O amor em 140 caracteres [completo]

Capítulo 07

Os dias na escola passaram de forma bastante rápida, de modo que, depois do segundo dia de aula, eu não tive mais tempo para nada. Podia ser a primeira semana, mas os professores já haviam nos atolado de trabalhos.

Na sexta-feira a tarde aproveitei para fazer coisas que eu tinha deixado de lado, como: dar atenção ao Bochecha, assistir aos novos episódios de Pretty Little Liars, visitar o site de signos e atualizar meu blog.

Enquanto eu estava terminando de editar mais um dos meus textos românticos e sensíveis, decidi abrir meu abandonado Twitter. Não tinha nada novo mas, mesmo assim, postei algo referente à minha nova atualização do blog. Entre meus seguidores, havia algumas garotas que gostavam de ler o que eu escrevia.

Fui ao meu perfil e reli as minhas últimas postagens. Tinha sido a conversa com o tal Rafa the dark. Meu dedo indicador simplesmente foi até a pequena foto do garoto e abriu o perfil (contra a minha vontade, sabe?).

Comecei a ler algumas coisas. Nada de relevante. Até que vi a notificação dizendo que eu tinha uma DM*. Quando a abri, era exatamente de quem eu pensava.

@rafa_the_dark:

Oi, garotinha sentimental (:

@patriciamnzs:

Esses apelidos são tão criativos...

@rafa_the_dark:

Obrigado, que bom que gosta.

@patriciamnzs:

Eu não disse que gosto. Apenas falei, ironicamente, que é criativo.

@rafa_the_dark:

Eu acho que você gosta.

@patriciamnzs:

Não mesmo.

Ok, eu estava sorrindo enquanto respondia esse arrogante? Sério isso?

Enquanto tentava arranjar um motivo que justificasse minha reação, meu notebook mostrou mais uma notificação.

@rafa_the_dark:

Ei, você não respondeu o meu oi.

@patriciamnzs:

Oi.

Tá bom assim?

Ele não falou mais nada, e eu continuei:

Me responde uma pergunta?

@rafa_the_dark:

Pode mandar... Talvez eu responda.

@patriciamnzs:

Quem é você?

- Patrícia, nós vamos sair para jantar - Gustavo falou escorado na porta do meu quarto. Eu murmurei um ok e fui procurar algo melhor que um pijama de vaquinha para vestir.

Meu irmão permaneceu ali, revirando minhas coisas, tirando objetos e colocando em lugares diferentes, por pura mania.

- Está boa essa roupa aqui? - Perguntei a ele mostrando um vestido básico, sem alcinhas, e estampado com flores.

- Tanto faz - ele falou sem nem olhar para a roupa.

- Gustavo! - Exclamei irritada. Eu não suportava quando ele fazia isso.

- O que? A gente só vai sair para jantar, Pati, é coisa simples, não precisa se arrumar. Se bem que... Deixa para lá.

- Não, começou a falar, então termina.