Capítulo XXVI - O guia prático de como criar caos, por Izuku Midoriya

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"Eu gostaria de ver alguém, profeta, rei ou deus, convencer mil gatos a fazerem qualquer coisa ao mesmo tempo."

— Neil Gaiman

Quando Shinsou finalmente chegou na arena e liberou os alunos que o carregavam, já havia uma quantidade considerável de pessoas lá. Ele realmente esperava que não o suficiente para não ser classificado para a próxima fase. Como todos ali, ele tinha algo para provar também.

O som de explosões e discussão lhe fez evitar apenas brevemente a van estacionada no centro da arena, rodeada por alunos do departamento e, curiosamente, da sua sala. Provavelmente porque Kirishima estava avaliando a necessidade de segurar Bakugou no momento e onde Kirishima estava, Uraraka estava logo atrás e com ela se seguia quase todo mundo da sala.

Apesar das ameaças com explosões entre a conversa de sinais que parecia bem ofensiva, mesmo que não entendesse de todo com a rapidez com as mãos dos dois se movia, Izuku, pendurado no teto da van com Mei, não parecia muito preocupado.

Na verdade, ele parecia bem orgulhoso de si mesmo com a confusão que criou, como sempre.

Shinsou começava a desconfiar que Izuku era a encarnação do caos em forma humana, não havia outra explicação pelo prazer dele de causar confusão.

— Feliz que finalmente se juntou a nós. — Mei saltou da van quando se aproximou, um sorriso satisfeito demais no rosto que sempre o deixava em alerta. — Está atrasado.

— Nem todo mundo pode criar uma van para usar.

— E como deve ser viver assim?

Ele não sabia que o rosto horrorizado era falso ou não, nunca se sabia com Mei.

— É realmente uma pena que não vai poder usar nossos bebês.

Considerando o resultado de alguns testes que ela o obrigava a fazer, ele não se sentia tão privado. Com aqueles dois as coisas podiam dar muito certo ou muito errado para ele.

Como Shinsou havia se envolvido – e pior, se apegado – à essa gente mesmo?

Seus olhos vagaram para as pessoas na arena, muito nem mesmo haviam chegado ainda, presos nas armadilhas dos robôs criadas por Tako e as irmãs Ikeda ou que foram deixadas para trás pela van. Aqueles filhos da mãe haviam cortado boa parte da competição apenas nisso.

Seus olhos encontraram uma figura separada dos demais.

Todoroki estava isolado na arena, fitando Izuku com olhos indecifráveis de longe, mas sem se aproximar como sempre fazia quando envolvia Izuku. Ele sempre acabava migrando em à direção a ele e ainda assim, no momento, ele não se movia.

Havia algo de muito errado, podia perceber. Nos últimos tempos Shinsou havia notado que Todoroki parecia cada vez mais relaxado, provavelmente seu envolvimento com Izuku havia causado isso. Agora? O sujeito parecia que ia estourar a qualquer momento, como uma bomba relógio.

Shinsou só se perguntava quem seria pego nos estilhaços dessa explosão.

A quem estou querendo enganar?

Izuku se meteria nisso, como sempre. E Shinsou acabaria envolvido por associação.

—Hitoshi Shinsou. — Olhou em direção a voz súbita e encontrou um dos alunos da classe B mais perto do seu rosto do que esperava.

E falando em bomba.

— Monoma.

Havia algo de estranho nesse sujeito também, e não apenas porque ele precisava de ajuda psicológica para controlar sua veia competitiva. Mesmo ele sendo mais amigável com Shinsou do que com os outros alunos da classe A, por alguma razão, a presença dele nunca era muito agradável. Primeiro, porque Shinsou estava acostumado a lidar com pessoas com máscara o suficiente para reconhecer alguém que estava escondendo o jogo e segundo por Monoma sempre lhe dar a sensação que Shinsou estava deixando algo óbvio passar.

A teoria do caosHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin