Epílogo 1

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Diana aguardou que a porta fosse aberta pela motorista da limusine em que estava, cortesia do museu. Ela saiu do carro e parou diante da multidão de fotógrafos que se espremiam em um espaço reservado para a imprensa que cobria a inauguração do salão dedicado às Amazonas da Ilha de Themyscira.

Após uma longa sessão de fotos, Diana caminhou pelo tapete vermelho, cedendo entrevistas para repórteres de diversas nacionalidades, entre eles, estava Kara, acompanhada de um rapaz que carregava uma nova câmera. Após as entrevistas, a amazona encontrou-se com alguns responsáveis pelo Museu de História de Washington.

Quando entrou no Museu, foi levada para conhecer mais pessoas influentes e cumprimentar outras tantas que ela já havia conhecido em suas viagens, reuniões e palestras.

Ela aceitou uma taça de champanhe e, quando percebeu, estava já na terceira taça. Era bastante resistente ao álcool, visto que em sua Ilha natal, a bebida era muito mais forte do que uma garrafa de espumante.

Alguns rostos mais familiares estavam presentes na inauguração do salão, Diana estava sendo solicitada a cada momento para prestarem homenagens a ela e seu povo. Depois de um momento, a amazona sentiu-se sufocada com todo o cerco que era feito ao seu redor. Ela conseguiu escapar de uma roda com ministros e senadores, quando uma discussão sobre imigração gerou desconforto e alterações de vozes.

Diana pegou outra taça de champanhe e caminhou por um corredor, observando os quadros de natureza morta pendurados na parede. Logo a frente havia uma porta dupla fechada e com um laço vermelho selando-a.

A curiosidade levou-a até aquela porta, imaginando que fosse a sala que seria inaugurada. Pela programação, iriam abrir as portas as dez horas da noite, ainda era oito horas e Diana não sabia se conseguiria ficar ali por mais duas horas inteiras, pelo menos não sem algum passatempo realmente interessante.

A presença que sentiu em seguida, a fez sorrir e mover levemente a cabeça para o lado, ela virou-se e cumprimentou um dos convidados mais aguardados da noite. Afinal de contas, ele assinou o cheque anonimamente para aquele salão tornar-se realidade.

— Não ouvi o som do seu helicóptero chegando. — Diana disse, tomando o último gole de champanhe.

— Na verdade, eu vim no meu jato particular, e cheguei até aqui de carro. — Bruce Wayne aproximou-se de Diana e parou ao lado da porta dupla, admirando o laço. — Conhece alguém com visão de raio-x para nos contar o que tem atrás dessas portas?

— Então o Senhor Wayne ainda não viu sua obra de arte ganhar vida?

Ele sorriu, um sorriso que iluminava seu rosto. Totalmente diferente de quando ele quase sorriu na última vez que se viram na Torre da Liga da Justiça. Eram sorrisos tão diferentes que fazia Diana pensar quando o verdadeiro sorriso era exposto, ela saberia distinguir a felicidade de Bruce?

— Não sei como poderia, já que eu não tenho nada a ver com essa exposição. — Bruce piscou para ela. — Mas eu tenho uma chave, talvez ela abra a porta.

Assim, Bruce Wayne tirou uma chave do bolso de seu paletó e abriu a porta. Os dois entraram e fecharam a porta para que ninguém os visse.

Diana ficou encantada com o que viu logo em seguida. O salão era bem iluminado e possuía objetos de todos os tipos que ela poderia encontrar em Themyscira. Armaduras, armas, roupas casuais e de gala, até mesmo sua coroa de princesa amazona.

— Como conseguiram? — Ela aproximou-se da caixa de vidro que protegia a coroa dourada com uma estrela vermelha no centro. — Eu doei essa coroa no final da Segunda Guerra para arrecadar dinheiro para crianças órfãs.

Os sentimentos da Princesa GuerreiraOnde histórias criam vida. Descubra agora