Capítulo 8 - Confronto.

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(Clara narrando)

Depois de alguns dias começou passar a notícia de que os governantes tinham perdido seus postos e que os militares estavam governando o país. Colocando ordem nas ruas e fazendo com que todos permanecessem nas casas. Até regularizarem a situação.

Mas o que parecia simples de resolver, se complicou mais. Outros países que já estavam em guerra começaram a discutir a situação do país que eu vivo desde que nasci como se eles tivessem algum direito e começou a adentrar sem autorização no nosso solo. Então, os militares se defendeu e os expulsou, mas a situação só piorou, pois eles acreditaram que estava os ameaçando. Porém, não demorou muito para o nosso país começar a ser bombardeado pelos países que queria o nosso solo fértil para eles.

E os países que tinham se aliado a nós começaram a agir contra nós, pois queria também um pedaço da fatia do "bolo" e não tínhamos tantas tecnologias ou armamento pesado como em os outros países avançados.

Foi pedido ajuda aos Estados Unidos, mas eles não conseguiriam ajudar, já que também estava defendendo seu país e outros que são pequenos. A situação estava fora do controle, pois o Brasil não queria decretar guerra, pois sempre foi um país amigo de todos e não aguentaria, perdendo mais ainda, então começamos a nos defender. E os conflitos que estava interno se expandiu para a parte externa do país. Não tinha para onde correr e aqueles que estava vindo para o Brasil para buscar refúgio acabou que a fronteira foi fechada.

Após um mês de confronto, algumas cidades começaram a ficar sem água potável, pois as pessoas estavam sendo recrutadas para defender o nosso país.

Meu pai e eu resolvemos ir à cidade procurar alimentos, ração para os animais e remédios. Olhando para fora do carro vi as ruas com lixo espalhados, pois não tinha mais pessoas fazendo esse tipo de trabalho.

Pessoas gritando e batendo umas nas outras sem piedade e não tinha mais justiça como antes e ódio estava cada vez mais ganhando força. Era de cortar o coração ver a situação em que as pessoas se encontrava e tudo por causa das pessoas que não tinha amor em seus corações.

Quando chegamos no supermercado encontramos muitos soldados colocando ordem no local, e sem ficar olhando muito entrei. Meu pai entrou com carrinho para pegar as rações e eu para pegar os alimentos que estava faltando. Tudo estava caro, então priorizei pelos enlatados que tinha mais durabilidade e alimentos que mais comíamos como arroz e feijão.

Meu pai tinha pegado tudo que precisava e me deu sinal que ia levar no carro, depois de um tempo voltou para me ajudar. Quando estava passando o carrinho em um dos corredores esbarrei em alguém e me virei para me desculpar e fiquei perplexa ao perceber a semelhança que ele tinha com o moço que me ajudou e que não saia da minha cabeça.

Fiquei tão surpresa que não sei quanto tempo fiquei parada olhando para ele, e foi quando senti meu pai colocar a mão no meu ombro, senti a energia do meu pai desconfiado, como se quisesse defender a filha, mas eu estava bem, pelo menos era o que eu achava.

- Clara. _ meu pai olhou para mim e o para o rapaz que também estava me olhando com um pacote de pipoca nas mãos.

- Me desculpa. _me desculpei na hora e senti meu coração aumentar os batimentos cardíacos.

- Você é o moço que me ajudou, não é? Mas acho que te conheço de mais algum lugar.

- Sou o astrônomo e conversamos sobre o cinturão de Orion.

- Nossa. _ coloquei a mão na testa e limpei o suor, pois fiquei nervosa. – Me desculpe, que cabeça a minha. Não sábia que morava aqui nesta cidade também. Que coincidência.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Where stories live. Discover now