10- Psycho?

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Narrador On...

Delegacia de polícia de Byron Bay, UAC, do FBI...

- E aí, Reid, descobriu mais alguma coisa? - Pergunta o agente Morgan, entrando na sala onde se encontrava apenas o garoto alto de cabelos castanhos, que encarava o quadro, inquieto.

Há algumas horas atrás, os outros agentes saíram para analisar as cenas dos últimos crimes.

- Sabe, ela me intriga, Morgan - diz o garoto. - Pra mim, não faz sentido que ela faça tudo isso assim, do nada, toda essa mudança repentina. Olha quantas pessoas ela matou naquele sítio, matou dois lutadores de boxe como se fossem duas garotinhas.

- Essa mulher sabe como fazer os homens ficarem totalmente aos pés dela – o agente tenta fazer uma piada, mas Reid não ri.

- Por ela não trabalha mais com a gangue? - Pergunta o Dr, olhando um dos arquivos de Taylor.

- Isso é uma coisa que está na minha cabeça também, será que ela brigou com alguém de lá? E por que começou a matar a gangue rival? Se ela brigou com a Máfia, não deveria estar matando eles? - Morgan pergunta, olhando para o quadro, agora sério.

- A não ser – Reid volta sua atenção para o quadro também. - Que nos enganamos, ela nos enganou. Creio que ainda esteja com a Máfia, mas que a assinatura mudou para dificultar nossa investigação, e assim, a JBC pensar a mesma coisa, que ela não trabalha mais com a Máfia, e que pegá-la esta mais fácil , o que não é o caso.

- Então continuamos ferrados – o agente diz, bufando.

- Precisamos do antigo perfil dela.

O Dr. Reid vai até a mesa, e liga para a técnica de computação, Penelope Garcia.

- Olá, menino gênio, estou aqui, para o que precisarem – diz Garcia, que estava na sede da UAC, em Quântico, Virgínia, no EUA.

- Eu já disse que não sou um gênio, Garcia - o garoto rola os olhos para ela, más em seguida fica sério novamente. - Penelope, você tem a primeira ficha da Taylor Momsen?

- Claro, Reid, mas sinto em te dizer que não temos muita coisa, o caso foi muito rápido, e ela parou de matar, então não pudemos mais trabalhar no caso aí na Austrália - ela responde, analisando a ficha que já estava aberta em um de seus computadores.

- Eu não trabalhei no caso, na primeira vez, estava afastado naquela época, então me mande tudo que tiver, Garcia – diz o agente, analisando mais uma vez os arquivos dos assassinatos.

Ao todo, Taylor já tinha matado quase 100 pessoas, só dessa vez. Quando a UAC trabalhou no caso dela, quase 2 anos atrás, ela tinha matado cerca de 10 pessoas, mas com o incêndio no prédio, foram quase 50 de uma vez, ninguém saiu vivo.

- Já está no seu celular, Reid – a mulher diz, digitando tudo rapidamente, acessando tudo do caso antigo.

- Não chegaram a fazer o perfil dela, exatamente, parece que só analisaram o caso – o garoto estranha.

- Foi um caso estranho – se pronuncia o agente Morgan, que ainda estava na sala. - Ela começou a matar, e descobrimos do orfanato, mas ela não tinha muita personalidade nos crimes, não deixava rastros e era uma atiradora.

- Eu percebi isso, achei muito estranho ela ter se tornado uma incendiária assim, não é uma atitude muito comum vindo de atiradores – diz, encarando o agente moreno, com a testa franzida. - Garcia, poderia me dizer o que Taylor sofreu no orfanato onde cresceu?

- Bom, Reid, ela cresceu em um orfanato, e faziam coisas horríveis com ela lá. Parece que ela era muito mal tratada, ela tentou ligar para a polícia várias vezes, mas ninguém aparecia. Parece que as freiras eram do tipo que batiam nas crianças quando faziam xixi na cama – a mulher parecia em choque, em frente a tela do computador, com uma caneta de unicórnio entre os dedos.

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