22- Monster Among Men.

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8 meses depois.

Taylor On...

Eu seguia para mais uma missão em busca de Justin. Estava apenas com Dylan, que já estava ficando irritado de procurar aquele filho da puta por tanto tempo, ninguém aguentava mais caçar Justin, sendo que nunca o encontrávamos. Isso só nos motivava a continuar procurando, já que provavelmente isso significava que ele estava se reconstruindo.

Depois de voltar de trabalhar minhas habilidades com computadores, aquelas cuja eu não estivera usando tanto há alguns meses atrás, eu consegui achar mais uma pista de Justin, só restava saber se dessa vez resultaria em algo.

- Você vai pela esquerda, eu pela direita, até chegar a porta dos fundos – Dylan diz, indicando com os dedos.

Ele estava com uma arma e uma lanterna, assim como eu. A noite estava fria e escura, e estávamos meio longe de tudo, em um galpão, em uma cidadezinha perto de Byron Bay.

- Beleza – aceno com a cabeça.

Caminho pela lateral esquerda, segurando a arma e a lanterna com firmeza. O lugar tinha cheiro de lixo e minhas botas afundavam no barro.

Chego até a porta dos fundos com Dylan quase que na mesma hora, e quando indico que vou arrombar a porta, ele acena com a cabeça incentivando minha ação. Empurro a porta uma vez só, e ela se abre perfeitamente para nós.

- Belo chute, Momsen – ele me elogia.

Quando adentramos o local, o cheiro de sangue e suor que predominava me fez torcer o nariz.

- Provavelmente é um ponto das lutas que a JBC gerencia – Dylan conclui o que eu já tinha imaginado.

- E a Máfia não ficou sabendo? – Olho para ele, franzindo as sobrancelhas.

- Você sabe que são os meus sócios que mexem com as lutas, mas mesmo assim eles teriam me contado se algo sobre Justin tivesse aparecido, sabem que estou atrás dele – ele diz, olhando o lugar nojento.

Havia apenas umas pequenas arquibancadas espalhadas em círculo, e dentro dele havia um pouco de areia.

- A não ser que um deles não seja tão leal quanto você pensa – quando digo, ele volta o olhar para mim, suspeito.

- Você acha? – Franze as sobrancelhas.

- Você não? – Arqueio as sobrancelhas para ele.

- Não sei, eles nunca me traíram antes – Dylan parecia pensativo.

- Então talvez devesse pensar agora – suspiro. – Relaxa, se estiverem traindo você, a tortura é por minha conta, e daquele jeito peculiar – dou um sorrisinho para ele.

- Depois pensamos nisso – ele se volta para o lugar novamente. – Justin não está aqui, vamos incendiar essa merda.

Sendo assim, pegamos os galões de gasolina no carro e jogamos por todo o galpão fedorento. Dentro de alguns minutos, o lugar todo estava em chamas.

Olho para Dylan, sentindo o calor das chamas aquecendo minhas bochechas, e os olhos dele brilhavam em tons laranja. Quando ele olha para mim de volta, me puxa pela cintura e me dá um beijo rápido, eu sorrio no final.

- É bom estarmos de volta, Momsen – ele sussurra em meu ouvido.

- Acho que sim – olho nos olhos dele.

Dylan se afasta e coloca uma moeda de ouro perto da entrada do galpão, para mostrar à Justin que ainda não paramos de procurá-lo.

Voltamos para o carro e Dylan dirigiu de volta para Byron Bay. Uma música estranha tocava, eu não conhecia, e como estávamos calados, acabei dormindo durante o trajeto.

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