A ƑILHA ƊO ƑOƓO - A MALƊIƇ̧ÃO ƊO SOLSƬÍƇIO

✥ㅡ Capítulo Extra 2 ㅡ✥

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   A Maldição do Solstício - Diário de Linter e Hyuma

   Cláusula 1 - O Primeiro Amor da Rainha

   Anos depois das divisões dos reinos, quando todos ainda estavam se acostumando com a nova cultura, governo e preocupações, a história de um grande amor começou a surgir. Era o Ano da Colheita, quando todas as pessoas do determinado reino escolhido se juntavam para lançarem sua magia na terra para abençoá-la. Assim conseguiriam as colheitas cada vez mais fartas e jamais pereceriam.

   Durante a comemoração do Reino Lunar, depois que as crianças foram permitidas saírem pelo reino para brincar, os reis foram informados de que um certo menino órfão e que vivia sozinho simplesmente desapareceu de seu barraco. As crianças, apesar de nunca o chamarem para uma brincadeira, gostavam de persegui-lo por aí com pedras nas mãos. O menino nunca revidava, porém. Simplesmente saía de perto, até que todos os outros desistiram de tentar humilhá-lo, já que perceberam que sua vida já era humilhação o suficiente.

   A Rainha, durante os festivais do ano, sumiu por uns tempos. Seu consorte, o rei Muriel, assumiu a liderança do Reino Solar enquanto ela estaria fora. Porém, com seu poder reduzido em comparação ao de sua rainha, jamais foi considerado um líder. Seus métodos de ataque, defesa e até mesmo ordens para seus súditos eram meras formas de tentar ser igual em questão de poder. Mas jamais aconteceu. O que só piorou quando, meses depois, a rainha retornou. E ela não estava sozinha.

   Cláusula 2 - O Filho Indigno

   Como observadores, as pessoas imediatamente começaram rumores sobre a rainha ter escondido um filho durante todo este tempo e jamais o tinha mostrado ao mundo, com medo das críticas que se seguiriam. Porém, o rei consorte, ao olhar para aquele pequeno pedaço de carne e ossos, não pôde ver quaisquer semelhanças com sua esposa que a acusasse de traição. Ela o segurava com tanta segurança e amor que o próprio rei duvidou de seus próprios pensamentos.

   Porém, o menino tinha cabelos claros e castanhos, enquanto seus olhos eram de um azul tão claro quanto o céu. E sua rainha possuía cabelos ruivos como o fogo, e intensos olhos verdes que cativaram a todos. A criança a olhava como se ela fosse sua tábua de salvação, tamanha sua adoração pela rainha. Havia sangue em seu torso, braços e pernas. O menino estava ferido, mas parecia não se importar. Se o rei estivesse correto, poderia jurar que sentiu um fiasco de magia saindo do corpo de sua rainha. O que significa que ela o curou.

   Não se via ferimentos. Apesar dos olhos do menino estarem lutando contra o sono, ele se mantinha acordado. Olhando para ela, enquanto a rainha lhe encarava com o mesmo olhar de adoração e amor.

   Naquela mesma tarde, deram um quarto para o menino e cuidaram dele, retirando todas as suas roupas e cuidando de suas feridas pequenas. Ele, o tempo inteiro, chamava por ela. A mulher que o salvou.

   E então, como num passe de mágica, a rainha, dois anos depois, anunciou para Taryan inteira o momento em que oficialmente estaria adotando o menino como seu próprio filho. Althaea não cabia em si de alegria, de acordo com o pronunciamento totalmente feliz que fez à seu reino. O amor brilhava em seus olhos a casa vez que olhava para a pequena criança, que mal conseguia parar de sorrir. Para sua mãe.

   Porém, mesmo chorando de alegria por seu novo pequeno amor, a rainha não percebeu que, além da barreira de Taryan, em um lugar escondido e proibido, bruxas observavam seu pronunciamento e iniciavam um plano maligno para se vingarem de Althaea.

   Cláusula 3 - A Primeira Maldição de Taryan

   Com a felicidade da única deusa e rainha de Taryan, seu consorte, o rei Muriel, se sentiu estranhamente deixado de lado. Althaea, ao cuidar do menino, foi atacada pelo próprio marido, que, em um ataque de fúria, a atingiu com uma facada profunda nas costas. O pequeno menino assistiu tudo, e gritou com toda a força de seus pulmões por ajuda quando viu a mulher que mais amava na sua vida cair, fraca, enquanto o rei avançava para a criança deitada na cama.

   Mas ele foi impedido pela magia de Althaea. Mesmo ferida, ela conseguiu proteger seu filho. E o defendeu de qualquer poder que pudesse atingi-lo através de seu marido.

   O rei, tomado pela inveja de nunca ter sido amado assim pela sua esposa, havia conversado com as bruxas de Amelin dias atrás e acabou caindo em suas armadilhas. Elas planejaram o ataque para que não sujassem as mãos, acreditando ser mais fácil que outra pessoa lhes fizesse isso. E encontraram o melhor indivíduo para tal ato.

   O consorte foi preso e destituído de seus títulos de nobreza. Passou a viver exilado no Reino Drysand, onde ali, fundou seu próprio governo de vingança e condenou todos os outros exilados a uma vida próspera de miséria e dificuldades.

   Althaea continuou protegendo seu filho, que aos poucos foi crescendo e se tornando um homem forte e poderoso. Até mais do que certos semideuses que viviam em Taryan. Sua magia era diferente; mais forte e compacta. Usava-a para proteger sua mãe e seu reino, que aprendeu a amar mais do que a si mesmo. Agora, ele não era mais conhecido como o órfão abandonado que passava os dias cantarolando por comida no Reino Lunar. Era reconhecido como Caedrus, um guerreiro temido e poderoso.

   Porém, Muriel não desistiu da vingança. Ele sabia que, se quisesse voltar a se tornar o soberano do Reino Solar, precisaria agir. Com ajuda, se precisasse.

   Foi nesse momento que as bruxas de Amelin, usando sua total magia para apenas um feitiço, criaram a primeira e grande maldição de Taryan: A Maldição do Solstício.

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