Capítulo 11

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Capítulo XI

Uma hora depois, a carruagem parou defronte à porta da mansão da Sra. Rosier e um criado de libré ajudou as damas a descer. Pansy suspirou. Ela estava ciente de cada batida de seu coração. Tudo que tinha a fazer era enfrentar a situação.

De braços dados com Draco, transpôs os portões da suntuosa residência a caminho de seu primeiro baile em Londres. Estava fazendo um trabalho descomunal para manter-se calma, já que o evento estava repleto com a nata da corte e dele dependia todo o seu sucesso nessa temporada.

- Todos estão aqui! - exclamou lady Lestrange.

- Sim, tem razão - concordou o sobrinho.

Pansy não conseguia falar. Estava deslumbrada com a opulência da casa e dos convidados. Diamantes, rubis, safiras alternavam-se ante o olhar deslumbrado de Pansy bem como as sedas, rendas e cetins que as damas trajavam. Os homens não eram superados em elegância, as cores predominantes eram o preto, marrom e cinza. As damas trajavam vestidos coloridos, como se fossem flores. E hoje ela era uma delas. Quem poderia dizer, algumas semanas antes, que hoje ela estaria vestida e penteada como uma dama?

Ao atravessar o salão, guiada pelo braço firme de Draco, notou todos os olhares voltarem-se para ela. Sabia que a notícia de uma nova herdeira em Londres era o assunto preferido nas rodas da corte. A fama de moça solteira e rica a precedera na mansão Rosier. Sentia-se como uma égua em exposição. Mas nada disso importava, o mais importante era: estaria seu futuro marido no meio daqueles cavalheiros?

Suspirou profundamente. Gostaria de ter nascido com outro temperamento. Algo similar à fixação de lady Astoria pelo matrimônio desde criança. Isso lhe facilitaria as coisas. Ela estaria mais feliz e animada agora, desejosa de encontrar um bom cavalheiro. Mas ao contrário disso, sentia-se cada vez mais perdida, representando um papel que não era ela, dando adeus aos seus sonhos e planos de uma vida independente e aventureira.

De repente, se viu postada entre o sr. e a sra. Rosier, desmanchando-se em cerimônias, enquanto os cumprimentava pela magnitude da residência. Em seguida, ainda ladeando Draco junto com lady Lestrange, continuou o trajeto pelo salão. Não muito distante, escutou a orquestra tocar uma quadrilha e sentiu os nervos se retesarem. Seria capaz de executar a dança sem destruir o pé de seu par?

Draco inclinou-se em sua direção.

- Ali está Lorde Nott. Sua próxima dança não está reservada a ele?

Ela o fitou, sorrindo.

- Obrigada por me lembrar.

Ele a entregou ao rapaz e Pansy sentiu todos os olhares pousados nela quando tomou seu lugar no lado oposto de Lorde Nott. Tentou ignorar toda a atenção e se concentrar apenas nos passos que teria de executar com graça e elegância. A música ecoou no salão e ela começou a movimentar-se como fora treinada a fazer. Pela expressão estampada no rosto do parceiro, parecia estar executando os passos a contento.

As próximas duas horas revelaram-se bastante agradáveis. Pansy descobriu que adorava dançar. E o mais surpreendente, descobriu que gostava da companhia masculina. A maneira como contavam anedotas e sussurravam poemas enquanto dançavam, os elogios gentis e olhares de cobiça que a lisonjeavam. Era estranho mover-se nos braços de tantos homens diferentes num curto espaço de tempo e ter infinitas taças de champanhe oferecidas pelas mãos desses mesmos cavalheiros. Imaginou o que eles diriam se a vissem montar a pelo no lombo de um cavalo.

Ao findar a polca, o sr. Zabini, o melhor amigo de Draco, lembrou-a de que a próxima dança seria dele. Assim eles dançaram com facilidade, com fluidez e naturalidade. Com lorde Zabini Pansy se sentia muito à vontade. Quando a música cessou, o sr. Zabini guiou-a para fora do salão de dança. Nesse momento Pansy pôs-se a olhar em volta do salão, imaginando onde estaria Draco e se ele estaria lembrando que a próxima dança estava prometida para ele.

Procura-se um noivo - DRANSYWhere stories live. Discover now