Capitulo 5 - Sentimentos confusos

133 31 177
                                    

Acordo com o som do despertador, e levanto. Cláudia, minha tia, que ainda insisto em chamar de mãe, como sempre está acordada, e sentada no sofá vendo as noticias. Ela conseguiu tirar uns dias de folga no trabalho para poder passar mais tempo comigo, e me ajudar com essa loucura que tem sido a minha vida.

- Bom dia mãe.

- Bom dia, meu bem.

Comi uma salada de frutas, e em seguida coloco o uniforme. Dou uma olhada pela janela para ver o clima. Vejo um lindo dia e um Sol incrivelmente radiante. Pego minha bicicleta e vou. Quando chego na escola, encontro com o Bryan e dou um breve bom dia a ele. Entrando na escola, também encontro com o Matheus, ele me deu bom dia e perguntou se meu pé estava melhor, eu disse que sim. O Bryan me olhou com uma cara confusa.

- O que aconteceu com o seu pé?

- Ah, ontem eu torci, mas já está tudo certo, não precisa se preocupar.

Ele continua a me olhar, e percebe que estou escondendo algo. Não falo mais nada, apenas sigo meu caminho até a sala de aula. O Bryan nem sequer falou comigo após o aparecimento da minha amiga, mas resolvi deixar isso pra lá, quero evitar mais confusões. Reparei também que ela não veio a escola hoje, mas eu entendo, é muita coisa para ela. As aulas passaram demasiadamente lentas, quase como uma tortura.

Quando finalmente deu a hora do intervalo, animei-me por saber que não ficaria mais sozinha naquela biblioteca a qual a minha única companhia eram os livros. Fui me sentar com Helena e Amanda, Julia não veio a escola hoje, e pelo o que Amanda me disse, ela pegou um resfriado e optou por ficar em casa. Foram amigas que fiz durante as aulas de química, enquanto um professor dissecava um sapo nojento.

Passamos a maior parte do tempo conversando, e elas ficaram felizes por saber que Cristina voltou para casa. Lembrei-me que a professora de história me pediu para fazer um trabalho à parte, por conta de eu ter faltado uns dias, somente para atribuir algo a mais à minha nota.

Falei para às meninas que iria na biblioteca buscar um livro para realizar o trabalho e sai. O livro que preciso é sobre mitologia grega, e terei que escolher um dos deuses para contar sua história. Enquanto procuro, ouço barulho de passos. Tem mais alguém aqui comigo. Logo percebo que é o Bryan, e me animo. Mas esse ânimo se desfez em vários pedaços quando vi sua expressão séria. Ele se aproxima de mim.

- Desculpa pelo clima que causei hoje mais cedo - Falou, mas sem demonstrar tanto arrependimento.

- Tudo bem, sem problemas. - Disse eu, acreditando em suas palavras.

Mas ele ainda continua me fitando com os olhos, e aquela expressão que antes era séria, tornou-se profundamente triste.

- Está tudo bem Collins? O que foi?

- É complicado, Camila...

- O que é complicado?

- É que eu gosto muito de você.

Optei por não dizer nada, por hora, espero ele concluir. Apenas ouço o que ele tem a me dizer.

- Sei que você não lembra das suas outras vidas, mas eu lembro. Tivemos tantos momentos intensos, e a cada vez que você reaparece, fico mais apaixonado.

Estou completamente paralisada, e sem saídas. Eu simplesmente não faço ideia do que dizer. Eu mal o conheço, e como ele disse eu não me lembro se tivemos outros momentos em outras vidas. E eu também não posso com isso, não me envolvendo também com o Matheus.

- Bryan, eu não sei o que te dizer

- Perdão, não precisa falar nada, entendo que tudo é muito cedo. Eu só... Quis te falar o que eu sinto.

As asas do tempoWhere stories live. Discover now