Capítulo 16

67 7 10
                                    

No meio da madrugada, depois de ter caído num sono profundo, Pansy acordou sentindo calor. Imediatamente o cheiro de fumaça invadiu-lhe as narinas e ela se ergueu em um pulo, sentando-se na cama e jogando as cobertas para o lado. Ela suspeitou de que era um incêndio, então saiu da cama e correu em direção à porta, ouvindo passos apressados no corredor. Tão logo ela saiu do quarto Draco se materializou diante dela, usando apenas um pijama e, em seguida, a segurou pelos braços.

- A sala de música está em chamas!

- Santo Deus! Onde estão tia Bella e os criados?

- É o que vamos descobrir agora.

Em instantes ela estava sendo guiada pelas escadas em direção à porta de saída onde encontrou sua benfeitora. Draco a levava pela mão. Já fora da mansão ela observou, surpre­sa, os criados da casa, unidos a outros da vizinhança, arrecadarem toda a água que podiam arranjar num verdadeiro mutirão de com­bate ao fogo.

Uma hora mais tarde, as chamas, que se espalharam pelas pa­redes da sala de música, haviam sido apagadas. Pansy adentrou o recinto chamuscado, de braços dados com lady Lestrange.

- Decorei este ambiente com tanto esmero - lamentou a se­nhora com a voz embargada. - Não poderei suportar ver a apa­rência dessa sala. Foi um presente a Cissa.

Pansy olhou para cima. As cortinas haviam pegado fogo e as labaredas se espalharam, queimando o teto.

- Estou certa de que foi uma vela que esqueceram acesa.

- Mas Monstro é sempre tão cuidadoso. Ele não se recolhe sem verificar se está tudo em ordem na casa - argumentou lady Lestrange, acompanhando o olhar de Pansy para observar o estrago que sofrera o teto.

- Seu quarto não fica bem acima desta sala?

Pansy sentiu um tremor perpassar-lhe o corpo.

- Sim – Ela respondeu com um gemido.

Aquele odor lhe era familiar. Memórias de um outro incêndio, há muito enterradas nos recônditos de sua mente, voltaram de imediato, fazendo-a reviver a dor da perda. Naquele instante, Draco juntou-se a elas.

- Acho que não deve dormir em seu quarto esta noite Pansy. Deixarei alguns criados de vigília para me certificar de que o fogo se ex­tinguiu por completo, e amanhã providenciarei para que os reparos se iniciem de imediato.

Pansy olhou em di­reção a lady Lestrange e notou que ela estava soluçando com um lenço encostado aos lábios. Comovida, abraçou-a de maneira carinhosa, guiando-a em direção ao quarto. Pelo caminho, dirigia-lhe palavras de enco­rajamento, chamando sua atenção para o fato de toda a vizinhança ter se mobilizado para salvar a residência. Isso demonstrava o quanto era querida.

- Mas veja esses carpetes! - queixava-se tia Bella, assoando o nariz no lenço.

- Podem ser limpos e repostos em breve.

- E o cheiro de queimado que assola a casa?

- Até parece que não conhece a sra. Pierce. Ela não vai des­cansar enquanto a casa não estiver brilhando. Tenho pena dos cria­dos que estão sob suas ordens. Terão de trabalhar feito escravos para colocarem as coisas a seu gosto.

Lady Lestrange pareceu se convencer e sorriu divertida, en­quanto ambas subiam as escadas.

- É melhor dormir no quarto contíguo ao meu. Fica longe da sala de música, portanto não correrá nenhum risco.

- Ótima ideia. Mas antes vou acompanhá-la até seu quarto.

- É tão boa para mim - afirmou tia Bella, emocionada. – Como uma filha.

Procura-se um noivo - DRANSYHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin