Cap 28

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THOMAS

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THOMAS

- quando vai ser? - ashe pergunta novamente para digerir corretamente.

- amanhã. - fico quieto alguns segundos e me afasto na intenção de tomar um ar. Sinto uma mão tocar em meu braço e me viro já do lado de fora do hospital.

Tess me encara. - não é nada com vocês, é só que.. Eu tenho medo, eu na verdade estou com medo de perder as funções do meu braço. - olho pra baixo tentando não parecer tão preocupado, mas isso está começando a ficar sem controle. - é só isso. - compartilho meu medo e ela se aproxima envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço em um abraço apertado.

- vai ficar tudo bem. - diz, é como se isso fosse me acalmar, realmente me acalma lá no fundo.

Aproximo ela do meu corpo e beijo seu pescoço só pra me recordar do seu cheiro, ela sorri.

- por que está comigo nisso tudo? - sussurro sem entender muito bem...

Eu realmente mereço isso? Mereço esse amor, esse carinho de alguém?

Ela me olha e seus olhos se enchem de lágrimas. Ela engole seco olhando bem pro meu rosto.

- porque você ficou comigo naquilo, você me animou... Cuidou de mim. - envolvo meus braços em sua volta.

Ela respira sorrindo de leve. - porque você nunca me machucou... Quer dizer, suas palavras as vezes, e suas atitudes, mas fora isso, não. Eu não consigo deixar de fazer o mesmo com você. - meu coração bate fracamente com ela me olhando de uma forma que me deixa anestesiado de todo o estresse, eu parecia ter o peso do mundo nas costas, mas agora eu não sinto mais nada.

- as vezes eu posso ser grosso, mas não é só com você. Eu sou assim. Me surpreende saber que eu cuidei de você. - sorrio de lado passando meu polegar por sua bochecha corada.

- por que?? - me observa com mais atenção.

- porque eu nunca fiz algo assim. Nunca pensei em alguém e sim só em mim, eu nunca pensei em cuidar de alguém quando eu fui estraçalhado. Eu não vou esquecer quando você cuidou de mim, quando eu mais precisei. - seus olhos me examinam com amor, vejo a emoção pulsar por nossos olhos.

Ela ri secando uma lágrima que cai. - eu não devia estar chorando, eu não sei por quê.... - diz gaguejando um pouco. Sorrio e dou um beijo leve em seus lábios.

- é porque você quer me falar algo.

- eu te amo. - diz e morde o lábio segurando um sorriso feliz.

Ela não tem noção do quanto amo ela. - eu também te amo.

- hmm, não esperava menos. - fala risonha me fazendo rir.

- que bom que sabe que eu te amo.

Escuto uma voz conhecida e viro meu rosto vendo o carro da polícia estacionado ao longe. - Thomas!? - observo ele se aproximar em passos largos.

Tess se afasta de mim quando ele para a nossa frente. Ele a observa sorrindo e ela devolve. - oi. - falo dando uma olhada pra baixo.

- você está bem? Depois do acidente? - diz baixo.

- eu tô bem. Bom, essa é tess. - apresento tess que sorri estendendo a mão para ele que aperta.

- tess! Sou peter, é um prazer conhecê-la.

- o prazer é meu senhor peter.

Olho pro chão desviando o olhar. - hmm, Thomas, você viu a moto??

- vi, e obrigado. - ele me olha um pouco surpreso. Não estou afim de brigar, na verdade estou exausto de ficar me desgastando. Ser estressado cansa. Ele me olha um pouco perdido.

Acho que estou fazendo isso mais pela minha irmã. Ele balança a cabeça sem jeito. - aposto que estão a pé. Posso levar vocês?? - ele faz uma proposta e tess aceita, sem eu dizer nada. Lanço um olhar e ela ri entrando no carro.

Vamos lá, não vai matar ninguém entrar no carro do meu pai, aonde nossa relação não está nada boa.

Me sento na parte da frente e ela vai na parte de trás. Olho pras coisas dele dentro do carro. - não está em horário de trabalho? - pergunto desviando o olhar pra fora da janela.

- terminei a pouco tempo. - peter diz manobrando, sem tirar o foco da pista.

- e como sabia que eu estava no hospital?? Foi asheley? - sei bem que foi ela, quem mais poderia ser!?

- foi. Ela na verdade me ligou quando você chegou lá. - fico em silêncio olhando pra rua escura. - e como está, tess?? - ele olha pro retrovisor.

- estou bem, sr. Peter.

- não se preocupe com ela. - falo sem perceber que fui bem mais calmo que o normal.

- estou sendo treinada, foi isso que ele quis dizer, ele só quer se gabar. - tess fala brincando. Meu pai ri me observando.

- que bom, fico feliz por isso.

Mordo o lábio vendo algo conhecido, um colar preso ao seu retrovisor. Engulo seco e pego em minhas mãos, ele me olhando de relance.

Seguro aquele pequeno colar em minha mão, e pergunto sem olhá-lo. - ainda guarda isso?? - é um colar antigo, da época em que eu, meu irmão e minha irmã que ainda era recém nascida, morávamos com ele e minha mãe. Eu e Josh fizemos ele juntos.

- guardo, me acompanha por todo o lugar. - ouvir e ver que ele não perdeu isso de jeito nenhum me deixa surpreso e perdido, olho pra ele engolindo seco.

Vejo um lado do meu pai, que jamais pensei em estar vendo novamente

Depois de uns segundos boto no lugar de volta, e saio do carro quando chego na frente do apartamento, paro na porta do seu carro. - obrigado peter, por trazer a gente até aqui - agradeço e tess se junta ao meu lado, dando um sorriso gentil de despedida, vamos pra dentro em silêncio enquanto escuto seu carro se afastar.

Sigo pra minha casa sozinho, tess me observa perdida. Me jogo na cama pensando no teste e no tanto que estou pensando sobre meu pai. Ele ainda guarda aquele colar? Isso realmente é sério?? Ele não perdeu desde o dia que dei de presente de feliz dia dos pais...

...

Me sento junto com will na mesa. - eu vou ter que fazer a cirurgia hoje. - falo fazendo will ficar em um silêncio sufocante.

- melhor que faça mesmo, eu sempre te avisei sobre isso. - solta tentando não se preocupar.

- mas não pedi pra jogar na minha cara, como agora. Eu tenho riscos.

- você sempre vive em risco, o que é uma cirurgia?? - ele fala irritado, me fazendo rir.

- pare de ficar irritado. - o repreendo.

- porra, não é atoa que estou irritado. O harry está solto, e ele está com o contato do filho do Angel.

- como descobriu???

- eu tenho um amigo que esta trabalhando com o próprio Harry. Ele sabe de bastante coisa, e se você não manter a atenção, eles vão vir.

- caguei e eu já te falei que estou cagando se ele quer me matar. Eu não tenho medo nenhum. E fique me atualizando disso. - me levanto me afastando. Acordo depois de um bom tempo de cirurgia, minha cabeça ainda tonta. Ainda estou pensando no que will falou, aquele filho da puta foi solto, eu sabia que um riquinho como ele não iria durar muito em uma cadeia. De uma coisa eu sei... Eu caço ele até no inferno se for preciso.

O Unico Toque. Where stories live. Discover now