Capítulo 20 - SEGREDO

16 6 0
                                    

(CLARA NARRANDO)

Os dias com Arthur eram maravilhoso e depois da festa na cidade ficamos ainda mais próximo um do outro, pois ele era sempre um cavalheiro e um eterno romântico. Me trazia sempre uma flor quando vinha me ver, mesmo sendo as vezes roubada do jardim da minha mãe.

- Desse jeito não vai sobrar flor. _ dizia minha mãe toda vezes que ele me entrega a flor.

Mas ele trazia as vezes sementes bem diferentes para a minha mãe, que se surpreendia com o gesto dele. Que dizia sempre que era uma espécie que estava sendo feito em laboratório.

Eu ficava muito feliz com a aproximação da minha família com ele, pois amava a ideia de família bem unida e não consigo nem imaginar a em ter que escolher caso eles não se desse bem com o Arthur.

Depois de três meses de namoro, percebi que Arthur estava mais envolvido na relação, pois já falava em se casar. Que somos adultos para começar a nossa família também. Tinha medo, pois depois que comecei a ter os poderes sentia que se ele soubesse terminaria comigo e eu não queria mais ter que guardar o segredo, mas também não queria perder ele.

Fiquei pensando muito e todas as vezes que ia contar para o Arthur o medo me consumia e sempre desistia.

O que ele pensaria de mim e se até eu me achava louca as vezes, imagina outras pessoas. Já que não tive coragem nem de falar para os meus próprios pais que é tão próximo a mim.

Esse segredo me consumia a cada dia e o medo me atormentava a todo instante, queria que isso nunca tivesse acontecido comigo. Saber dos sentimentos das pessoas quando o tocava era complicado de explicar até mesmo para mim, tinha certeza de que Arthur me amava, já que quando o beijava ou quando tocava nele sentia uma grande paixão vindo dele.

E depois que comecei a trabalhar no museu da minha cidade era mais difícil de ver o Arthur e os dias foi passando mais rápido e aquele segredo que me atormentava cada vez mais, tinha dia que dormia pouco, pois pensava muito em como ia dizer e se eu tinha que realmente contar, mas e se eu não contar para ninguém, será que consigo guardar esse segredo para sempre.

- Mas e agora o que eu deveria fazer? _ era a pergunta que eu sempre me fazia.

O natal já estava chegando e o ano passando muito rápido. Precisava pensar rápido em uma solução para a minha vida.

Arthur queria viajar de navio comigo e minha família na passada do ano e minha família estava também muito empolgada, pois já tinha dois meses que conseguiram passagem de última hora para viajar e eu ficava pensando se isso era uma boa ideia.

Quando o dia da viaje chegou, arrumei a minha mala. Meus irmãos estava super animado, já que era muito difícil de meus pais querer viajar, porque a chácara é a vida deles. Mas eles conseguiram convencer o meu tio a ficar na chácara para cuidar de tudo.

Assim que cheguei na suíte familiar com dois quartos e mesmo a contra gosto dos meus pais acabei ficando na suíte com o Arthur que ficou muito feliz, me deslumbrei com o luxo do navio, tinha até um mini bar e uma tv enorme na nossa suíte, mas quando fui na varada me surpreendi ao ver uma hidromassagem. Essa viaje ia ser demais e com certeza ia ser inesquecível.

Naquela mesma noite em que embarcamos o Arthur montou um lindo jantar na varanda da suíte em que nos encontrávamos, pois quando terminei de me arrumar pensava que íamos jantar em família no salão do navio, mas quando fui até a varanda vi uma mesa linda e o Arthur estava olhando para o horizonte com uma taça na mão, assim que que viu foi até a mim e me pegou pela mão, me levando até a mesa e com gentileza puxou a cadeira e me ofereceu para sentar.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Where stories live. Discover now