Capítulo 9

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Capítulo IX

Mais tarde, naquela mesma noite, Pansy encontrava-se jun­to ao piano dedilhando, quando viu Draco entrar no salão de baile, com o braço no ombro de um de seus amigos, sorridente e falando o tempo todo em voz baixa. Outras pessoas o seguiam, mas ela não prestou atenção, ela só tinha olhos para Draco.

Pansy sorriu ao perceber como ele aparentava estar feliz naquele mo­mento. Estava solto, com os olhos brilhando e a fisionomia relaxada.

- Santo Deus! - exclamou o amigo do conde ao olhar para ela.

Por um momento, Pansy imaginou que estava com o rosto sujo ou seu penteado se desmanchara. Sentiu uma estranha vontade de se virar e sair correndo.

Draco se aproximou.

- Lady Parkinson, acredito que já conheça a maioria de meus amigos, mas gostaria de lhe apresentar lorde Harry Potter. Harry, esta é lady Parkinson.

- Como está passando? - perguntou ela educadamente, curvando-se em seguida.

- Muito bem, obrigado. – Harry disse a Pansy, e dirigindo-se a Draco exclamou: - Mas você não me disse que ela era tão bonita! Onde a mantinha escondida, meu amigo?

- Em lugar algum. - Pansy se viu na obrigação de explicar.

- E sua voz é tão adorável quanto sua face. - elogiou lorde Potter. - Apenas diga-me, por que não veio antes para Londres?

Pansy estava a ponto de criticar o comportamento ridículo do lorde, flertando com ela, mas Draco a enlaçou pelo braço e a puxou para longe de seu mais novo admirador. Foi apresentada sucessivamente ao Sr. Neville Longbotton, lorde Theodore Nott, lorde Blaise Zabini, lady Daphne Greengrass, lady Emilia Bulstrodge, que aparentavam ter a mesma idade que ela, e lady Luna Lovegood.

- E esta é lady Astoria Greengrass, que você já conhece, é claro.

A beldade, embora tentasse, não pôde esconder o choque ao vê-la. Pansy sentiu um pouco de irritação com a presença da lady, mas controlou-se para esconder seu desagrado.

- Como vai, lady Parkinson? - murmurou num fio de voz. - Está tão diferente... tão bem trajada... e...

Lorde Nott interrompeu-a e terminou a frase:

- Encantadora.

- Sim - concordou lorde Zabini.

- De fato! - exclamou sir Longbotton.

Pansy sentiu um rubor intenso corar-lhe as faces. Ser apresentada a um grupo tão seleto de cavalheiros e, ao mesmo tempo, ouvi-los elogiá-la daquela maneira era algo que jamais havia experimentado. Agradeceu a todos por terem vindo ajudá-la, o que os levou a tecerem novos elogios a seu respeito e a desejar-lhe uma excelente temporada em Londres.

Mas mesmo em meio ao movimento a seu redor, percebeu quando Draco segurou o braço de lady Astoria e afastou-se dos demais. A bela e delicada jovem contorcia o corpo a cada palavra que dizia, como uma cobra que se prepara para cercar sua vítima. O conde parecia completamente alheio à sua posição predatória, e Pansy não pôde deixar de pensar na possibilidade de adverti-lo que o que parecia ser uma mulher bem-educada na realidade não passava de um réptil disfarçado e pronto para dar o bote.

Então, agradeceu a Deus e sentiu-se aliviada quando o professor de dança convocou os participantes e começou a dar as primeiras instruções. Fazendo par com lorde Zabini, executou os passos da quadrilha com perfeição, embora lady Lestrange não lhe poupasse críticas e sugestões.

Logo, o que poderia ter sido uma experiência frustrante, tornou-se uma ocasião agradável devido à natureza informal da relação de Draco com seus amigos. Havia uma cumplicidade geral entre o grupo. Os cavalheiros, longe de serem críticos, quando a viam perder os passos, tendiam a se desculpar, assumindo a culpa pelo erro. As damas também, com exceção talvez de lady Astoria, eram amáveis e a incentivavam, elogiando-lhe o desempenho em cada dança. Draco também não podia se comportar de maneira mais adequada, contendo seus comentários normalmente provo­cativos, ele exaltava-lhe as qualidades enquanto dançavam.

Procura-se um noivo - DRANSYWhere stories live. Discover now