Missão de Resgate

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— Eu não entendi, você está me dizendo que eu não posso deixar o solo americano? — Diana perguntou incrédula.

— Não é uma proibição, é mais uma sugestão da promotoria. — Kate falou ao telefone. — Sinto muito, Diana, as coisas não parecem tão simples. O governo da Colômbia está jogando duro com a gente. Eles alegam que houve uma quebra de acordo de paz com os Estados Unidos, já que a sua presença não havia sido informada. As autoridades querem uma retratação.

— Eu é que mereço uma retratação por ser tratada como uma suspeita, quando apenas estava ajudando pessoas. — Diana respirou fundo, deixando o telefone escorregar por suas mãos, estava quase desistindo quando Kate a chamou.

— Olha, estão usando esse caso para outras questões que nada tem a ver com seu trabalho como a Mulher Maravilha. São jogos políticos, os arquivos do pendrive que seu amigo nos ofereceu, são mais do que suficientes para provar a sua inocência. Só que, até lá, a promotoria acha mais adequado você não sobrevoar outros territórios. — Kate ficou em silêncio por um momento. — Eu sei que isso não estava nos seus planos. Prometo que vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que você possa deixar o país.

Diana se despediu e agradeceu, desligando o telefone. Ela poderia ficar em casa, aguardando pacientemente pelo fim do processo. Ou... poderia fazer o que estava pronta para fazer naquela manhã, viajar para o mediterrâneo.

A Mulher Gavião voava pelo céu nebuloso, tendo dificuldades para enxergar, devido a chuva. Voando ao seu lado, o Lanterna Verde criou com seu anel, uma proteção sobre suas cabeças. Diana pilotava o FN510, um jato recém adquirido pela Liga da Justiça, em uma barganha no planeta Nova Gênese.

Ainda que tecnologia não fosse o problema para a equipe, não havia como controlar o tempo em alto mar. Diana reportou aos colegas a direção em que os barcos de imigrantes foram vistos pela última vez no radar, estavam próximos.

Logo que o comandante da costa na Grécia confirmou a localização, Diana pode seguir com o jato até as embarcações, sendo seguida pelos outros dois super-heróis.

A amazona já podia ver os barcos no mar, sendo levados pelas ondas. O forte vento não colaborava, muito menos a chuva que aplacava o Mediterrâneo.

Havia três barcos, todos estavam superlotados e sem nenhum equipamento de segurança para uma viagem como aquela. Muitas daquelas pessoas haviam largado tudo o que possuíam em suas casas, para fazer a travessia e fugir da guerra. O que gerava um lucro rápido para os traficantes que ofereciam as viagens. E essa ganância era o que amargurava os sentimentos da Mulher Maravilha.

Assim que se aproximou, sobrevoando os barcos, Diana deixou o jato no piloto automático, para que pudesse ajudar no resgate. O jato era perfeitamente capaz de retornar a base de decolagem sozinho, o que não poderia dizer do navio de resgate que estava a caminho. Era preciso manter todos a salvo enquanto fosse possível.

Diana saltou do jato e caiu na água. Em seu nascimento, fora presenteada por Poseidon com uma capacidade de mergulho além do comum para semideuses, o que a ajudava bastante naquele momento. A amazona mergulhou por baixo de uma das embarcações que sofria com um naufrágio, e segurou-a com os dois braços, erguendo até a superfície.

Nesse momento, o Lanterna Verde criou uma proteção com seu anel, para manter o barco sobre as águas. A Mulher Gavião retirou algumas pessoas que haviam caído no mar, colocando-as de volta no navio.

Uma forte onda chocou-se contra os três barcos, causando confusão e muitos gritos. Diana nadou o quanto podia para ajudar algumas pessoas, assim como Shayera, enquanto o Lanterna Verde tentava proteger quantos podia. Somava quase duzentas pessoas no mar. Eles precisavam de reforço e o Caçador de Marte já estava trabalhando para dar suporte aos colegas.

Os sentimentos da Princesa GuerreiraWhere stories live. Discover now