Capítulo 10

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X

Na tarde seguinte, Pansy acompanhou Lorde Nott até a porta.

- Até logo - despediu-se, estendendo-lhe a mão com graciosidade. - Aguardo ansiosa nossa dança desta noite. E obrigada pelas flores. São lindas.

O rapaz curvou-se numa mesura sobre a mão estendida.

- Era o mínimo que podia fazer. Mais bela ainda é a senhorita - devolveu o elogio, corando.

- Que gentil cavalheiro - gracejou, abrindo a porta. - Adeus.

Quando a porta se fechou atrás de si recostou a cabeça à madeira, perplexa. Sir Lorde Nott fora o sétimo visitante daquela tarde. Sete cavalheiros no total e oito buquês de flores. Virou-se para admirar os arranjos dispostos sobre a mesa localizada próxima ao hall de entrada. Nunca recebera tantas atenções e não compreendia ao certo por que de uma hora para outra se vira cercada por tantos pretendentes. Aquilo era inacreditável!

A porta se abriu atrás de Pansy.

- O que Lorde Nott veio fazer aqui? - questionou-a Draco, surgindo atrás dela.

Pansy sorriu, provocadora.

- Me visitar - retrucou, em tom afetado.

- Por quê? - perguntou o nobre quase gritando.

- Por favor, diminua o tom de voz. Sua tia Bella quer cochilar até a hora de se arrumar para o baile.

Ele pressionou os lábios.

- Apenas me diga o que Lorde Nott estava fazendo aqui - interpelou-a, desta vez em tom mais ameno.

Draco estivera ocupado com seus próprios compromissos, portanto não podia saber o que as três últimas horas representaram para ela.

Pansy o viu estacar no meio do saguão e fitar com expressão horrorizada a coleção de buquês disposta à mesa.

- O que significa isso?

- Flores. Não está vendo? São dos meus admiradores – respondeu ela orgulhosa.

- Ainda nem esteve presente num sarau. De quem são?

- Para seu governo três deles são de Vicent, Gregory e Adrian. Parece que vieram para a cidade para me dar apoio.

Ele a fitava, perplexo.

- Seus amigos de Wiltshire?

- Isso mesmo. – Pansy disse satisfeita.

Draco era alguns anos mais velho que ela, portanto não tinha muito contato com seus amigos de infância. Mas ele não gostou de saber que eles vieram até Londres única e exclusivamente por causa de Pansy.

- Espero que se comportem de maneira civilizada e não a façam perder a chance de conseguir um matrimônio apropriado.

- Ai Draco. Não consigo entender por que está tão furioso.

- Não estou nada furioso - retrucou, irritado. - Apenas acho que isso é ridículo. E os demais buquês? Não me diga que foram enviados pelos meus amigos, porque eu não vou acreditar.

- Se não quer que o diga, assim o farei.

- Deus do céu! Eles ficaram malucos?

- Draco, agora você não está sendo nem um pouco gentil. Talvez eles estejam sendo apenas cavalheiros, coisa que não posso dizer de você.

A expressão de Draco se suavizou.

- Desculpe-me, Pansy. Não sei por que estou irritado. É tudo tão repentino, todo esse interesse... Pretende se casar com algum deles?

Procura-se um noivo - DRANSYWhere stories live. Discover now