Capítulo 12 - Desentendimento.

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(Clara narrando)

Não me perdoaria se tivesse acontecido algo mais grave com meu pai e o levei para casa, pois ainda estava com o corpo dolorido, mas não era para menos. Tinha levado uma pancada no chão quando tentou fugir e as pessoas que entraram em desesperou o empurrou e na idade dele não é bom, foi muita sorte.

Dirigi e quando cheguei em casa minha mãe me ajudou levar ele até a cama para que pudesse descansar.

- O que aconteceu? _ perguntou Fábio quando viu nosso pai machucado deitado na cama.

- Vamos deixar ele descansar. _ disse minha mãe, fazendo gesto com a mão para nos retirar do quarto e fechou a porta.

Fomos até a sala onde contei tudo que tinha acontecido no acampamento.

Sábia a gravidade da situação que nosso País se encontrava, mas não imaginava que poderia acontecer tanta coisa em tão pouco tempo.

Sentei me no sofá e ligamos a televisão para ver as notícias e mostrava que tinha acontecido a mesma coisa em vários lugares. A briga entre os países só aumentava e estava longe de acabar.

Estava tão decepcionada com o que tinha acontecido e fiquei pensando no que aquelas pessoas estavam passando quando seus entes queridos morriam. E por um breve momento cochilei no sofá. Deveria estar cansada depois de tudo o que tinha acontecido desde que acordei. E ao despertar vi meu pai sentado no sofá.

- Mas já se levantou! _ falei olhando para o meu pai que me olhava com carinho.

- Não entendi o que aconteceu? _ disse meu pai.

- Vários aviões caças nos atacaram e o senhor estava ajudando as pessoas, mas pelo que conversei com algumas pessoas que estava ainda em choque e desesperada viram você cair, mas acabaram não te ajudando e eu não estava lá para te ajudar, pois também entrei em desespero e corri para escapar quando Arthur me puxou para o lado da floresta. Sou culpada, devia ter te protegido. _ falei chorando.

Meu pai mudou de lugar e se sentou ao meu lado e com uma das mãos enxugou uma das lágrimas que escorria pela minha face.

- Mas você não tem culpa. Foi bom você ter corrido. _ explicou ele e colocou sua mão na minha que estava em meu colo.

A energia que passava do meu pai é de tanto amor que mesmo o compreendendo, não aceitava, porque também o amo e tenho que cuidar dele também e não somente ele que tem que cuidar.

- E o senhor se machucou e graças aos céus que não foi nada grave. _ afirmei.

- E não vai acontecer. _ afirmou e nos abraçamos.

Não conhecia o sentimento de amor de pais, mas estava aprendendo com aquela energia que emanava dele para fim que meu amor por ele sempre foi tão pouco, comparado com o amor que estava sentindo naquele abraço que acabei chorando mais ainda.

- É que se o Arthur não tivesse me levado para as árvores quando estava acontecendo o ataque e se eu não tivesse entrado em desespero. Poderia ter lhe ajudado. _ expliquei.

- Por isso brigou com ele? _ perguntou meu pai pegando minha mão. – Foi bom ele ter te levado para longe.

- Não defende ele. _ me levantei e olhei com estranheza para o meu pai. – Pensei que não gostasse dele.

- Nunca disse isso. _ se defendeu e mesmo não compreendendo a energia que vinha do meu pai, estava ainda decepcionada comigo mesma.

Sai da sala e fui direto para o meu quarto chorar mais um pouco, mas no fundo estava brava comigo e muito decepcionada.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora