Um soldado rebelde, que depois de seu irmão ter sido morto e torturado em sua frente, carrega um peso destruidor em suas costas. Acaba virando um soldado depois de ter vivido os traumas de perto. Levando uma vida no Afeganistão, ele é conhecido como...
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THOMAS
Estou em cima do erick socando sua cara com força, de repente, a imagem do meu irmão com a cara sangrando me vem a mente, paro de socar olhando minhas mãos encharcadas de sangue e no lugar do erick vejo, meu irmão jogado no chão. Meu coração pula do peito, e me afasto me levantando com as mãos tremendo, o meu irmão se levanta caminhando na minha direção
Ele soca minha cara com tanta força me fazendo cair de cabeça no chão e escuto os gritos me fazendo voltar a realidade de novo. Balanço minha cabeça perdido.
o que tá rolando??
Erick agora está em cima de mim, eu não consigo mais socar nada, é como se eu tivesse em um pesadelo, eu só me entrego aos socos fortes dele em meu rosto. Tento me proteger com as mãos, mas é falho, ele me soca como um animal raivoso e minha visão fica repleta de sangue.
Acabou o segundo tempo, will corre na minha direção, me ajudando a levantar e batendo de leve em meu rosto. Eu não consigo falar mais nada, me sento no banco ao canto e ele limpa meu rosto com um pano.
Estou com uma tonteira absurda e vendo tudo turvo, passo a mão pelos olhos tentando me despertar. - ei Thomas?!! O que está acontecendo?? - will diz preocupado e com o choro preso na garganta.
Faz tempo que ele não fica assim... Eu tô tão fodido pra ele estar com tanto medo assim??
- THOMAS! - Escuto sua voz no meio da multidão, me viro cruzando meus olhos com os dela.
Seus olhos me dão forças pra me levantar e continuar, passo a mão na testa suada. Erick volta sorrindo. Me encontro com ele no meio do ringue, de cara a cara. Eu sinto que algo está tentando me desestabilizar, tentando me tirar do foco. Antes que eu possa fazer algo meu corpo cai contra o chão e escuto o gritos que vão se dissipando e apenas o silêncio.
Lembranças.
Me sento na varanda de fora enquanto meu irmão caminha em minha direção e se senta. - o que está fazendo? - ele percebe meus olhos distantes. Olho pra ele. Fico em silêncio, mas abro a boca.
- você vai embora de novo. - digo com a voz falhando.
- você sabe que eu sempre volto. - diz olhando pro céu escuro e caindo em mim em seguida.
- eu só sei, quando você realmente volta! quando você realmente está na minha frente. - sinto o choro preso na garganta.
- mesmo que eu demore, eu não vou te deixar. - bota a mão em meu ombro sorrindo. - eu nunca fiz isso, não vai ser hoje e nunca. - olho pra ele e me levanto, abraço ele sem delongas como se fosse o último abraço, ele acaricia minha cabeça e se afasta.
- eu tenho que ir.
...
Acordo com meus olhos doloridos e olho por todo lado me encontrando em um quarto branco, como de um hospital. Sinto uma cabeça em meu colo, acaricio seu cabelo que conheço. Ela levanta o rosto e tess me olha com os olhos vermelhos.