Vencendo uma batalha

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A chuva era intensa, a força do vento derrubou alguns postes e a enchente arrastou carros pela rua. Pessoas ilhadas em cima dos ônibus, pediam ajuda. Os bombeiros trabalhavam em botes salva-vidas para conseguir alcançá-los. Não era possível chegar tão próximo com o os helicópteros, já que estava perigoso e havia risco de bater nos prédios da cidade, tamanha era a força dos ventos.

Quando chegou na 9th Avenue com a 57th Street, Diana sobrevoou um bote salva-vidas e aterrissou sobre o ônibus. As pessoas aproximaram-se dela e a seguraram com força, desequilibrando-a.

A Mulher Maravilha vestia roupas civis, calça jeans e uma camiseta preta, com o símbolo da família real de Atlantis, presente de Aquaman. Como ela estaria em Gotham por apenas dois dias e não viu a necessidade de trazer seu uniforme. Foi um pensamento inocente por parte dela, já que era uma super-heroína e não havia local e hora certa para que precisassem de sua ajuda.

— Por favor, vocês precisam de calma, assim poderei ajudar a todos. — Diana poderia erguer o ônibus do chão e levá-lo até outra rua, mas era arriscado colocar as vidas dos civis em perigos, caso alguém caísse. — Posso levá-los aos poucos, só precisam se acalmar.

Ela pegou três crianças no colo e levou-as até os bombeiros que estavam afastados dali. Depois retornou e pegou mais algumas pessoas. No meio do caminho, um relâmpago iluminou o céu escuro e ela viu um vulto sobrevoar sua cabeça.

— Vocês possuem mais botes? Existem alguns animais presos em gaiolas em uma loja. Eles podem se afogar. — Diana falou para alguns bombeiros.

— Todos os botes estão ocupados pela cidade. — O homem falou, depois ele olhou para cima, houve outro relâmpago que iluminou o céu, e então mais um vulto apareceu. Só que dessa vez, o vulto aterrissou em frente a eles.

— Quando eu te vi, não acreditei que realmente fosse você aqui, então tive que parar para ver com meus próprios olhos. — Os cabelos vermelhos da Batwoman eram erguidos pela ventania. — Quanto tempo, Mulher Maravilha.

— Já faz três anos. — Diana deu alguns passos para frente. — Estou aqui para resolver um assunto pendente com a Justiça de Gotham, mas achei que não seria problema ajudar algumas pessoas.

— É claro. — A mulher girou, fazendo sua capa negra mover no ar. A máscara que ela usava era negra, assim como todo o uniforme, embora tivesse diversos detalhes em vermelho, como o fundo da capa, o símbolo no peito e as botas. Diferentemente daqueles que Batman acolhia, aquela heroína não vivia sobre o teto de proteção do homem morcego. — Parece um pouco desconfortável essa calça jeans molhada, onde está seu short estrelado? — Ela sorriu.

— Fui pega desprevenida. — Diana alçou voo e Batwoman foi atrás, em um salto com a ajuda de acessórios.

— Uma coisa que não se deve fazer em Gotham. — A heroína mascarada tomou a dianteira e desceu sobre uma banca de jornal, onde um homem e um cachorro estavam se protegendo.

Enquanto isso, Diana arrombou a porta de um pet shop, os animais estavam a ponto de morrerem afogados quando ela os salvou. Conforme a chuva ia diminuindo, o nível da água também baixava.

Observar a cidade do alto de um arranha céu causava sempre uma sensação de liberdade. Embora o céu ainda estivesse carregado de nuvens, era possível ver as luzes do outro lado da cidade, onde ainda havia energia elétrica.

— Eu soube do seu caso. — Batwoman estava ao lado de Diana, também contemplando a cidade. — Não é curioso como as coisas andam rápido quando se trata de pessoas com uma certa influência?

Diana queria acreditar que a Batwoman não a culpava de nada, também sabia como as coisas se desenrolavam naquela cidade. Se você não fosse alguém influente ou amigo de alguém influente, tudo era muito mais lento.

Os sentimentos da Princesa GuerreiraWhere stories live. Discover now