No meio da madrugada, depois de ter caído num sono profundo, Pansy acordou sentindo calor. Imediatamente o cheiro de fumaça invadiu-lhe as narinas e ela se ergueu em um pulo, sentando-se na cama e jogando as cobertas para o lado. Ela suspeitou de que era um incêndio, então saiu da cama e correu em direção à porta, ouvindo passos apressados no corredor. Tão logo ela saiu do quarto Draco se materializou diante dela, usando apenas um pijama e, em seguida, a segurou pelos braços.
- A sala de música está em chamas!
- Santo Deus! Onde estão tia Bella e os criados?
- É o que vamos descobrir agora.
Em instantes ela estava sendo guiada pelas escadas em direção à porta de saída onde encontrou sua benfeitora. Draco a levava pela mão. Já fora da mansão ela observou, surpresa, os criados da casa, unidos a outros da vizinhança, arrecadarem toda a água que podiam arranjar num verdadeiro mutirão de combate ao fogo.
Uma hora mais tarde, as chamas, que se espalharam pelas paredes da sala de música, haviam sido apagadas. Pansy adentrou o recinto chamuscado, de braços dados com lady Lestrange.
- Decorei este ambiente com tanto esmero - lamentou a senhora com a voz embargada. - Não poderei suportar ver a aparência dessa sala. Foi um presente a Cissa.
Pansy olhou para cima. As cortinas haviam pegado fogo e as labaredas se espalharam, queimando o teto.
- Estou certa de que foi uma vela que esqueceram acesa.
- Mas Monstro é sempre tão cuidadoso. Ele não se recolhe sem verificar se está tudo em ordem na casa - argumentou lady Lestrange, acompanhando o olhar de Pansy para observar o estrago que sofrera o teto.
- Seu quarto não fica bem acima desta sala?
Pansy sentiu um tremor perpassar-lhe o corpo.
- Sim – Ela respondeu com um gemido.
Aquele odor lhe era familiar. Memórias de um outro incêndio, há muito enterradas nos recônditos de sua mente, voltaram de imediato, fazendo-a reviver a dor da perda. Naquele instante, Draco juntou-se a elas.
- Acho que não deve dormir em seu quarto esta noite Pansy. Deixarei alguns criados de vigília para me certificar de que o fogo se extinguiu por completo, e amanhã providenciarei para que os reparos se iniciem de imediato.
Pansy olhou em direção a lady Lestrange e notou que ela estava soluçando com um lenço encostado aos lábios. Comovida, abraçou-a de maneira carinhosa, guiando-a em direção ao quarto. Pelo caminho, dirigia-lhe palavras de encorajamento, chamando sua atenção para o fato de toda a vizinhança ter se mobilizado para salvar a residência. Isso demonstrava o quanto era querida.
- Mas veja esses carpetes! - queixava-se tia Bella, assoando o nariz no lenço.
- Podem ser limpos e repostos em breve.
- E o cheiro de queimado que assola a casa?
- Até parece que não conhece a sra. Pierce. Ela não vai descansar enquanto a casa não estiver brilhando. Tenho pena dos criados que estão sob suas ordens. Terão de trabalhar feito escravos para colocarem as coisas a seu gosto.
Lady Lestrange pareceu se convencer e sorriu divertida, enquanto ambas subiam as escadas.
- É melhor dormir no quarto contíguo ao meu. Fica longe da sala de música, portanto não correrá nenhum risco.
- Ótima ideia. Mas antes vou acompanhá-la até seu quarto.
- É tão boa para mim - afirmou tia Bella, emocionada. – Como uma filha.
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Procura-se um noivo - DRANSY
Hayran KurguPansy Parkinson só receberá a herança de seu falecido tutor, conde Malfoy, depois de casar. Draco, filho do conde, só receberá sua fortuna quando Pansy for casada. Enquanto a desajeitada Pansy busca o noivo perfeito, Draco encontra o verdadeiro amor...