Capítulo 32

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THOMAS

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THOMAS

- ele era.. - sorrio ao lembrar. - ele tinha uma forte opinião sobre a vida, um pouco irritante, mas um cara incrível. Ele infelizmente acabou sendo morto... Na minha frente - faço uma pausa antes de continuar, sinto as lembranças virem.

Ela me observa enquanto escuta atentamente, mas quando digo que nosso irmão se foi vejo tristeza tomar seus olhos, se formam lágrimas, mas sou mais rápido, impedindo que ela chore.

- ele amaria ter visto como você está. Ele sempre dizia que quando você crescesse, você viraria o que quiser e olha... Uma enfermeira. Não é bom? - abro um sorriso orgulhoso de ela ter conseguido suas coisas.

- bom demais, acho que ele esteve certo. - ela me abraça apertado me deixando surpreso, devolvo sorrindo. - obrigado por não ter desistido de tudo. Ter presenciado nosso irmão sendo machucado, foi horrível pra você e isso não te fez desistir. Nunca. Eu admiro sua força.

- não podemos correr de certos problemas e pensamentos passados. Mas podemos nos acostumar com a dor. - me afasto olhando em seus olhos - entende? - boto a mão em seu rosto.

- entendo. Ter ficado sem você aqueles anos todos me fez pensar em desistir de te procurar. Mas como você já viu... Eu sou teimosa. - diz rindo. - eu nunca iria desistir de você, a única pessoa que me fez bem, que cuidou de mim.

- não sou o contrário de você. - me levanto. - você é muito importante pra mim também, ashe. - pisco pra ela.

- já pensou em falar com Peter? - diz depois de um tempo. Afundo as mãos no bolso. Talvez...?

Não sei se estou pronto, não quero encarar a verdade assim, não é medo e sim receio de ter que relembrar tudo.

- acho que não vai dar certo. - falo com a cabeça baixa evitando seus olhos que me imploram tanto.

- pelo menos tentou?

- eu vou falar o que? Só ouvi-lo lamentar do quanto se arrepende de ter me deixado cuidando de você tão pequena? - franzo cenho me irritando só de pensar.

- só tente ouvi-lo. Nosso irmão iria querer o mesmo.

Saio do quarto em silêncio, procuro por peter na sala de jantar, mas quando entro na sala de estar, ele está sentado em uma poltrona com um copo de whisky na mão. Ele olha surpreso quando me vê, seus olhos que estavam caídos agora estão atentos.

Acho que estou fazendo isso mais pela minha irmã do que por mim, ou estou fazendo ambos?

Me senti no sofá. - me conte. Por que fez aquilo?? - olho pra ele que se ajeita na poltrona.

Estou parado um pouco distante  o observando com a cabeça explodindo de dor de cabeça.

Será mesmo que existiria algum motivo de deixar duas crianças com um louco??

O Unico Toque. Where stories live. Discover now