13- Burn.

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Taylor On...

Porra, eu devia ser pior mulher do mundo. Como pude ser tão baixa? Usar Luke desse jeito? Mentir pra ele desse jeito?

A culpa pesava sobre mim, eu podia senti-la penetrando meus poros. Tinha dormido com Dylan, e masturbei Luke, no mesmo fim de semana. Eu conseguia mesmo ser uma tremenda babaca idiota.

Era só o que eu pensava, enquanto dirigia para casa, depois de outro assassinato. Eu não tinha conseguido me controlar, só estava pensando em mim e no desejo que ele parecia sentir por mim naquele momento. Vê-lo daquele jeito tão vulnerável, tão submisso a mim... não teve como ignorar. Sabia que precisava dele, mas se Luke soubesse o que eu fiz, iria me odiar para sempre.

Chego em casa, e vejo Griffin, que estava na minha porta, de guarda. Ele era alto, gigantesco, mas era um dos novatos.

- Boa noite, Momsen – ele me cumprimenta.

- Fala para o Dylan, que eu não quero os novatos – digo, irritada.

Tento entrar em casa, mas sua fala me faz parar.

- Já faz quase um ano que eu trabalho pra Máfia - ele franze as sobrancelhas. Como se isso fizesse diferença.

- E eu estou aqui há 6 anos, quer ver quem sabe mais? - Olho para ele, o fuzilando.

- Desculpe-me, Momsen. Tenha uma ótima noite – Griffin abaixa a cabeça, enrijecendo o corpo.

- Ótimo, guarda o carro na garagem, e deixa ele pronto aí na frente às 4:00 da manhã - falo como ordemzx, sem esperar por sua resposta, já entrando em casa.

Assim que entro, sinto o cheiro delicioso que vinha da cozinha. Era Kaya que cozinhava, e uma música lenta vinha do som da sala.

- Oi, Tay – ela sorri para mim, por cima do ombro.

- Oi, e aí?

Me aproximo dela, bagunçando seus cabelos e indo até a geladeira, tomando água direto da garrafa.

- Ei, está achando que minha cozinha é uma zona, mocinha? Eu tenho copos, sabia? - A vejo com uma mão na cintura e um olhar repreendido para mim. Dou risada.

Guardo a garrafa de volta na geladeira.

- Desculpe-me, minha donzela - faço uma reverência engraçada, que a faz rir.

- Como foi com o Luke, e o assassinato depois? - Kay pergunta, se voltando para o fogão.

- Foi ótimo com Luke, e quanto ao assassinato, eu consegui informação sobre um dos postos da JBC – digo, como se não fosse nada.

Ela se vira com uma cara chocada.

- Como é?! - Quase grita.

- É isso aí, gata - faço cara de orgulhosa.

- Como conseguiu? - Ela sorri.

- Esse foi o penúltimo cara da minha lista, por sorte, ele me disse o nome de um dos postos, e eu nem tive que torturar ele demais. Acho que ele estava irritado com Justin, ou algo assim, e com um pouco de tortura, consegui fazer ele falar – dou de ombros, acendendo um cigarro, enquanto me sentava na bancada.

- Torturou ele? Você nem está suja, e foi rápido, já que passou no Luke antes – ela continua mexendo algo na panela. Eu não sabia o que era, mas cheirava bem.

- Na verdade sim, mais rápido do que eu imaginava. Acho que a JBC falha muito com seu treinamento – digo, com escárnio.

- Depois a gente arma o plano de como vamos invadir o lugar. Vou pensar em algo enquanto termino o jantar, já estou atrasada. - Ela olha para o relógio na cozinha, que marcava 23:30 da noite.

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