Luke On...
- Momsen? - Pergunto, já tremendo de medo.
- Sentiu saudades, Hemmings? - Ela pergunta, dando um sorriso maldoso. O jeito como ela pronunciou meu nome me deu calafrios.
- O que está fazendo? - Eu já estava com o coração disparado, e ainda com as mãos para cima, olho ao redor. Ninguém podia nos ver.
- Sinto muito por isso, Luke – ela dá um suspiro e eu franzo as sobrancelhas.
- O que está acontecendo, Momsen? Por que está tentando me matar? - Não me importava se o fato de eu ter começado a chorar fazia de mim um fraco, mas eu já estava desesperado.
- Sinto muito por isso, Luke - é só o que ela diz, de novo.
- Momsen? - A chamo. Ela olha para mim, com os olhos azuis pintados de vermelho. - Você está drogada de novo? - Agora já não podia acreditar.
- Não estou – ela afirma, com a arma ainda apontada para minha testa, tinha um silenciador na ponta da arma cromada.
- Então abaixa a arma – minhas lágrimas ainda rolavam, mas eu precisava aproveitar que ela estava hesitando. Acho que era a primeira vez na vida em que ela fazia isso.
- Preciso fazer isso, Luke – Taylor tenta dizer com firmeza, mas percebo que sua voz falha quando diz meu nome.
- Não precisa – tento respirar fundo, tentando fazer as lágrimas pararem.
- Porra! - Ela grita, e então abaixa a arma.
Finalmente consigo respirar, abaixo as mãos. Penso em correr, para aproveitar a súbita distração dela, mas ela tinha uma arma com um silenciador, isso não seria muito sensato.
- Agora vai me dizer o que está acontecendo? - Pergunto, engolindo em seco. Ela olha em meus olhos.
- Me mandaram aqui para matar você - ela ainda segurava a arma, e passava a mão pelos cabelos descontroladamente.
- Por quê? Quem iria querer me matar? - Franzo as sobrancelhas. Como assim tinham mandado ela para me matar? Isso não fazia sentido algum para mim.
- Porque você ser tudo que é, fez as pessoas odiarem você, Luke – Taylor começa a olhar para os dois lados, ela parecia tão desesperada quanto eu alguns segundos atrás. - Não podem ver que não matei você - ela guarda a arma na cintura, provavelmente presa na legging preta toda rasgada que ela usava.
- Quem mandou me matar, Momsen? - Vê-la daquele jeito estava me deixando mais aflito do que antes.
- Dylan O'Brien.
- E quem é esse? - Que não seja o chefe da Máfia. Que não seja o chefe da Máfia. Era só em que eu pensava.
- O chefe da A Máfia, eu sinto muito – ela diz, ainda olhando em meus olhos. - Para onde você estava indo?
- Para casa.
- Eu vou com você. Se aparecer alguém, não diga nada, e não faça nada – Taylor começa a andar na minha frente, e eu vou atrás dela.
- Não vou entrar no seu carro com você - digo, quando a vejo indo em direção a um estacionamento.
Ninguém parecia ter nos visto antes, e ninguém parece notar a garota com legging rasgada, um moletom cinza com uma jaqueta gigante preta por cima e botas também pretas, ali, na praia, comigo que vestia só uma camiseta, moletom, bermuda e chinelos. As pessoas de Byron Bay nem podiam imaginar que eu estive prestes a ser morto minutos antes, e que provavelmente ainda corro risco de isso acontecer nos próximos 20 minutos.
ESTÁ A LER
Miss Nothing.
Teen FictionTaylor Momsen, diabo loiro, assassina, sicária, mercenária, ou apenas Momsen, como preferia ser chamada. Todos na cidade de Byron Bay sabiam quem ela era, e todos corriam quando ela chegava, ou abaixavam a cabeça quando ela passava. Menos Luke Hemmi...