Apenas um recomeço

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Capítulo final, seguido de 2 epílogos. Boa leitura.


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A embaixada de Themyscira ficava na ilha de Manhattan, era uma bela casa de quatro andares com mais de cem anos de idade, construída pela famosa arquiteta grega Jocasta Papadaki. A faixada da casa possuía duas janelas de vidro imponentes e uma porta branca com duas colunas gregas. O hall de entrada se estendia até uma sala de estar, onde diversas obras de arte grega estavam expostas.

O primeiro andar ainda possuía uma cozinha bem arejada e com vários armários e um fogão industrial, com eletrodomésticos recém comprados, de última ponta. Nos fundos, um jardim com uma fonte em homenagem à deusa Afrodite, não era um quintal grandioso no tamanho, mas possuía verdadeiras obras de arte feitas a partir de plantas. Nos andares superiores, quartos e banheiros dividiam um espaço que poderia receber uma boa quantidade de hóspedes.

Diana viveu nesta casa por algumas semanas, logo que ela foi inaugurada nos anos oitenta, ainda no século vinte. Depois disso, deixou que a embaixada ficasse aos cuidados de representantes gregas da confiança de sua mãe, a Rainha Hipólita, enquanto ela participava de várias missões da Liga da Justiça pelo mundo, e também em outros planetas.

E agora a amazona retornava ao seu verdadeiro lar na cidade grande. Ela recebeu o posto de Consulesa Geral na Embaixada de Themyscira, desvinculando os serviços com a Embaixada grega. Agora, a Ilha de Themyscira era membro da ONU.

Diana possuía uma colaboradora para ajudar a montar sua nova equipe de trabalho. Estava ansiosa para voltar a sua posição como representante na embaixada, de maneira oficial. Mesmo que as reuniões fossem cansativas e tivesse que encarar protestos e mensagens violentas. Diana sentia que estava pronta para voltar ao trabalho permanentemente.

Ela contratou Jasmine para o serviço de assistente. Diana também possuía muitas tarefas para serem realizadas e estava com projetos que iam de palestras em escolas, até visitas guiadas na própria embaixada. Queria abrir as portas para acolher quem precisasse de ajuda, ou então apenas para sanar a curiosidade das pessoas.

Shayera, sentia-se festeira com aquela mudança e conseguiu convencer Diana a realizar uma festa de reinauguração da Embaixada. A Mulher Gavião se ofereceu para preparar os convites e tudo o que fosse preciso em um tempo recorde que deixou Diana realmente admirada com a boa vontade e habilidade da amiga.

Assim, conforme prometido, Shayera cumpriu exatamente tudo o que disse que faria. Os convites foram enviados e o dia da festa havia chegado rápido.

Em sua suíte, Diana terminava de colocar os brincos. O quarto possuía uma decoração simples, conforme ela havia imaginado. Até porque, não havia motivos para reformar toda a casa e comprar mais móveis, senão, repor os que estavam obsoletos.

Ao se olhar no espelho, ela concluiu que estava pronta. Em todos os sentidos.

A porta abriu e Diana supôs que fosse Jasmine, para avisar que os convidados já estavam chegando, entretanto, quando ela se virou, encontrou uma outra pessoa parada no meio do quarto.

— Damian? O que faz aqui? — Ela perguntou, ajeitando os braceletes dourados nos pulsos, o último toque que faltava para complementar o visual que consistia em um vestido longo branco e com decote nas costas.

— Recebemos um convite para a festa. — Damian enfiou a mão no bolso da calça. Ele vestia um terno preto de bom gosto e elegante, com uma grava azul marinho sobre uma camisa branca. Estava com um olhar desinteressado, fazendo uma pose de garoto rebelde.

— Oh! Sim, é claro. Eu enviei os convites. — Diana sorriu. — Quis dizer o que faz aqui em meu quarto.

— Eu queria conversar com a senhora. — O menino andou até a porta e a fechou, sem pedir permissão para fazê-lo. Embora Diana não fosse negar uma conversa com o rapaz. — Quero falar longe das outras pessoas, é um assunto pessoal.

Os sentimentos da Princesa GuerreiraWhere stories live. Discover now