Capítulo 1 - O poder.

104 11 1
                                    

(Clara narrando)

Estou sempre assistindo ou lendo sobre os acontecimentos no mundo. E a ganância pelo poder está a cada dia aumentando e o homem destruindo nosso mundo e por mais que a população fosse as ruas para protestar por mais melhoria na saúde, na segurança da população de classe baixa tudo parecia em vão. E vendo tudo isso passar sem poder fazer nada para ajudar. Olho novamente para o meu celular e observo a quantidade de pessoas que estava erguendo cartazes e gritando nas ruas e eu aqui sem fazer nada.

As vezes parece que criamos raízes no chão para não poder ter que sair correndo, e mesmo sabendo que o perigo está a nossa frente, ficamos com medo da realidade e do que pode vir a nossa frente. Não é sempre que temos a segunda chance de sobreviver. É neste momento que a vida passa diante dos nos olhos e nem sei como tudo isso aconteceu, mas pensava comigo o que tinha acontecido e lembrei que tudo tinha perdido e sem poder fazer nada, pois estava tão distraída olhando no meu celular que tudo aconteceu muito rápido.

Olhava em volta e via fogo em vários lugares, pessoas gritando e tudo parecia escuro. Então percebi que meu braço estava sangrando. Minha cabeça estava doendo e tudo parecia girar e sem mais desmaiei.

Acordei em um lugar com barulho de pessoas falando muitas coisas, sem conseguir entender o que dizia. Meu ouvido parecia que tinha grilos gritando e pessoas que corriam de um lado para o outro. Tentando me levantar senti uma mão nas minhas costas tentando me ajudar.

- Você precisa se deitar novamente. _ falou um moço atrás de mim que me ajudava a levantar.

- Eu estou bem. _ falei, mesmo sabendo que tinha algo de errado. - O que aconteceu? _ perguntei e tentei olhar e volta enquanto tentava entender e visualizar o que estava acontecendo.

O moço se pôs a minha frente impedindo de me levantar mais.

- Você precisa se deitar. _ falou ele tampando a minha visão com seu corpo.

E quando senti um toque na minha cabeça, ficou escuro novamente e apaguei.

Quando acordei novamente, estava em um quarto de hospital e me sentia bem melhor. Meu braço estava enfaixado e tomando soro.

Logo em seguida entrou enfermeiros e médicos na sala me fazendo exames.

- Como está se sentindo? _perguntou o rapaz de jaleco branco e conclui ser o médico, pois tinha um crachá pendurado.

- Bem. O que aconteceu? _ perguntei enquanto tentava me sentar.

- Tentamos entrar em contato com seus familiares, mas com o caos que está não conseguimos. _ explicou o médico. - Você ficou inconsciente por uns dias.

- Quantos dias? - Perguntei com medo de saber a resposta. - O que aconteceu? _ falei tão rápido que nem deixei o médico continuar.

- Vinte dias ficou inconsciente e no local que estava ouve uma grande explosão. Um jovem se matou e levou alguns com ele.

- E onde isso aconteceu? _ perguntei, pois, minha mente estava um grande borrão. - No parque que você estava.

Estranho, porque não me lembro. _ pensei.

Tudo parecia um borrão na minha mente. Mas sabia quem era. Mas a minha dúvida era que eu não sabia o que estava fazendo naquele parque.

- No começo é assim mesmo. Precisa de tempo para se lembrar. _ respondeu o médico vendo pela minha expressão que eu não estava entendendo.

Dia após dia fazia exercícios no hospital, caminhando pelo corredor com um enfermeiro. E minha preocupação era que não tinha visto nenhuma pessoa conhecida. Será que eles não conseguiram entrar em contato com a minha família ou será que eles estavam me proibindo de obter informação de fora. O que realmente estava acontecendo? Ficava sempre me perguntando e já estava achando isso muito estranho.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Where stories live. Discover now