8- I'm Sorry.

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Taylor On...

- Tay, acorda, está na hora – acordo com a voz de Kaya me chamando. - Anda, preguiçosa, já são 8:30, a hora do Paul é as 9:00.

Abro os olhos e vejo minha melhor amiga ali, ela havia dormido comigo essa noite. O que eu fiz pra merecer essa garota?

- Me sinto tão cansada – levo minha mão a testa, minha cabeça doía pra cacete.

- Imagino que sim, já que passou toda a noite fora, mas agora você precisa ir – ela me empurra da cama. - Quando chegar você me conta tudo e depois pode dormir até a hora do próximo assassinato.

- Promete? - Pergunto, fazendo biquinho, enquanto levantava da cama.

- Sim, agora anda logo – ela se levanta também.

- Kay? - Chamo quando ela vai em direção a porta do quarto. - Estou com fome – inclino um pouco a cabeça.

- Claro que está - ela sorri. - Se arruma que eu faço alguma coisa pra você comer antes de sair.

Eu já disse que essa garota me mima demais? Porque é a mais pura verdade, eu não mereço alguém como Kaya.

Ainda era cedo, olho para o dia que ainda parecia preguiçoso lá fora, através da minha enorme janela. Acendo um cigarro, deixando meus pensamentos vagarem até Luke. Como eu pude me deixar ser uma pessoa tão horrível a esse ponto? Eu não consigo deixar de pensar em como vou fazer pra ele parar de achar que sou a pior pessoa do mundo agora.

Vou até meu guarda roupa e pego um moletom e uma meia arrastão. Hoje eu estava realmente desanimada, cansada e me sentindo um fracasso, mais do que nos outros dias. Apago o cigarro no cinzeiro do quarto, e começo a me vestir.

Quando já estava pronta, coloco minhas armas e facas organizadas no coldre ao redor da minha cintura, não estava animada nem para tortura hoje. Desço as escadas e encontro Kaya na cozinha, com um pijama super curto.

- Aqui, vai comendo esse misto quente – ela coloca um pratinho na minha frente.

- Não devia usar essas roupas com homens vigiando a nossa casa o tempo todo, sabe, eles podem vigiar você, se é que me entende – digo, pegando o misto quente e já o levando até a boca.

- Aqui – ela me entrega um copo térmico, que com certeza tinha café. - E aliás, deixa que eu sei me cuidar, Momsen.

Luke On...

Acordo cedo com o barulho das freiras chamando todos. Eu mal havia conseguido dormir depois que Taylor foi embora, não conseguia acreditar que depois de aposta, arma, e faca, agora podia adicionar tentativa de abuso a lista de coisas que Taylor Momsen apresentou para mim.

Saio da minha barraca e a primeira pessoa que vejo é Ashton, o único dos meus amigos que foi no retiro. Ele estava super animado, com um sorriso gigante no rosto. Enquanto eu, devia estar realmente um caco, com olheiras horrendas, provavelmente.

- Hemmings, foi o último a sair da barraca – a freira Mary diz. - Por isso, você vai ser responsável pela oração hoje.

- Ah, não vou não - digo, antes que possa me controlar. Todos olham para mim.

- Como não? - A freira que me segurou no dia em que nasci, pergunta, olhando para mim quase como se estivesse ofendida.

- Desculpe, tia Mary, acabei de acordar, não estou pensando direito – abaixo a cabeça.

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