Cap 8

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TESS

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TESS.

Volto pra minha rotina de trabalho, o dia vai como qualquer outro. Meu treinamento parou com thomas e ele sempre vive mais fora do que em sua casa, o que me deixa preocupada... Mesmo que a gente não esteja se falando. Sei que depois da nossa conversa em sua casa, ele já deu um basta pro nosso treinamento.

até que aprendi bastante.

Ainda escuto seus passos no chão de madeira de seu quarto, o som das botas e seu corpo caindo contra a cama e os pesadelos. Mas cada dia que passa é difícil de escutar, ele não fica tanto em casa quanto antes. Tomo meu café sem interesse.

Meu telefone recebe uma mensagem e pego vendo mais mensagens de harry. Eu acabei bloqueando seu número, mas ele sempre acha uma forma de me perturbar. Passo pelos corredores o vendo de longe em sua sala de vidro, ele se levanta e o desespero bate. Calma tess... Meu corpo grita, eu o odeio, ele aparece no corredor. - tess! - escuto sua voz grossa e o som de seu sapato de grife batendo no chão, paro fechando os olhos e engolindo em seco de medo. - vamos conversar.

- eu não quero, harry. - digo me virando, ele se aproxima mais agora segurando em meu braço.

- não me irrite, tess. - ele sussurra, mas eu dou um puxão para sair das suas mãos e quando consigo, sinto uma forte dor no rosto e a palma de suas mãos deixam marca na minha bochecha.

Seu tapa foi forte, me fazendo ter mais raiva e escorrer lágrimas por minhas bochechas. Meu corpo treme e minhas pernas não obedecem. Não quero que aconteça tudo de novo, saio de lá depressa e ele me observa como um doido.

Choro baixo, com meu rosto entre os joelhos. Estou sentada no chão do corredor do apartamento esperando algo que possa me acalmar de alguma forma, mas nada me alivia.

Eu queria simplesmente ter coragem em denunciar o Harry ou até mesmo largar o trabalho, mas como eu vou viver?? Preciso sustentar minha vida e foi tão difícil conseguir um trabalho quando eu vim pra cá.

Escuto passos e levanto a cabeça vendo thomas com seus cabelos molhados por conta da chuva que cai lá fora e sua sobrancelha escorrendo sangue, ele para me olhando, seco minhas lágrimas com as costas das mãos trêmulas e falo :

- eu pedi pizza, quer? - ele fica em silêncio e vai pro seu apartamento me ignorando, em segundos ele volta e se senta no corredor, pego a pizza em casa e volto a me sentar no corredor do lado oposto do seu, de frente pra ele que observa meu rosto vermelho e quando escuto sua voz meu coração se dispara. Não escuto a quase algum tempo, isso me causa alívio.

- ainda tem tempo para cuidar de mim ? - ele aponta pra sobrancelha que tem um corte.

Dou uma mordida em minha pizza antes de responder.

Vou confessar que eu amo seu jeito badboy, chegando de uma luta clandestina... Quem diria eu estar me metendo nessa armadilha deliciosa.

O perigo me chama e eu não faço protesto nenhum contra.

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