O filho do Batman

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Quando acordou, Diana estava perfeitamente encaixada entre os braços de Bruce e um dos travesseiros da cama. Ela ainda não compreendia o motivo de tantos travesseiros, mas gostava de dormir com um extra para deixar a perna apoiada.

Lembrou-se de que levou muito tempo para conseguir se acostumar a dormir em camas como aquelas. Não que na ilha em que nasceu, ela dormisse no chão, eram apenas culturas diferentes.

Diana fechou os olhos novamente, a cabeça sobre o peito de Bruce, poderia esperar mais alguns minutos antes de se levantar, afinal, a noite pareceu levar mais tempo para terminar, não estava com pressa da manhã passar.

Ela pensou que em Bogotá seria a última vez que compartilhariam uma noite juntos. Mas se sentia feliz por estar enganada sobre isso. Foi então que Bruce despertou, alisando os dedos sobre seu ombro, beijou-a na cabeça e se levantou da cama, caindo no chão e fazendo uma série flexões. Por alguns minutos Diana apenas observou, então ela se levantou e sentou sobre as costas dele, não houve reclamação com a série dificultada.

Algumas batidas na porta tirou o casal da brincadeira. Bruce se levantou e vestiu uma calça. Ele abriu a porta e Diana pode ouvir a voz de Alfred, entregando uma mensagem urgente de Lucius Fox.

Bruce dispensou Alfred e virou-se, olhando para Diana.

— Eu preciso trabalhar. — Ele falou. — Após o café, irei passar na empresa. Prometo que não vai demorar. — Enquanto fazia seus planos para aquela manhã, Bruce caminhava até o banheiro, lavando o rosto na pia. Ele retornou para o quarto, procurando por Diana. — Chego na hora do almoço.

Diana estava sentada na cama. Ela já havia notado o empenho de Bruce desde a noite anterior. Não negava que estava gostando muito de vê-lo naquele vigor para fazer dar certo, porém, não seria assim tão simples mudar da noite para o dia. Uma relação como a deles não iria vingar de maneira tão rápida.

— Você não precisa se esforçar tanto. — Diana o abraçou, levando as mãos até o pescoço dele. — Não quero que se sinta obrigado, ou forçado a fazer algo que não quer. Além do mais, tenho que ir para casa...

— Eu não costumo fazer coisas que não quero. — Bruce a beijou, pegando-a no colo. — Temos uns cinco minutos para tomar banho, acho que podemos aproveitar.

Ao sair do banho, Diana, enrolada na toalha, encontrou seu vestido limpo e bem passado em cima da cama. Bruce terminava de abotoar a camisa, e dar o nó em sua gravata. Assim que estavam prontos, desceram para tomar o café. Nas escadas, Diana podia ouvir uma discussão vinda do corredor do saguão da mansão.

A expressão fria de Bruce não parecia ser muito contente em ouvir aquelas vozes, ele pediu para Diana ir até a cozinha, encontra-se com Alfred, pois iria resolver um problema. E então, uma criança apareceu na ponta da escada, vestindo uma jaqueta jeans e calças pretas. Seu semblante era de ira, e Diana sabia muito bem o que significava aquela cara.

— Um problema? Esse é agora meu nome... pai. — O garoto enfiou as mãos dentro da jaqueta e encarou Diana. — Você me largou com aquele babaca para dormir com essa mulher?

A velocidade que Bruce chegou até o garoto demonstrou que ele não estava ali para brincadeiras.

— Respeite os meus convidados. — Sua voz era dura e impaciente. — Essa mulher é a Princesa das Amazonas de Themyscira, sua mãe deve ter ao menos te dado um pouco de cultura e educação para saber que não é uma boa ideia abrir a boca e ofendê-la.

Alfred e Dick Grayson se juntaram na ponta da escada. Diana estava muito chocada com a revelação de um filho para conseguir cumprimenta-los.

— Desculpe, esse garoto não parou quieto um minuto desde que a gente se encontrou ontem a noite... — Dick esticou a mão e acenou para Diana. — Ah! Oi, Mulher Maravilha. Belo vestido. — Ele piscou, fazendo charme ao jogar o cabelo para trás. Vestia uma camiseta preta e calça jeans, com um par de tênis riscado com canetinhas pretas. Bastante diferente de quando Diana o conheceu, como Robin. Sabia que o rapaz se emancipou do Batman, e que estava com um codinome diferente, mas não o vira desde então.

Os sentimentos da Princesa GuerreiraWhere stories live. Discover now