Capítulo 18 - Unidos fazemos a força.

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(ARTHUR NARRANDO)

Estava aliviado, mas não estava certo de que o general guardaria o meu segredo. Tudo estava acontecendo tão rápido e aquela sensação de mágoa não saia do meu peito. Estava sim apavorado, pois nunca imaginava que um dia revelaria suas origens e ainda mais para alguém que poderia me prender por estar ilegalmente morando em um planeta em que não pertencia, mesmo sabendo da aliança que havia a milhares de anos. Sempre fomos muito discreto e vivemos assim a gerações.

Assim que sai do banho ouvi uns comentários na base sobre como a marinha aérea estava progredindo em alguns lugares do País e aquela notícia sim era para ficar contente. Me troquei e fui para o refeitório, e quando estava almoçando olhei para a televisão e reparei um grande movimento de soldado assistindo, então cheguei mais perto e escutei a repórter falar:

- Agora vamos ouvir o pronunciamento do representante das nações mundiais.

"Eu como representante venho aqui pedir a todos deste planeta e as outras raças que convivem conosco que se puder ajudar com o problema que estamos enfrentando, nós da Terra ficaremos eternamente gratos. Sabemos que por um longo período escondemos a verdade da população, mas era por questão de segurança que foi tomado esta decisão. E desde já agradeço."

Os soldados começaram a olhar com indignação um para o outro e começaram a discutir entre eles o quanto tudo aquilo era absurdo.

- Ele ficou louco. _ disse um deles revoltado.

Voltei a minha mesa e terminei o meu almoço, observando de longe que o anuncia não tinha agradado a todos.

Não era bem essa a reação que queria ter visto, mas compreendia o fato de que muitos estaria sendo manipulados mentalmente pelos Reptilianos.

Fiquei na minha e não quis dar atenção, sai logo que terminei e me deitei em uma beliches que não tinha dono. E coloquei o braço por cima dos olhos e tentei descansar um pouco. Acordei com muitos movimentos entrando e saindo do dormitório, olhei no corredor para saber o que tinha acontecido.

- Briga pessoal, briga lá no pátio. _ anúncio um dos soldados que tinha entrado no dormitório.

Fui até lá e dei uma olhada na briga. Os dois estavam socando muito bem e não estava sendo fácil para nenhum dos dois, estava bem acirrado a disputas. Então deixei eles se divertirem e fui malhar um pouco na academia. Fazer exercício me ajudava a pensar e naquele momento só queria fazer isso, pensar.

Depois de uma hora de treino pesado, peguei uma toalha e me enjuguei e tomei água. Estava sentado quando comecei a ver as notícias na televisão e parecia que tudo estava na mesma. Coloquei a mão na testa e abaixei a cabeça. E escutei alguém gritar.

- OLHA. _ olhei para o Capitão Borges que estava olhando pela janela e apontando o dedo no céu. E em segundo não tinha mais espaço para olhar para fora.

Muitos estavam olhando com admiração as outras naves que estava disparando na nave dos Reptilianos, mas tinha alguns que estavam com medo do que estava acontecendo.

Aquilo para mim era uma grande vitória e sábia que outras raças também ajudaria a população da Terra. Por mais ignorantes que essa raça é, sempre ajudamos eles a evoluir e não era agora que deixaria eles por conta.

E a nave dos Greys – Zeta estava dando uma boa lição nos Reptilianos que não tiveram escolha a não ser sair do Planeta Terra e em pouco tempo começou anunciar na televisão que todas as naves Reptiliano estava deixando a órbita e seguindo outro rumo. E ouve uma grande comemoração quando isso aconteceu.

- Conseguimos. _ disse um dos soldados.

- Mas quem estava naquelas outras naves? _ perguntou outro soldado.

E como não ouve resposta. Ficamos ouvindo as informações na televisão que a jornalista estava mostrando ao vivo.

- Quem estava nos ajudando? _ essa era a grande pergunta que todos estava se fazendo.

Mas o que importava mesmo era que todos estavam salvos e não quem estava por detrás. Nunca fizemos algo para levar o crédito e sim fazer o bem pelo próximo.

- Cabo Diller, o General Moreira solicitou sua presença no escritório. _ o soldado Pereira que era do meu pelotão disse no meu ouvido, pois o barulho na academia estava bem alto pela comemoração.

Assim que cheguei na frente da sala bati na porta e o general disse:

- Pode entrar. _ disse o general na cadeira com as mãos em cima da mesa. – Senta -se Cabo Diller. _ indicou a cadeira.

- Claro, obrigado senhor. _ disse respeitosamente.

- Te chamei aqui porque sei que sabe mais do que eu. E com o que aconteceu hoje fiquei muito feliz, mas curioso para saber quem ajudou o Planeta Terra. E gostaria de fazer uma aliança, pois como dizem a união faz a força.

- Senhor me desculpe, mas sempre ouve aliança. _ disse e vi a expressão mudar do general.

- Como assim? _ disse o general encostando as costas na cadeira e cruzando os braços.

- Vai ser difícil dizer. _ cocei a cabeça. – Mas a aliança foi feita a milhões de anos atrás.

- Não sábia. _ general falou enrugando a testa.

Balancei a cabeça compreendendo a ignorância, pois não era só ele que não sábia dessa e de outras informações.

- E você sabe me dizer quem atirou nas naves Reptilianas?

- Gostaria de poder dizer, mas nunca fazemos algo para nos beneficiar. _ expliquei.

- Compreendo, mas agora fiquei curioso. Você sabe qual foi essa aliança que foi feita.

- Sim, _ respondi. – Quando a população da Terra estava sendo escravizado pelos Reptilianos minha raça e outras nos aliamos para ajudar o povo da Terra, que nos agradeceu nos deixando conviver no planeta. E desde então estamos aqui, ajudando em tudo, tecnologia, medicina e até mesmo na moral da população.

- Não sábia que esses Reptilianos já tinha feito isso.

Tinha mais coisas para contar, mas se ficasse e falasse tudo que sábia não sairia da sala do general tão cedo. Resolvi só responder as perguntas do general.

- Muito obrigado, Cabo Diller por explicar e agradeça seu pai quando ver ele.

- Sim. _ me levantei e coloquei a mão na cadeira. – Posso ir para casa.

O general assentiu com a cabeça, abri a porta e fui.

Deitei-me na minha cama e fiquei olhando para o teto onde tinha várias estrelas que meu tio fez quando vim morar com ele. Queria me deixar feliz quando perdi a minha mãe e as estrelas me lembrava muito de quando me deitava no colo dela e ficava olhando as estrelas que se via do meu planeta. Não era igual essas, mas sentia a presença dela acariciando meu cabelo e dizendo que tudo vai ficar bem e naquele momento queria que isso acontecesse. Estava tão perdido nos pensamentos e em tantas decisões que teria que tomar que dormi.

Acordei com o telefone tocando, mas não deu tempo de atender e vi que Clara tinha deixado uma mensagem e apertei o botão para escutar.

"Oi, como você está? Estou ligando para saber se gostaria de ajudar a cidade? Estão fazendo um mutirão de pessoas para ajudar a reconstruir a cidade depois de tudo que aconteceu, então me lembrei que você sempre ajuda as pessoas. Mas... se estiver cansado não tem problema. Até mais. Beijos."

Isso sim que era notícia boa e sentia que o planeta Terra ainda tinha jeito. Essas pessoas ainda vai mudar o mundo!

Oi, estou feliz de saber que já chegou até aqui.

Para mim é gratificante. Então comentem o que achou deste mais novo capítulo.

E agradeço desde já.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Where stories live. Discover now