Capítulo 7 - Retorno.

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(Clara narrando)

Assim que acordei senti o meu corpo todo dolorido, fiz carinho no cachorrinho que estava dormindo numa caminha ao meu lado, então me levantei e comecei a arrumar as coisas, comi um pouco e sem demora fui embora do local com o cachorrinho na mochila, pois não sabia o que estava acontecendo para as lojas estar todas saqueadas e arrombadas, já que quando sai de casa com sua amiga Luiza a cidade estava bem agitada e o único local que encontramos para ver as notícias foi no celular lá no parque e sábia que ia demorar para chegar em casa e com certeza minha família estava preocupada.

Queria ter entrado em contato com eles, mas naquela bagunça toda perdi o celular que estava em minhas mãos no momento em que tudo aconteceu.

Depois de uma hora andando encontrei uma bicicleta caída na estradinha de terra, então subi e pedalei. E em 15 minutos cheguei e comecei a gritar.

- Mãe, pai, mãe, pai... _ quando abri o portão e coloquei a mochila no chão para o cachorrinho sair, e do alto do morro vi minha família me olhando espantados e uma grande alegria surgiu em meu peito de saudade e por alguns momentos enquanto estava vendo pensei que eles poderiam ter indo embora para outro lugar. E sem demora sai correndo até eles que veio o mais rápido em minha direção com os braços aberto e sem demora os abracei com lágrimas em meus olhos.

- Minha filha. _ disse minha mãe com ênfase na voz e assim que chegou perto segurou meu rosto enquanto me olhava chorando e segurei suas mãos e naquele momento senti toda sua angustia e fiquei mais triste ainda por saber o quanto ela tinha sofrido por não saber o meu paradeiro.

Entendia perfeitamente o que eles estavam sentindo, pois estava morrendo de saudade deles e em todas as vezes que que viajava estava sempre em contato com eles, mas naqueles últimos dias não sabia nada deles e acreditava que não era apenas eu, mas minha família que eu tanto amo devia sim estar preocupados.

Olhei para o meu pai que estava tão perplexo quanto eu, e enquanto olhava para os meus pais que me olhava com admiração e saudade, senti um baque e quando olhei era meus irmãos, já estava me abraçando e passei a minha mão em seus rostos e aquela mesma energia que ainda estava me assustando sentia todas as vezes que eu tocava com a minhas mãos e naquele exato momento senti meus irmãos felizes, pois estavam com saudade de mim.

Meus pais se afastaram enquanto olhava a cena dos filhos se abraçando e olhei de relance para eles que sorriam enquanto olhava para a minha família que amo, e sorri.

- Onde você estava minha filha? _ perguntou meu pai e assim que meus irmãos Fábio e Fabiano se afastaram e olhamos para o nosso pai que estava esperando a minha resposta.

Olhei para o rosto de cada um deles que estava esperando a minha resposta, então enxuguei meu rosto com as mãos e respirei fundo.

- Eu estava em coma em um hospital. _ disse ao me lembrar dos dias em que passei e voltei a chorar novamente.

- Vocês não foram me ver, fiquei com medo e fugi. _ expliquei.

Sentia a energia de felicidade que vinha deles e não compreendia o que estava acontecendo comigo, mas a sensação que tinha era boa.

- Mas te procuramos em todos os hospitais, delegacia e até necrotério. Você tinha sumido da face da Terra. _ explicou minha mãe com pavor na voz. – Até a Luíza não te viu, a única coisa que ela se lembra é de vocês estarem no parque e depois não te viu mais.

- Ela está bem? _ perguntei sem demora e começamos a subir o morrinho que tinha do portão até a casa.

Eu sempre morei aqui nesta chácara e não é porque ela é linda, mas aqui é tranquilo e a vida é bem mais saudável.

QUESTÃO DE TEMPO PARA A VERDADE APARECER.Onde histórias criam vida. Descubra agora