5- Kill Him.

91 11 30
                                    


Taylor On...

Porra. Porra. PORRA. Eu sou burra como o caralho, por que diabos fui fazer aquela droga de aposta? Qual é a droga do meu problema, inferno?

Eu ainda estava com o carro parado em frente à casa de Luke, e dou um grito abafado, encostando a cabeça no volante. Acho que ele nem precisa mais me conhecer, para ter certeza que me odeia a partir de agora. Mas o que eu posso fazer? Eu estava drogada, mal me lembrava de como fiz aquela aposta, só me lembro que Kaya comentou algo de Luke e alguma garota de lá disse que o conhecia, e então estavam fazendo apostas para ver se eu conseguiria trazer o maior good boy da cidade para uma festa "da galera".

Dirigindo para minha casa, me lembro da forma como ele saiu do carro e disse que não queria mais me ver. Parecia tão decidido. Eu não podia fazer mais nada agora, a não ser ficar longe dele, como ele mesmo me pediu, não sei se era aquilo que eu queria, mas como ele mesmo disse, eu não tenho nada para oferecer à ele, e ele tinha tudo para que eu pudesse tirar dele.

Chego em casa e verifico se Kaya já estava lá, e quando subo para o quarto dela, vejo a mesma dormindo com as roupas que estava na festa. Dou um suspiro e desço as escadas novamente, vou para a cozinha e me sento na bancada, pegando uma garrafa de tequila que estava no pequeno bar que tínhamos ali. Abro a garrafa, mas quando vou levá-la a boca, uma mão me interrompe.

- Acho que encher a cara já te deu muitas consequências hoje – Kaya aparece, tirando a garrafa da minha mão. Ela tinha o sono muito leve, e deve ter acordado quando entrei no quarto, merda.

- Tanto faz – respondo e desço da bancada.

- Ei, o que aconteceu? - Ela pergunta, se aproximando de mim. Kaya estava com a maquiagem borrada, e as sardas de seu rosto estavam visíveis.

- Só é melhor eu nunca mais chegar perto daquele garoto de novo – respondo, sem mais delongas, querendo evitar aquele papo.

Quando entro no banho, depois de fugir de Kaya, percebo que minha decisão estava tomada, não havia porque querer me aproximar de um cara como Luke, afinal, eu era uma assassina e ele era só... Luke, o bonzinho e querido Luke. Se eu me aproximar dele, seria o rumo para sua destruição.

Luke On...

Um mês depois...

Um mês havia se passado, eu não havia visto Taylor novamente, desde aquela noite. Minha vida seguia normal, e era como se aqueles dias nem tivessem existido, como se ela nunca tivesse pronunciado meu nome, ou aparecido no meu quarto no meio da noite, me colocado em uma aposta ou apontado uma faca para mim. No começo da semana, tive impressão que havia visto a Lamborghini dela passar por mim, mas não tenho certeza se era ela quem dirigia. Afinal, eu resolvi ignorar também o fato daquela noite ter acontecido, ninguém sabe, nem mesmo meus amigos, e pedi pra eles ignorarem também o fato dela ter aparecido na faculdade aquele dia.

Dessa forma, minha vida seguia na mesma rotina entediante de sempre. Ia para a igreja e lia muito. Eu estudava de manhã, e a tarde, agora já havia recuperado os 2 dias que de aula que perdi na parte da tarde depois que ela apareceu. Não é como se eu não pensasse mais nela, acho que na primeira semana eu meio que esperava que ela aparecesse, pela minha sorte, não apareceu.

Agora eu estava tomando um banho, era domingo e eu estava me arrumando para ir para a igreja. Saio do banho, com uma toalha enrolada na cintura e vou até meu guarda roupa. Nas últimas vezes que fui a igreja, decidi não usar minhas calças pretas típicas, e estava aderindo o uso de calças cáqui, não sei o que deu em mim para usar aquelas calças justas para ir para lá. Assim, visto uma calça cáqui marrom e coloco uma camisa branca

Miss Nothing.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora