monarch riu. — Foi o que a professora de Adivinhação disse.

Morgana teve seus pensamentos tomados por aquele garotinho sozinho que a professora falara.

Seus olhos rapidamente encontraram os cabelos negros de James, sempre desarrumados. Por uns instantes, a garota se imaginou passando suas mãos frias entre os fios macios de seus cabelos, nunca havia reparado antes, em quanto ele a atraía. Mas rapidamente agradeceu aos céus por não ter sido notada por ele.

Logo teve a visão interrompida por um Horácio Slughorn caminhando em sua direção. O homem sorria, enquanto divagava sobre a poção de Charlie e Morgana ter ficado perfeita e igual ao que estava escrito no livro.

— Muito bem! Muito bem! — exclamou o professor. — Saibam que farei uma festa antes do natal, espero que todos possam comparecer com um par.

— O que acha de ir comigo, Bouveair? — o Monarch questionou, com aquele sorriso brilhante nos lábios.

— Eu ador...

Antes mesmo que pudesse responder, um barulho na mesa dos dois a impediu. Era James Potter, que havia pulado em cima da mesa e se sentado na frente de Morgana.

— Oh, sinto muito. — o garoto debochou. — Mas a Morgiezinha vai ir comigo, não é?

Mirou seus olhos pidões para a garota e sorriu, esperando uma resposta.

— Não, eu não...

— ...deixaria de levar seu namorado para a festa do Slug. — completou o Potter.

— Namorado? — berrou Morgana. — Ficou maluco?

— Maluco por você! — berrou James, ainda mais alto.

INSOLENCE • james potterWhere stories live. Discover now