Capítulo 16

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Louis

Acordei e me deparei logo com o rosto do Caio, ele estava me abraçando e estava muito perto, podia sentir a respiração dele contra meu rosto, e no mesmo instante vieram lembranças do dia da festa, do beijo, meu rosto esquentou por mais que ninguém pudesse ver. Me levantei devagar pra não acordar ninguém, quando virei Will estava me observando e isso me deu um susto, ele sorriu e fez um sinal com as mãos para irmos para a cozinha.

Chegamos na cozinha, e pude ver pela janela que o dia estava melhor, Will tirou umas frutas da geladeira e pediu para mim cortar, cortei e logo ele fez uma vitaminada, e fez uns sanduíches, sentamos e começamos comer.

— Dormiu bem Lou? — Assenti.

— Sim e você? — Ele concordou mordendo o sanduíche.

— Bem, falei ontem com a Yasmin e parece que ela vai trocar de cidade — Fiquei triste eu gosto dela, foi minha primeira amiga.

— Quando? — Perguntei.

— Não sei, tava pensando de ir encontrar ela hoje e conversar um pouco — Assenti.

— Seria bom Will — Falei sorrindo, era bom ele ir.

— Você tá com bigode de vitamina — Ri e limpei com a mão.

— Ainda tem — Disse me olhando.

— Onde? — Ele não disse nada, segurou meu rosto de leve com uma mão e com a livre passou o dedo em cima limpando, Will me olhou olho no olho durante uns segundos e se afastou sem graça.

— Tá limpo — Fiquei meio incerto daquilo que tinha acabado de acontecer.

— Obrigado — Saiu mais como um murmuro, do que algo audível.

— O que acha de acordarmos o Caio? — Ele deu um risinho travesso.

— Tá bom, vamos chamar ele — Will assentiu.

— Chamar não, tenho uma ideia melhor — Ri e levantei seguindo ele.

William

Tive uma ideia pra acordar o Caio, e vou me vingar dele ter ficado se esfregando em mim, subi as escadas em silêncio, e Louis me acompanhou, entramos no quarto e pedi pro Louis ficar no lado de fora, e quando eu passasse correndo pela porta pra ele puxar e segurar.

Caio estava deitado de bruços, subi na cama, e sentei nas costas dele, prendi os braços dele para trás, e ele ainda estava dormindo, cheguei perto do ouvido dele e falei:

— Oi gostoso, acorda — Ele nem se mexeu, parecia estar morto.

Decidi fazer a coisa mais sem sentido da minha vida, comecei me mexer pra frente e pra trás nas costas dele, até que ele foi acordando.

— MAS QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO?? — Ele berra se debatendo quando percebe que sou eu.

Levantei e saí correndo pra porta, quando passei Louis fechou e segurou a maçaneta, quando eu já estava no meio das escadas, escutei a porta ser aberta e ele gritar "VOU MATAR ELE LOUIS", mas como sei que Louis é o ponto fraco dele, provavelmente ele se acalmaria antes mesmo de querer me bater. Me escondi na biblioteca por precaução, depois de vinte minutos fui pra perto da cozinha, e ele estava conversando normalmente com o Louis, entrei na cozinha e dei um sorriso super cínico pra ele.

— Você tá fodido William — Dei de ombros.

— Era só uma brincadeira, você lembra o que você fez naquele dia que dormiu na minha cama? — Ri cinicamente e ele rolou os olhos me xingando de qualquer coisa que não entendi.

Um Amor Proibido (Obra Reescrita)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora