Chapter 18

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NOAH

Depois que eu o ajudei a senta na cama e entreguei a bandeja com café pra ele, eu sai daquela casa correndo igual um desesperado, eu tava atrasado pra pegar meu turno lá no postinho.

Corri até em casa e tomei um banho rapidinho e me arrumei e logo fui em direção do postinho que já estava cheio de pacientes esperando. Aqui é foda, as vezes nem é sete horas da manhã e já está lotado de pessoas e a gente tem que atender todas antes que se aglomere demais e fique humanamente impossível atender um por um.

Noah: Oie, bom dia. Tudo bem? Desculpa pelo atraso de verdade mesmo, eu fiquei enrolado com alguns assuntos e não deu pra mim vir mais cedo e... - Fui interrompido.

Veronica: Calma, calma - Ela deu risada - O sub passou aqui hoje avisando que tu ia chegar mais tarde por causa do Jb. Tá tranquilo, não precisa se justificar. Por mim você poderia até tirar o dia de folga - Diz sorrindo.

Noah: Ah que bom que ele fez isso, mas não vou tirar não. Tem muita gente aí, vocês precisa de ajuda.

Veronica: Muito profissional você, eu tô rezando pra ter uma folga - Troquei mais umas palavras com ela e depois fui pra minha sala atender as pessoas.

Ela meio que tava certa, a cada duas semanas as pessoas que trabalham aqui tem duas folgas, mas sinceramente? Não peguei nenhuma, a falta de médicos aqui é uma coisa complicada que atrasa muito, as pessoas acabam não sendo atendidas e colocam essa culpa na gente. Não temos culpa, fazemos o nosso melhor mas é muito pouco profissional pra atender tantas pessoas. Mesmo trabalhando aqui a pouco tempo já vi várias pessoas virem fazer barraco aqui no meio porque não foram atendidas e que está demorando demais. Mas elas tem que entender a nossa parte também poxa, fora que aqui quase nem recebe assistência do governo, a maioria do nosso salário é pago pelos traficantes. Me diz que médico renomado vai querer vir trabalhar aqui na favela? A maioria vai pra algum hospital lá na pista, ganham mais sem precisa fazer quase nada. Depois de muito tempo eu acabei meu turno e as pessoas estavam indo embora, olhei a Veronica e a Lorena a terapeuta daqui conversando e resolvi ir até lá.

Noah: Oi, posso falar com vocês duas rapidinho? - Elas assentiram - Então, o Jb tá precisando de algumas coisas e eu queria saber se eu posso pegar daqui. Não é muito, apenas alguns remédios e uma cadeira de rodas.

Lorena: Cadeira de rodas? - Assenti - Ele tá bem?

Noah: Tá sim, ele perdeu o movimento das pernas só temporariamente.

Verônica: Nossa, que coisa. Me dá a lista dos remédios que eu vou ver se eu tenho lá na minha sala - Entreguei a lista e ela foi pra sua sala me deixando sozinho com a Lorena que parecia pensativa.

Noah: Oque foi? - Me sentei do seu lado.

Lorena: Bom... - Riu sem graça - Você sabe se o Jb vai precisar de fisioterapia né?

Noah: Vai sim, inclusive eu ia te falar sobre isso agora - Ela abriu um sorrisão e me abraçou forte - Ih que foi, maluca?

Lorena: Digamos que eu tenha uma quedinha por ele.

Noah: Pelo Jb? - Ela assentiu - Ew! - Fiz uma careta.

Lorena: Ah para né?! Ele é mó gostosinho, fala aí.

Noah: Nem é isso tudo, não - Menti - Além do mais, do que adianta ser gostoso mas ser escroto?

Lorena: To nem aí. Se ele der mole é vapo - Começamos a rir e logo a Verônica voltou com a cadeira de rodas. Ela não trouxe todos os remédios que eu pedi porque estavam em falta, vou ter que resolver isso com o Froy depois.

Agradeci e me despedi delas e mandei uma mensagem pro Froy, que brotou aqui em dois minutos. Colocamos a cadeira dentro do carro e fomos subindo o morro em direção a casa do Josh. Conversei com ele sobre os remédios e ele me disse que mandaria alguém me levar lá na pista pra comprar. Chegamos e o Froy foi colocar a cadeira no quarto pois o Josh estava dormindo graças aos remédios, me sentei no sofá e logo depois ele voltou e se sentou do meu lado mechendo em um monte de dinheiro.

Froy: Aqui, toma - Me entregou um maço de dinheiro que eu nem consegui contar.

Noah: Pra que isso? - Pergunto sem entender.

Froy: Tu vai ficar aí hoje de novo - Neguei com a cabeça - Vai sim e pronto. Ele tem que tomar banho, tomar esses remédios e eu fiquei de frente no morro, posso ficar vindo aqui toda hora não.

Noah: Vou dá banho em ninguém não, tá doido? - Disse incrédulo.

Froy: Vai sim - Da de ombros.

Noah: Porque você não dá banho nele?

Froy: Tá tirando? Sou homem porra - Olhei pra ele com ódio, nem parece que transou comigo, tenho paciência pra homem com masculinidade frágil não - Até parece que tu nunca viu a rola dele, vocês dois não namoraram, já?

Noah: Foda-se, eu não quero ver, caralho - Gritei e ele começou a rir da minha cara - Idiota.

Froy: Tu fica mó gostosinho nervoso, sabia? - Chegou perto de mim alisando meu rosto.

Noah: E a noção, amigo, perdeu? - Tirei sua mão do meu rosto fazendo ele rir.

Froy: Vou vazar, mais tarde eu broto aí.

Noah: Talvez eu mate ele hein - Ele riu - Passa lá em casa e pede a Any arrumar algumas roupas pra mim - Falei com um sorriso malicioso.

Froy: Otário - Sorriu e fez um toque comigo e saiu em seguida.

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° Guys, é o seguinte, a gente não sabe oque aconteceu no nosso perfil, mais as nossas historias estão com os nomes dos capítulos trocados. A gente ta vendo se aconteceu mais alguma coisa fora isso.

Espero que estejam gostando da adaptação até aqui e não se esqueçam de compartilhar, comentar e votar. Isso nos motiva muito.

O Nosso Recomeço || NoshWhere stories live. Discover now