Capítulo 17

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Depois na realização de que amava Draco, Pansy passou a pensar no que faria de sua vida. Ela chorou até não ter mais lágrimas na madrugada anterior, imaginando que o jovem conde não correspondia aos seus sentimentos, então só lhe restava seguir em frente. Era como se um buraco negro tivesse sido aberto em seu coração naquele momento de solidão e abandono, mas ela precisava esquecer isso e seguir em frente.

Pansy decidiu encarar os fatos, como fizera com a questão de sua fortuna. Na noite passada ela teve ciência que não era boa o suficiente para Draco ou para ser a condessa de Malfoy. Era apenas uma órfã.

Ela rumou para Brook Street à procura de Blaise. Por sorte ele estava em casa e a recebeu com grande alegria em sua sala de estar.

- A que devo a honra desta visita? - inquiriu com gentileza. - Confesso que ela me enche de esperanças.

Pansy sentou-se na poltrona contígua a dele.

- Na verdade, não sei se vim aqui como amiga ou como uma pretendente. Sei que lhe encorajei a corte, pois sempre soube que o senhor daria um excelente esposo. No entanto, concluí que não seria justo continuar incentivando-o, pois não poderia me unir ao senhor já que... - Estacou, sem coragem de continuar.

- Já que não me ama?

Ela assentiu com um gesto de cabeça.

- É por causa de Draco?

Pansy ficou surpresa por ele ter adivinhado, mas não queria que mais alguém soubesse de seus sentimentos não correspondidos pelo jovem conde.

- Por que diz isso?

O lorde deu de ombros.

- Estive os observando juntos e concluí que não só é apaixo­nada por ele, como meu amigo também o é pela senhorita. Ontem à noite na festa, embora ele tivesse razões para nos interromper, acho que só o fez por nos ver juntos e não porque seu primo estava passando dos limites.

Pansy desviou o olhar, incapaz de encará-lo por mais tempo. Sentia um profundo pesar em seu coração, mas decidiu compartilhar com Blaise.

- Draco não me ama, se é isso que está pen­sando. Ele nunca o faria. Acredita que eu não sou digna do posto de condessa Malfoy e jamais me pediria em casamento.

- Então meu amigo é um idiota.

Ela o fitou nos olhos, notando a sinceridade de suas palavras.

- É sempre muito gentil comigo. Perdoe-me por não lhe corresponder as intenções, o Sr. era minha única opção na verdade, o único que despertou meu interesse. Infelizmente nunca pretendi me casar, porque sempre desejei ter uma vida livre, conhecer o mundo. Um marido não me permitiria fazê-lo. Serei eternamente grata pelo seu apoio durante essas semanas. Mas sinto que, pela amizade que temos, não posso continuar com isso. É para o seu próprio bem.

- Eu não preciso perdoá-la por nada, minha querida. Entendo-lhe os anseios e posso suspeitar seus motivos. Mas saiba que eu seria o marido que você tanto deseja.

- Impossível – Pansy murmurou incrédula.

- Não me crê?

- É difícil...

- Pois eu lhe garanto que ao meu lado você poderia fazer o que bem quer, incluindo viajar pelo mundo. Eu seria aquele que estaria sempre aqui lhe esperando de braços abertos quando não pudesse acompanhá-la em suas viagens exploratórias.

- Impossível! - Pansy murmurou mais uma vez enquanto encarava lorde Blaise a procura de qualquer sinal de que ele mentia. Ela viu apenas sinceridade.

Procura-se um noivo - DRANSYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora