[25] O JUIZ DA ESPADA FLAMEJANTE.

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< Tau >

— Deve de estar relutante quanto a permanência de vocês aqui, não? — indagou Taú a Minerva, à medida em que perambulavam através de uma passagem secreta através das profundezas daquele vilarejo o qual tiveram tempo suficiente para explorar e reconhecer que podiam chegar a diversos lugares se bem quisessem, sendo que por séculos aqueles haviam sido refúgios seguros daqueles que fugiam da doutrina cristã e muitas vezes se negavam a renegar sua antiga doutrina e os antigos cultos.

Minerva olhou para a esquerda, onde, segura pela mão, a senhorinha a olhou ternamente.

— A senhora Malterna assuntou que devemos permanecer por aqui — Minerva arrastava-se por entre os tuneis estreitos, sendo acompanhada pela luz da tocha carregada pelo homem. —, que encontraríamos refúgio na proteção ofertada por vocês do Convento e pelo dito do velho Theodor enquanto aguardamos o desdobrar dos eventos.

— Nunca confiei totalmente naquele homem — disse ele, descrente. — Talvez pelo fato de não o entender, não poder saber o que ele pensa, de onde vem o seu sobre-humano conhecimento do mundo espiritual. Vocês, acima de todos, deveriam reconhecer quem detém o mesmo dom que vocês, não? O que acham dele?

— Acreditamos que Theodor como humano tenha recebido a graça de Deus. Nós julgamos a pureza dos homens a fim de melhor entende-los, por isso acenamos a favor de suas predições. Suas citações também são verdadeiras e muitas das vezes o que ele diz, se mostra como uma profecia, um destino traçado por Deus porém que é desconhecido por nós, meras crias da sua graça. Ele nunca falhou e nem nunca hesitou em nos iluminar com sua sabedoria já que estamos desconectados de Gallir. Peregrinamos por essas terras a quase vinte anos, esperando para que suas palavras se cumprissem e dessem sentido a nossa permanência aqui... por isso continuamos, mesmo sabendo dos riscos.

— E o que assuntou Theodor?

Ela virou-se na direção do homem e afastou os longos cabelos das vistas.

— Detenho reservas quanto a essa informação.

Ele sorriu de forma defensiva.

— Fui designado para protege-los, necessito estar aquém de suas vidas e as predições do homem acerca do seu destino.

— Mas não precisa saber do que só diz respeito a ordem dos Verndare. Lembre-se, agradecemos pela proteção adicional mesmo não julgando-a necessária, mas não negaremos sua ascendência natural como traidores de Deus e, como consequência, quem não devemos confiar sem reservas. Prossigamos, sim?

Ele ergueu as mãos em rendição.

— Para onde estamos indo?

— Verificar se a obra da natureza mantem-se contra um de nossos maiores inimigos. A cada década devemos reforçar o feitiço que a mantem cativa.

— Quem?

— Eve... a única que sabe da verdade.

— Ж —

< Innamabel Gertsner >

Ela se lembrava da vez em que tinha ido ao centro comercial, na época do festival de peixe. Era essa a sua comida favorita, e a qual sua mãe menos gostava de preparar, lembrando da trágica história de seu avô em alto-mar.

A família partiu levando algum dinheiro, porém pretendia comprar pouco. Era um dia quente, mas o gelo no qual os peixes eram reservados faziam o clima da feira ficar mais frio. No entanto, Innamabel não ligava para o clima, queria apenas chegar a feira e escolher o melhor peixe para o jantar que não tinha muito de especial, apenas que seria a sua primeira vez tentando cozinhar.

Sirus: Os Outros Vampiros (Vencedor #TheWattys2020)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें