Sem ressentimentos!

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Katherine Spencer chegou ao supremo tribunal de Washington acompanhada por suas clientes Kendra Smith e Diana Prince. Assim que desceram do automóvel, um grupo de jornalistas cercaram-nas, dificultando a passagem pela escadaria do monumental prédio.

Com a ajuda de seguranças, a advogada conseguiu contornar a situação sem dar declarações, as três entraram na suprema corte e foram conduzidas para o local em que deveriam aguardar até o momento para prestar seus depoimentos no processo preliminar contra a Joalheria Gotham Silver, por sonegação de impostos e diversos outros crimes previstos por lei, incluindo sua ligação com as minas de pedras preciosas onde a Mulher Maravilha resgatou diversas pessoas em situação de trabalho escravo.

Kate era uma advogada que Diana – e diversos outros super-heróis – poderia confiar, na maior parte do tempo ela trabalhava em Gotham, não somente como advogada, mas também utilizava uma máscara ao qual os vilões dariam tudo para saber a identidade secreta.

— Não se preocupe, eu vou conduzir o caso da melhor maneira possível. Não é a primeira vez que represento alguém que tenha sido vítima de uma conspiração como essa. — Kate tentou acalmar os ânimos, mas a presença de dois homens, só deixou tudo mais tenso.

Assim que abriu as portas da sala de espera, Bruce Wayne guardou o aparelho celular dentro do bolso do paletó que vestia. Ele meneou a cabeça, dando bom dia para as damas e, orientado pelo seu advogado, sentou-se na outra extremidade da sala.

— Senhorita Spencer, é um prazer. — Nataniel Norton, um advogado renomado de Gotham, aproximou-se, estendendo a mão para Kate.

— Olá, Senhor Norton, igualmente. — Kate apertou a mão de seu antigo chefe. Ela havia feito os primeiros anos de estágio no escritório de advocacia de Norton, até que se formou e decidiu trabalhar por conta própria.

— Vejo que sua lista de clientes tem aumentado. — O advogado olhou na direção de Diana. — É sempre muito bom ver uma colega prosperar. Boa sorte, se precisar de algo, estarei aqui.

— Obrigada, senhor. — Kate decidiu não falar mais do que o necessário com o advogado, mesmo reconhecendo todo o seu talento e confiança. — Agradeço a oferta.

Kate voltou ao seu lugar.

Enquanto Kendra falava com os filhos no celular, Diana aproximou-se de Kate para saber mais sobre a presença de Bruce Wayne.

— Ele também foi intimado para prestar depoimento, afinal de contas, a empresa dele foi a única patrocinadora da joalheria.

— Mas existe alguma prova que o incrimine de algo? — Diana evitou o contato visual com Bruce desde que ele entrara na sala.

— Difícil dizer, a Wayne Enterprises tem todos os tipos de investimentos, a figura de Bruce Wayne é estampada na primeira página, mas não é somente ele que assina os cheques, é claro que seria uma caça às bruxas conseguir derrubar alguém que tem uma imagem tão boa quanto a dele, mas eu duvido que vão fazer algo contra o dono da empresa. Em Gotham, o laço sempre arrebenta do lado mais fraco.

Diana nunca se sentiu tão ansiosa como naquele momento. Bruce Wayne havia acabado de entrar na outra sala, acompanhado de seu advogado, não trocaram olhares e palavras. De certo, o advogado deve ter lhe dado o mesmo conselho que Kate.

Já havia passado quase uma hora e então Kendra pôde dar seu depoimento. Kate a acompanhou para dentro da sala, pedindo que Diana a aguardasse.

Nataniel Norton, o advogado de Bruce, atendeu a uma ligação no corredor, do lado de fora da sala de espera. Bruce e Diana se encontravam sozinhos naquele momento.

Os sentimentos da Princesa GuerreiraWhere stories live. Discover now