Capítulo 13

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Capítulo XIII

Na noite seguinte, Pansy adentrou os salões de festa do Almack e ficou surpresa ao constatar a simplicidade do local. A julgar pela disputa por um convite para frequentá-lo, esperava algo mais magnificente. Mas a elegância ficava por conta das pessoas que lá estavam.

Ela não ficou surpresa quando atravessou o salão de braços dados com Draco e o ambiente mergulhou num desconfortável silêncio. Desde que a corte ficara sabendo do socorro que prestara a lorde Harry, ela se tornara objeto de muitos rumores, apesar dos esforços em contrário de lady Lestrange.

Draco a segurava bem junto a ele, sorrindo polido para os co­nhecidos que encontrava no caminho.

- Tudo vai ficar bem. Confie nas habilidades de tia Bella - assegurou-lhe num sussurro.

- Olá, lady MacGonagal.

- Como vai, Draco?

- Bem, obrigado. Conhece a srta. Parkinson?

- Claro. Que lindo vestido, minha jovem. O amarelo lhe cai muito bem.

- Obrigada, milady - redarguiu Pansy, fazendo uma re­verência.

A senhora continuou os acompanhando pelo salão.

- Acho que fez uma excelente ação, minha cara - assegurou lady MacGonagal por detrás do leque aberto. - Deve perdoar aqueles que não vêm com bons olhos a sua atitude. - Fechou o leque e a fitou nos olhos. - Fiquei sabendo hoje pela manhã, pelo seu médico, que lorde Harry ainda inspira cuidados.

- Sim. O Dr. Pomfrey escreveu a lady Lestrange essa ma­nhã, informando-a sobre seu estado de saúde. Não me admiro que ele não tenha se recuperado totalmente. Afinal, ontem estava bas­tante doente. Por outro lado, acho que o lorde Potter se restabe­lecerá em breve, já que não consegue ficar muito tempo longe das mesas de carteado de Mayfair. - O comentário provocou algumas risadas dos que estavam próximos a eles. - Draco lhe mandou uma cesta de limões pela manhã. Dizem que eles têm propriedades revigorantes, principalmente se adicionados a uma xícara de chá com mel.

- Oh, aqui está a duquesa Potter - disse lady MacGonagal.

Draco fez uma profunda reverência, assim como Pansy e a outra senhora.

- Srta. Parkinson. - A duquesa dirigiu-lhe um sorriso afe­tuoso. - Esperava ansiosa encontrá-la essa noite. Desejo expres­sar minha gratidão por tudo que fez por meu filho. - Em seguida, pegou um lenço, levando-o aos olhos. - Não sei o que poderia ter acontecido com ele se o tivesse deixado à própria sorte. Harry é tão relaxado com sua saúde!

Pansy apenas sorriu, tentando manter o sorriso doce, quando queria gargalhar. Apesar da performance teatral da duquesa, havia certa sinceridade em seu tom de voz.

- Não podia agir de outra forma. Quando chegamos ao anfi­teatro notei que lorde Harry estava com febre e seu estado foi piorando a ponto de ele não conseguir sequer andar sozinho.

A duquesa meneou a cabeça, fingindo-se desconsolada.

- É por isso que só tenho a dizer que sou profundamente grata por tudo que fez e que me sinto em débito com a senhorita.

- De forma alguma. Fico feliz por ter sido útil.

Lady Lílian Potter afastou-se e não levou muito tempo para Pansy descobrir que aqueles que duvidaram de sua reputação ha­viam mudado de atitude de maneira radical. Lady MacGonagal, por si só, bastaria para restaurar-lhe a posição frente à sociedade, mas o reforço da duquesa Potter fora por certo a razão para que todos voltassem a tratá-la de maneira acalorada e atenciosa.

Procura-se um noivo - DRANSYWhere stories live. Discover now