Capítulo 5 - Sofrimento

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(Arthur narrando)

O meu sofrimento começou bem antes do dia de hoje, mas sim no dia em que conheci a Clara, mas ela não se lembra de mim e venho a observando sempre que posso.

No meu mundo é raro encontrarmos o amor e alguns vivem como solitário, mas quando a encontramos ficamos com a pessoa pelo resto de nossas vidas. E não sei como meu irmão conseguiu me convencer a mandar uma mensagem para a Clara.

Queria que as coisas nesse Planeta se resolvessem para que depois eu começasse algo com ela, se começasse, pois não tinha garantia que ela quisesse algo comigo. Então mandei uma mensagem para ela e acabei me arrependendo de ter feito isso no momento em que tudo saiu fora do controle.

Já que no momento em que Clara estava no parque não pude proteger ela.

Posso sentir as pessoas quando toco, mas prever o futuro está fora de cogitação. Mesmo vendo que esses eventos poderiam acontecer, mas nunca data e hora do local. E muito menos que isso fosse acontecer com a pessoa que eu tanto amo.

Quando isso acontece na vida da gente, muitas coisas passam pela nossa cabeça. E vendo ela de longe no parque meu coração parecia que ia parar, mas quando percebi o que estava para acontecer meu corpo estremeceu. E uma grande raiva e tristeza tomou conta do meu ser. Foi tudo muito rápido e meu foco era sempre ela e não via mais nada, comecei a correr e nem percebi as pessoas que estava pedindo socorro. Fiquei desesperado em ver o que tinha acontecido e assim que cheguei perto dela me sentei ao seu lado e tentei sentir sua pulsação.

- Graças a Deus. _ senti um grande alivio em meu peito e olhei para os lados e vi uma mulher pedir ajuda para tirar seu marido de baixo de um pilar de um dos quiosques que tinha caído e foi rápido para ajudar e de longe vi Clara se sentar e cheguei perto dela e tentei impedir de levantar, já que não sabia se tinha fraturado algum órgão, mas logo depois ela desmaiou.

Olhei em volta para ver se tinha algum resgate ou alguém que pudesse me ajudar, mas então no desespero a peguei no colo e todo momento me sentia tão impotente em não saber como ajudar lá e com a demora da ambulância, colocou ela deitada no banco do seu carro e a levou o mais rápido para o hospital e o trânsito estava caótico. Mas, assim que chegou lá viu que estava lotado, já que tinha acontecido várias explosões em diferentes lugares do país.

- Isso foi terrorismo. _ gritou um homem em meia a multidão que estava acontecendo na porta do hospital.

- Um absurdo não deixar entrar mais pacientes. Meu filho está ferido. _ gritou uma das mães com uma criança no colo.

O tumultuo que estava me deixou desesperado, precisava levar Clara para outro lugar. Mas era longe demais, então entrei no carro novamente e liguei o meu dispositivo e não pensei duas vezes antes de usar. Mas antes olhei em volta para ver se tinha alguém por perto e liguei fazendo nos viajar com um estalar de dedo assim que pensei no destino que desejava.

"Um amigo do exército que com certeza poderia ajudar", _ pensei.

Lucas é médico no exército e estava em tendas militares acampando, pois estavam em alerta já que o País se encontrava em um caos e a cidade precisava sempre de reforço, pois as policias não estavam dando conta de tantos protestos e bagunça que estava acontecendo em vários pontos da cidade.

Em segundo apareceu perto do local e seguiu com o carro até a entrada. Por ser um militar foi fácil a autorização da entrada e assim que chegou no posto de comando do exército entrou e havia no local já feridos. E olhava em volta e percebeu não também não havia leito. Foi até seu amigo e começou a pedir ajuda.

- Por favor Lucas, ajuda ela. _ a coloquei em uma das macas que estava livre.

- Da licença Arthur.

Vendo de longe ela sendo cuidada meu coração começou a ficar mais aliviado, mesmo vendo ela toda machucada. Era de entristecer meu coração e me sentia tão culpado por mandar ela ir ao parque.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Where stories live. Discover now