31- Fucked Up World.

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Luke On...

Eu estava deitado ao lado de Taylor, ela fumava um cigarro olhando para o teto, completamente nua em baixo do lençol. 

Me sentia em êxtase, sem acredita no que tinha acontecido. Era assim que eu queria ir com calma? Que eu não queria me entregar para ela? Porque eu me entreguei, mais do que nunca. Confesso que não me sentia diferente agora que não era mais virgem, realmente era como se nada tivesse mudado, ao contrário do que a igreja e meus pais sempre falavam sobre sexo, dizendo que era pecado se praticado antes do casamento. Deus, eu faria questão de ser condenado por isso. Que Deus me perdoe, mas não vou mentir para Ele.

Acredito que não haja mais estágios para minha relação com Taylor, já passamos pela fase das mentiras, de se manter longe, da negação de sentimentos, das ameaças, e agora finalmente veio o "eu te amo" e o primeiro sexo. O que mais faltava para nós agora?

- Você nunca vai abandonar esse vício? – Pergunto, enquanto olhava para ela fumando.

Eu estava vestido apenas com minha cueca, em baixo dos lençóis também.

- Eu já estou fumando bem menos agora que está aqui – ela sorri de canto para mim.

Seus seios estavam cobertos apenas pelo cabelo loiro, que caía sobre eles perfeitamente.

- Andou fumando muito nos últimos meses?

- Quer mesmo falar sobre os últimos meses? – Ela suspira.

- Acho que precisamos – dou de ombros, virando para o lado dela.

- Eu fiquei arrasada no primeiro mês, foi o pior. Tive uma primeira semana horrível, entrei em depressão por que a culpa das pessoas que matei caiu sobre mim, e não saía da cama, acabei tendo uma infecção urinária e a Kaya me levou para a Máfia. Meio que fui obrigada a ficar lá até o estágio da depressão passar.

Taylor apaga o cigarro no cinzeiro ao lado da cama.

- Não sabia disso – toco o rosto dela com a ponta dos dedos.

- Não é algo sobre o que eu queira falar – ela respira fundo.

- Qual foi o próximo estágio?

- Depois da depressão e da infecção urinária, veio a negação, me negava a ficar me torturando na minha própria culpa de novo, acabei cheirando um pouco de cocaína, e usando drogas que não usava há um bom tempo. Indo a festas e transando, estava na Máfia sempre, de volta aos velhos hábitos. Ainda assim, não foi pior que a depressão – Taylor se deita totalmente embaixo do lençol agora, olhando para mim.

- Sinto muito por isso – me aproximo dela, dando um selinho em seus lábios.

- A culpa foi minha, foi eu que te larguei, afinal – dá de ombros.

- De qualquer forma, promete que vai largar o vício algum dia? Para o seu bem... – toco seus cabelos.

- Não posso prometer isso, sou viciada desde os 15 anos, então – Taylor revira os olhos.

- Eu posso provar? – Pergunto, de repente, me assustando com minha própria pergunta. Eu tinha mesmo enlouquecido?

Taylor começa a rir.

- Está louco? Não vou deixar você nem experimentar – ela passa os braços pelo meu pescoço. – Já cometemos muitos pecados hoje.

- Deus que me perdoe por querer ser condenado por eles – sorrio, beijando seus lábios.

[...]

Depois de ficarmos mais um bom tempo na cama, só aproveitando o momento "pós sexo", como Taylor havia chamado, nós descemos para almoçar. Cozinhei para ela, que parecia encantada ao me ver na cozinha, nunca achei a veria assim, tão leve, tão feliz. Queria vê-la assim sempre. Mas sabia que isso não era possível, tínhamos coisas com que nos preocupar, como sempre.

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