Capítulo XXVII - Um cego guiando um cego

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Notas iniciais

Surpresa? Dia 28 Teoria do caos faz DOIS ANOS. Então para comemorar, eu fiz esse capítulo. Porém estou postando antes da data no spirit e wattpad por motivos de não quero esperar.

Nas demais plataformas será só dia 28 mesmo, assim como a tradução do capítulo (eu posto ela em inglês e português no ao3) :)

Obs: A arte  no final desse capítulo foi feita por mim no paint, a de início é comissão da Clara. 

 

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"Pegue minha mão. Há dois de nós nesta caverna.

O som que você ouve é água; você vai ouvir isso para sempre.

O chão em que você anda é de pedra. Eu já estive aqui antes.

As pessoas vêm aqui para nascer, para descobrir, para se beijar,

sonhar, cavar e matar.

Cuidado com a lama."

— Lisel Mueller, "The Blind Leading the Blind"

Dois anos, seis meses e 20 dias atrás

Shigaraki, por definição, não era uma pessoa curiosa. Ele não perdia seu tempo com esse tipo de desvio, sempre mantendo os olhos no seu objetivo, em vencer seu jogo.

Ele odiava a sociedade heroica. E se algo não estava bom, deveria ser destruído. Simples, sem complicação.

E então havia as exceções.

Eraserhead, por exemplo, era um herói que podia admitir que era maneiro. Kurogiri costumava assistir os vídeos dele e Shigaraki, para o bem ou para o mal, conseguia admitir que ele tinha estilo. Isso não o salvaria de Shigakari no final, mas ele poderia admirar algo assim.

E então tinha aquela curiosidade sobre aquela cobaia. Havia algo nele que o incomodava, mas ao mesmo tempo não queria o destruir, como fazia quando algo o incomodava. Ele havia comentado isso com sensei e Kurogiri. Sensei o mandou levar a cobaia até ele, Kurogiri não falou nada, mas ele tinha a sensação que ele não aprovava isso.

De qualquer forma, naquele momento, Shigaraki ficava feliz por não ter o matado, porque ele havia se provado mais interessante do que o esperado.

"O que vai fazer agora?" Shigaraki o observou, fitando os containers com os noumus.

Um deles tinha uma criatura menor, flutuando na água, deformada e feia, com o encéfalo amostra e os dentes arregalados, o corpo contorcido em apenas músculo e espinha. Ele parecia especialmente focado nessa, tocando o vidro com mãos trêmulas.

Em outro momento teria até se incomodado com os soluços, mas estava interessado demais para isso no momento. A cobaia havia criado um curto-circuito na base e aberto às celas, fugindo dentro da base. E no entanto não havia saído dela, mas ido ali.

A teoria do caosWhere stories live. Discover now